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Empresas que fecham em menos de um ano

Por:   •  6/4/2016  •  Artigo  •  3.181 Palavras (13 Páginas)  •  352 Visualizações

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EMPRESAS QUE FECHAM COM POUCO TEMPO DE VIDA

           

RIBEIRO, Vanderson Silva

Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias - FAIT

RESUMO

Este artigo propõe a levantar dados estatísticos referentes à abertura de Micro e Pequenas Empresas nos últimos anos e os motivos para que isso ocorra, quanto também a sua importância, o índice de mortalidade dessas empresas no inicio de suas vidas e também os principais fatores que a levam a tal problema. Procura-se detalhar os motivos que levaram a empresas falirem, encontrando-se o principal fator. Distinguindo as grandes empresas das pequenas empresas e os impactos que cada  uma recebe perante um mesmo problema. Buscou-se identificar a importância do planejamento antes de iniciar uma empresa de qualquer porte, e também no decorrer do inicio de suas atividades.

Palavras-chaves: Micro e Pequenas Empresas, mortalidade, planejamento.

Tema Central: Mortalidade Empresarial.

ABSTRACT

This article proposes to raise statistical data related to the opening of Micro and Small Enterprises in recent years and the reasons for this to occur, as also its importance, the mortality rate of these companies early in their lives and also the main factors that lead to such a problem. It seeks to detail the reasons why the companies go bankrupt, finding the main factor. Distinguishing large companies to small businesses and the impacts that each receives the same problem before. Sought to identify the importance of planning before starting a company of any size, and also during the beginning of its activities.

Keywords: Micro and Small Enterprises, mortality, planning.

1. INTRODUÇÃO

          Muitos motivos levam as pessoas a abrirem seu próprio negócio, como por exemplo, o desejo de estabilizar-se financeiramente, não serem submissos a terceiros, entre outros. O grande problema é que assim como cresce o número de pequenas empresas, cresce o número também de pequenas empresas que fecham as portas antes mesmo de completar um ano de atuação no mercado.

        Dados alarmantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que quase um quarto das empresas fecha antes de completarem um ano de vida. A falta de planejamento nessas empresas, acumulados por outros fatores que serão evidenciados neste artigo são os principais causadores dessa mortalidade empresarial.

        De acordo com Oliveira (2005, p.35) “o planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado”. Isso quer dizer que a empresa devera formular diretrizes para seguir do presente para o futuro, possibilitando a previsibilidade e a probabilidade de se chegar aos seus objetivos.

Procura-se avaliar e verificar a importância da gestão eficaz como fator contributivo para a sobrevivência das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) e que a negligência no comando torna-se fator decisivo para o fechamento do negócio, visto ser este o segundo maior motivo alegado pelos empreendedores nas diversas pesquisas realizadas. Essas pequenas empresas são consideradas como as maiores geradoras de emprego, além de melhorarem a produção de bens e serviços em seus locais de origem com reflexo positivo na economia nacional e, por extensão, na economia mundial.

        Este artigo tem como objetivo o aprofundamento no estudo do planejamento, tanto no estratégico, financeiro e operacional, nas micro e pequenas empresas, para a resolução deste problema do fechamento dessas empresas. Desta forma, detalhar a melhor maneira possível para os empresários realizarem o planejamento, visando auxiliá-los a solucionar problemas decorrentes da falta dele, para a sua aplicação imediata, tanto quando pensarem em abrir novos negócios, quanto também já no inicio do empreendimento.

        

2. MPEs ABERTAS NOS ULTIMOS ANOS

        Nos últimos anos, o mercado brasileiro abriu grande espaço para as micro e pequenas empresas. Essas empresas se proliferaram pelo Brasil graças ao seu baixo custo de capital inicial. Pessoas consideradas de classe média conseguiram abrir essas empresas como uma maneira de aumentar a renda ou menos de entrar no mundo dos negócios.

De acordo com Corlett (2012):

Considera-se Microempresa aquela que detém receita anual bruta igual ou inferior a R$ 240 mil. Na sequência, as Empresas de Pequeno Porte (Pequenas Empresas) são as que possuem faturamento anual superior a R$ 240 mil e igual ou inferior a R$ 2 milhões e 400 mil.

        A vista da citação acima, o crescente número de abertura de empresas desses portes é possibilitado pela carência de um capital menor, abrindo oportunidades para a classe econômica menos rica do país.

O número de MPEs abertas no país é grande, principalmente no interior do país, juntamente com o agronegócio. (AMORIM, 2013)

        Ainda de acordo com o autor supra citado, no Brasil havia o grande problema da burocratização no momento da abertura dessas empresas: “Com a legislação e a economia jogando contra, só um louco para abrir uma empresa no Brasil” (AMORIM, 2013). Ao contrário do Brasil, os Estados Unidos deva mais oportunidades a essas empresas, com juros baixos e legislação a favor. O problema é que com a crise econômica, essas empresas quebraram.

        O quadro no Brasil mudou agora. As MPEs vêm se destacando, ocupando lugares no mercado, com uma nova visão de mercado. A quantidade de empregos gerados por essas empresas alcançaram grandes índices no ultimo ano.

Segundo Amorim (2013):

Nos últimos 12 meses, quase 80% dos 2,5 milhões de empregos criados no Brasil vieram delas. São principalmente elas que atendem os 55 milhões de brasileiros que emergiram das classes D e E nos últimos cinco anos. MPEs têm maior presença no interior, que, na carona do agronegócio, vem crescendo mais do que as capitais.

        Além do emprego gerado por essas empresas, a mortalidades destas, em comparação a dos Estados Unidos, ela consegue ser menor. Resultado explicado pela vasta procura pelos grandes setores nacionais abrangidos por estas, como o varejo e serviços. (AMORIM, 2013).

        De acordo com Azevedo (2013), as MPEs representam 25% (vinte e cinco por cento) do Produto Interno do País (PIB), o que mostra a grande importância desse segmento para a economia do Brasil.

        Em 2006, através da Lei Complementar de numero 123, criou-se o Simples Nacional, que permitiu para o governo criar uma forma mais prática de arrecadar os tributos das MPEs, diminuindo a carga tributária dessas empresas. (RECEITA FEDERAL, 2013).

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