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Filosofia

Por:   •  13/5/2015  •  Dissertação  •  6.169 Palavras (25 Páginas)  •  258 Visualizações

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Fazer teste: Atividade 3

 

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 [pic 3]

PERGUNTA 1

  1. ATIVIDADE DISSERTATIVA - UNIDADE 3

 

A Melhor Maneira de Fazer Negócios

Solomon, Robert. S.Paulo, Negócio Editora, 2000 (anotações de leitura)

 

 

Atualmente, os problemas no mundo dos negócios são, em primeiro lugar, éticos e filosóficos. São questões sobre a própria natureza dos empreendimentos e da corporação. Por exemplo: a concepção da empresa como "ficção legal" definida em termos de obrigações para com seus acionistas implica que ela não tem responsabilidades morais e sugere (na melhor das hipóteses) um senso de responsabilidade moralmente ambíguo para os executivos e funcionários. Não é de se admirar, pois, que algumas grandes empresas, anteriormente respeitáveis, sejam arruinadas por escândalos em que ninguém parece ser responsabilizado.

A combinação de nossa concepção amoral de empresa e de nossa ênfase na competição, contudo, é duplamente desastrosa, alimentando ataques pessoais que podem arruinar a estabilidade da empresa e a segurança pessoal dos funcionários. Isso resulta em pensamento a curto prazo, pouco envolvimento, desconfiança, queda de produtividade e falta de estímulo por parte dos funcionários. A ética, para falar claramente, é bom negócio. A amoralidade não venderá no longo prazo.

A maneira como fazemos negócios - e o que os negócios fazem para nós - tem tudo a ver com a maneira como pensamos sobre os negócios, falamos sobre eles, os concebemos e praticamos. Se pensarmos nos negócios como uma atividade desumana, selvagem, evidentemente é nisso que eles se transformarão. Também é nisso que nos transformaremos, independentemente de quantas vezes (em nossas horas de folga e em nossa vida pessoal) agimos de outra forma. Se, por outro lado, basearmos nos negócios - como acontece com frequência - na confiança e nos benefícios mútuos, uma iniciativa para pessoas civilizadas e virtuosas, isso será igualmente satisfatório. Será também muito mais seguro, agradável e, por fim, lucrativo.

É inegável que uma pessoa se torna o que faz. Somos moldados pelos nossos pares, pelos rigores e pela linguagem de nosso trabalho, pela cultura da empresa. Isso não significa negar escolhas e responsabilidades pessoais, mas implica dizer o óbvio: se você passa mais da metade de sua vida adulta trabalhando, incluindo as horas mais criativas dos seus dias, o que você faz, as pessoas com quem trabalha inevitavelmente influenciarão quem você é.  (E considere que a outra metade da sua vida é consumida no trajeto para o trabalho, nas idas ao supermercado ou tintureiro, na visitas de emergência ao veterinário, na organização da casa, na educação das crianças, no ato de assistir à televisão, no cuidado com o visual, no trabalho que você leva para casa, etc.) Queira ou não, no mundo corporativo modernos você é - ou se torna - o que faz.

 

Em lugar do imaginário brutalmente competitivo e destruidor e do pensamento de linha de base, tão difundidos atualmente no mundo dos negócios, gostaria de sublinhar a importância da integridade. Talvez sejam verdade - a exemplo do que a autoridade de Alvin Toffler e Tom Peters têm sugerido - que a maioria de nós terá meia dúzia de empregos ou mais durante a vida; porém, isso não significa que a transição de um emprego para outro precisa ser tão traumática e destruidora, tão ameaçadora à saúde mental e ao bem-estar das famílias quanto tende a ser nos dias de hoje. O caminho para um futuro "sem o choque do futuro", como o chama Toffler, é o principal tema da ética, lembrando quem somos, aquilo de que realmente precisamos e representamos. O que permanece, o que nos conserva sãos, é a integridade. (p. 24/25/26)

A linha mestra da abordagem aristotélica da ética nos negócios é a de que temos de nos afastar do pensamento de linha de base e conceber o negócio como parte essencial do bem viver. Viver bem significa estar em companhia dos outros, respeitar-se e fazer parte de algo que se possa orgulhar. Não que Aristóteles fosse contra a riqueza e o conforto, porém, na busca do bem viver, o dinheiro não era a unica preocupação.

A abordagem aristotélica da ética nos negócios começa com dois conceitos: o indivíduo inserido na comunidade e a importância máxima da felicidade como o unico critério para o êxito. O bem  viver, de acordo com Aristóteles, é a vida feliz, próspera, o "bem fazer". A questão não é deixar de pensar em dinheiro ou tentar ganhar a vida. É uma questão de perspectiva, do que essa vida significa. Seria ela, na verdade, apenas um meio de fazer dinheiro? Ou é (como deveria ser) uma atividade valorosa que fornece substância significativa de nossa vida adulta, a fonte de nosso senso de valor pessoal, e onde encontramos nossos amigos mais íntimos?

Foi Aristóteles que insistiu nas virtudes, ou "excelências", como os constituintes básicos da felicidade individual e coletiva. Para ele, uma pessoa é quem é em virtude de seu lugar e papel na comunidade, e as virtudes da comunidade, por sua vez, educam e estimulam cada um a ser uma boa pessoa. É possível reconhecer essa mesma relação entre o funcionário, o diretor, o executivo e a corporação moderna. Na abordagem aristotélica dos negócios, uma boa empresa, além de lucrativa, fornece um ambiente moralmente recompensador, em que as boas pessoas podem desenvolver não apenas suas habilidades, mas também suas virtudes. (pp. 27/28)

A triste verdade é que a imagem do "ganhar dinheiro" - uma imagem do egoísmo materialista - obscurece com facilidade as muitas virtudes dos negócios e das pessoas de negócios, sua dedicação ao trabalho e às empresas, seu altruísmo surpreendente em relação ao trabalho e a ser feito, seu orgulho quanto aos produtos e serviços pelos quais são responsáveis e seu relacionamento com colegas e clientes. (...) O lucro que cai do céu, o "estouro" no mercado, o fermento da competição, a redução de pessoal para cortar gastos ao máximo é que criam reputações e manchetes, não a valorização da rotina de trabalho, a satisfação dos serviços prestados a contento, a camaradagem na empresa, a compensação da integridade (pelo que não se paga, ainda que não deixe de ser recompensada). (p. 33)

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