O Conceito de Organização

Universidade Federal da Paraíba – UFPB

Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA

Disciplina: Teoria das Organizações

Professor: Carlos Eduardo Cavalcante

Aluna: Lívia Nogueira Pellizzoni

Encontro 2 – Conceito de Organização

Ambos os textos buscam, à sua própria forma, uma definição da organização. Entidade essa tão presente na sociedade e responsável por tornar possível as diversas necessidades humanas. Para Etzioni (1972), as organizações se definem como unidades sociais que são constituídas intencionalmente para o atendimento de determinados objetivos e tem como características a divisão do trabalho, poder e responsabilidade, a presença de centros de poder que controlam os esforços em prol dos objetivos; e a possibilidade de substituição do pessoal.

Já para Schein (1982) uma organização “é a coordenação das atividades de uma série de pessoas para a consecução de algum propósito ou objetivo comum, explícito através da divisão do trabalho e função, através de uma hierarquia de autoridade e responsabilidade”. O autor, diferentemente de Etizioni (1972), foca os conceitos da organização relacionados a própria estrutura da organização, levando em consideração os agentes formadores da mesma e as implicações de divisão de trabalho, organizações formais e informais, bases de autoridade, contratos psicológicos.

No que diz respeito aos objetivos da organização, o Etizioni (1972) afirma que o objetivo é “a situação futura que a organização como uma coletividade, procura atingir” Os objetivos da organização normalmente são estabelecidos por algum órgão formal, explicitamente reconhecido e/ou legalmente especificado dentro das organizações. Esses objetivos são mensurados de acordo com a competência ou eficiência. No entanto, dada a limitação de mensuração de determinados objetivos, essa mensuração pode conferir problemas delicados, muitas vezes ocasionando a deformação desses objetivos.

Quanto à sobrevivência e crescimento da organização, Etizioni (1972) diz que existem casos em que, uma vez atingidos ou tornados obsoletos os objetivos da organização, acontece a substituição dos mesmos para que a organização continue existindo. De outra forma, a sucessão de objetivos ocorre quando os objetivos da organização foram cumpridos ou fracassaram. Vale ressaltar também a existência de organizações com múltiplas finalidades que têm forte tendência a atingir mais eficientemente seus objetivos do que organizações com finalidades únicas.

Nesse aspecto, Schein (1982) considera que uma organização deve apresentar utilidade em algum nível para os membros da organização ou a outras organizações ou ao público em geral. Assim, em termos de sobrevivência, a organização deve manter a continuidade de sua função primordial e se valer do recrutamento, utilização, motivação e integração das pessoas nela. E quanto ao crescimento, pode envolver o desenvolvimento de novos produtos e novos processos de fabricação afim de melhorar a posição competitiva.

Levando em consideração a eficiência, fica a questão de até que ponto a eficiência organizacional deve se sobrepor à felicidades de seus membros, uma vez que a organização deveria ocupar o lugar de servo e não de senhor? De outro modo, qual a melhor forma de coordenar os esforços humanos para servirem às organizações?