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O ESTOURO DA BOLHA IMOBILIÁRIA E A POLÍTICA KEYNESIANA DO GOVERNO BUSH

Por:   •  28/6/2017  •  Artigo  •  2.409 Palavras (10 Páginas)  •  183 Visualizações

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Faculdade Antonio Meneghetti VII Semana Acadêmica de Administração 2016

Resumo Expandido

O ESTOURO DA BOLHA IMOBILIÁRIA E A POLÍTICA KEYNESIANA DO GOVERNO BUSH

CARDOSO, Gisele M.[1]– ANTONIO MENEGHETTI FACULDADE

STIELER, Adriana[2]– ANTONIO MENEGHETTI FACULDADE

ALMEIDA, Guilherme[3]– ANTONIO MENEGHETTI FACULDADE

CANCIAN, Lucas[4]– ANTONIO MENEGHETTI FACULDADE

Subtema: A responsabilidade de distinção do jovem administrador nas finanças.

RESUMO

Neste artigo traremos aspectos sobre a origem e as consequências que a crise imobiliária norte-americana trouxe ao sistema financeiro no ano de 2008, em que todos os países do mundo foram tocados de alguma forma por ela. Todos sentiram algum efeito da crise que, segundo vários autores, foi a pior dos últimos 60 anos.

Nosso principal intuito com este artigo é o conhecimento do que foi feito pelas partes envolvidas para chegar a um patamar mais tranquilo para a economia.

As referências utilizadas são teses, artigos, livros e documentários sobre o tema.

Palavras-chave:

Crise financeira. Subprime.  Bolha imobiliária. Crise americana.

  1. INTRODUÇÃO

        A economia norte-americana, do final de 1980 a 2006, passou por um período de engrandecimento. Adquirir imóveis era muito simples, devido à diminuição dos juros e o incentivo a empréstimos e financiamentos, fazendo com que consumidores e empresas comprassem mais. Exatamente por essa simplicidade de obter imóveis é que a crise financeira também ficou conhecida como crise do subprime, nada mais era do que empréstimos concedidos a clientes com histórico de crédito desfavorável ou limitado.

Nesse momento, com o aumento dos preços de residências nos primeiros anos do século XXI, juntamente com a diminuição dos custos de construção, os empresários do setor civil sentiram-se atraídos pelo investimento, ocasião em que aconteceu a migração de investidores para o setor imobiliário, que fica evidenciada pelo crescimento dos gastos em construções residenciais nos EUA.

  1. DESENVOLVIMENTO
  1. Compreendendo a Bolha

Para entender a causa da crise é necessário compreender como a família americana obtinha crédito imobiliário e como estava o mercado financeiro.

Segundo Campos (2010), um cidadão que demanda crédito imobiliário passava por um processo avaliatório que definia num primeiro momento se o crédito seria concedido. Essa avaliação decidia também as condições de pagamento impostas pela instituição financeira. Os fatores a serem aprovados para obtenção de crédito eram: renda mensal do cidadão, estabilidade empregatícia, porcentagem de sua renda que se encontra comprometida por outros contratos, histórico financeiro e o capital que o cidadão possui para pagar a primeira parcela do empréstimo. Por meio dessas informações é que os bancos ou instituições financeiras analisavam a capacidade de pagamento do empréstimo e decidiam se forneciam crédito.

Outro fator interessante: os juros eram cobrados mais altos dos tomadores de créditos que possuíam menor capacidade de quitar suas dívidas, devido aos riscos em que as instituições financeiras se submetiam, porém, havia possibilidade de refinanciar os empréstimos a qualquer momento, passando novamente pelo processo de avaliação, dessa vez, sem verificar a capacidade de aporte inicial.

Já no mercado financeiro dos EUA, existiam duas grandes empresas do setor: a Fannie Mae e Freddie Mac, instituições de financiamento imobiliário que compravam hipotecas e as transformavam em ativos vendidos com a garantia de que os investidores seriam reembolsados mesmo quando os tomadores de empréstimo pudessem dar “calote”.

Para Buckley e Desai (2015): “O conceito de valor de mercado ou preço de equilíbrio simplesmente se perdeu em meio ao excesso de confiança, e os compradores entraram na onda de que os preços iriam subir indefinidamente”. Mas no final de 2006 o preço dos imóveis nos EUA iniciou uma queda durante a crise do subprime.

No fim dos anos 2000, a forte recessão associada à crise de crédito levou os mutuários de alto risco ao desemprego, ficando incapacitados de pagarem os juros de seus financiamentos.

Shiller (1991) estudou as Bolhas (ou crescimento insustentável) nos preços dos ativos, especialmente para ações e imóveis e desenvolveu, juntamente com Karl Case, um índice de preços dos imóveis: o Índice Case-Shiller o qual mede a inflação de preços de imóveis analisando as vendas repetidas dos mesmos imóveis. Constitui-se em uma área denominada “economia comportamental ou finanças comportamentais” que questiona o pressuposto da “racionalidade” na economia: toda a ação dos indivíduos ocorre no sentido de maximizar os próprios interesses.

À medida que os preços dos imóveis caem, uma quantidade enorme de extravagâncias financeiras está sendo expostas. Nessas situações, as famílias poderão iniciar atrasos nas parcelas dos financiamentos de imóveis. As instituições financeiras normalmente dão um prazo antes de tomarem providências, mas procedem com a penhora de imóveis quando acreditam na incapacidade de pagamento da dívida por parte das famílias. Sendo assim, os donos são forçados a vender os imóveis para a quitação dos financiamentos.

Mas, o maior problema decorrente da penhora de imóveis é que a crise pode se agravar devido a maior oferta de imóveis no mercado e a consequente queda nos preços. Nessa situação são necessárias intervenções externas como auxílio do governo ou do banco central.

2.2 Analisando o crescimento

O gráfico apresentado a seguir traz o total de empréstimos utilizados pelo setor bancário em relação aos empréstimos utilizados para a aquisição de imóveis.

Gráfico 01: Total de empréstimos cedidos pelos bancos em relação ao total de empréstimos cedidos para compra de imóveis.

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Fonte: http://www.mises.org.br

Por meio deste gráfico é possível observar que de 2000 a 2008, o total de créditos teve um aumento 100%, significando, portanto, que em oito anos o FED (Banco Central dos Estados Unidos), colocou na economia US$ 3,5 trilhões. Sendo direcionada uma quantia de US$ 2 trilhões apenas para a aquisição de imóveis.

O gráfico 01 também explica a elevação de preços, que nos anos de 1993 a 2006, os valores tiveram um aumento consideravelmente alto. Essa crescente nos preços ascenderia também os investimentos e a construção de imóveis, elevando ainda mais a oferta, que por consequência, tornou a fazer pressão para que os preços baixassem posteriormente.

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