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O Estudo das famílias, seus contextos e redes sociais

Por:   •  30/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  677 Palavras (3 Páginas)  •  313 Visualizações

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O estudo das famílias, seus contextos e redes sociais

Acreditamos, ainda, que esta unidade o colocará bem perto das realidades vividas por profissionais como Clara, psicóloga, e Mariana, assistente social, que fazem parte de uma das duplas psicossociais que trabalham no Centro de Apoio às Famílias (CAF).

Sua equipe é composta por um grupo multiprofissional e oferece um conjunto de ações técnicas especializadas por meio de atendimento psicossocial e articulação intersetorial e em rede, de caráter continuado, com centralidade na família para atendimento a crianças, adolescentes, adultos, casais e idosos. No caso das duplas psicossociais, oferece terapias breves para situações como: dificuldades na relação entre pais e filhos, conflitos conjugais, problemas nas relações da família com a escola e o trabalho, transtornos do desenvolvimento da criança e do adolescente e situações de vulnerabilidade social, como doenças crônicas precoces, desemprego, migração, morte, violência, entre outros.

A família em estudo

Quando nos perguntamos o que é, ou o que são famílias, há uma tendência em buscarmos uma resposta que se enquadra com o que conhecemos, com aquilo que nos é mais familiar. Na maior parte das vezes pensamos em um grupo de pessoas, unidas por laços genéticos, que vivem juntas, composto por adultos de sexos diferentes, seus filhos e eventualmente algum outro membro mais velho, como o avô e a avó. Essa configuração, conhecida como família nuclear, é tão comum em nossa sociedade ocidental que às vezes nos referimos a ela, de forma jocosa, como “família de comercial de margarina”, pois esse era o padrão mostrado nessas peças publicitárias. Mas famílias são organizações sociais complexas que têm apresentado diferentes formas de organização ao longo da história da humanidade, sem que nada nos autorize a dizer que um modelo é superior a outro. O modelo da família nuclear surgiu com a Revolução Industrial e, com a urbanização crescente das cidades, especialmente no início do século XIX, passou a ser mais frequente. Na Antiguidade, um período histórico que vai de aproximadamente 4000 a.C. até a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., família se referia a um grupo social diferente e muito mais amplo do que encontramos hoje. O chefe da família também podia ser o chefe de Estado, o sacerdote e comandante militar. Faziam parte da família não apenas esposa e filhos, mas os ancestrais, parentes a partir da união do casal (que hoje chamamos muitas vezes de agregados), os descendentes legítimos e os bastardos, as concubinas, os escravos, as propriedades, as terras e os animais (CASEY, 1992; JAEGER, 2003). Com o início do que hoje chamamos de Modernidade (final do século XV), vieram as descobertas científicas, a industrialização, estimulando a migração do campo para a cidade e trazendo mais mudanças para as famílias. A família moderna predominou da Revolução Industrial, com seus padrões de excelência que vigoraram da segunda metade do século XIX até o século XX. A família nuclear, formada por pais, mães e filhos que conviviam na mesma casa, correspondia aos padrões de uma sociedade em processo de industrialização e especialização.

Nos Estados Unidos da América do Norte, a constituição de famílias nucleares foi estimulada com a catequese puritana e moralista atuando fortemente nesse processo. Ao contrário, no Brasil escravocrata, havia descaso e desprezo, exemplificado pelo frequente abandono das crianças e pela clara preferência pelo investimento no escravo adulto. Segundo Neder (1994, p. 41), a criança escrava é isolada e afastada dos pais naturais e passa a participar de “[...] uma família ampliada, a numerosa família de negros no trabalho, os pontos de referência necessários ao seu equilíbrio emocional rompido”, nesse contexto formam-se alianças, vínculos religiosos e de compadrios.

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