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O JUST IN TIME COMO MÉTODO DE MELHORIA DO SISTEMA PRODUTIVO

Por:   •  22/2/2017  •  Monografia  •  3.175 Palavras (13 Páginas)  •  430 Visualizações

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O JUST IN TIME COMO MÉTODO DE MELHORIA DO SISTEMA PRODUTIVO

Resumo: o objetivo deste artigo é discutir e apresentar os aspectos do Just-in-Time, como uma filosofia, uma meta. Serão apresentados os conceitos de Just in Time, a filosofia do sistema, as ferramentas, as práticas básicas e o sistema Kanban. O principal foco do Just-in-Time é eliminar os estoques e o desperdício, o artigo apresentará como isso deve ser feito e como isso pode melhorar o processo produtivo industrial.

Palavras-chave: Just in Time. Produção. Kanban. Aumento da Produtividade. Eliminação de desperdícios.

Introdução

 

                A medida que as empresas evoluem, novas necessidades vão surgindo para a gestão das empresas em todos os setores, como no setor produtivo. As empresas sempre buscam novas formas de melhorar sua produção, produzindo de forma mais eficiente e eficaz.

                O Just in Time surgiu na empresa Toyota Motors Company como uma maneira de melhorar o processo produtivo por meio de técnicas de diminuição de estoque, com um mínimo de atraso possível.

                No Just in Time, todas os processos devem ocorrer no momento certo, e isso é possível através da adoção do sistema Kanban, que é um cartão utilizado para autorizar a produção e a movimentação de materiais, ao longo do processo produtivo.

                O Sistema Kanban é uma ferramenta que melhora o fluxo dos produtos em processos, ou seja, a logística interna, e o controle dos postos de trabalho, aumentando dessa forma a produtividade.

1 Just in time: Conceitos e objetivos

“O Just-in-time (JIT) é uma abordagem disciplinada, que visa aprimorar a produtividade global e eliminar os desperdícios. Ele possibilita a produção eficaz em termos de custo, assim como o fornecimento apenas da quantidade correta, no momento e local corretos, utilizando o mínimo de instalações, equipamentos, materiais e recursos humanos. O JIT é dependente do equilíbrio entre a flexibilidade do fornecedor e a flexibilidade do usuário. Ele é alcançado por meio da aplicação de elementos que requerem um envolvimento total dos funcionários e trabalho em equipe. Uma filosofia chave do JIT é a simplificação” (VOSS apud SLACK,1987).

“Just in Time não é um termo de jargão para um novo conceito. Ele apresenta uma meta. Esta meta é a total eliminação dos estoques, a manutenção do mínimo material em processo; ele é monitorado por uma constante redução do assim chamado capital de giro” (HUTCHINS, 1993, p. 22).

“O Just in Time (JIT) surgiu no Japão, nos meados da década de 70, sendo uma ideia básica e seu desenvolvimento creditados à Toyota Motor Company, a qual buscava um sistema de administração que pudesse coordenar a produção com demanda específica de diferentes modelos e cores de veículos com o mínimo de atraso” (CORRÊA, 1993, p. 56).

2 Estoque

Os estoques são recursos acumulados de uma operação utilizados para manter o sistema produtivo sempre em movimento, prevenindo eventuais problemas com a demanda destes recursos.

“Estoque é definido como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. Algumas vezes, o termo estoque também é usado para descrever qualquer recurso transformador de capital, como os quartos em um hotel ou os carros em uma empresa de aluguel e veículos. Mas, geralmente o termo refere-se a recursos transformados. Assim, uma empresa de manufatura manterá estoques de materiais, um escritório de assessoria tributária manterá estoque de informações e um parque temático manterá estoque de consumidores. Note que, quando são consumidores que estão sendo processados, nos referimos a ‘estoques’ deles como ‘filas’” (SLACK, 2009, p.356).

2.1 Vantagens em se possuir estoque

Os estoques permitem contornar problemas que existem em empresas com problemas de produção, entre os principais, podemos citar: problemas de qualidade, problemas de quebra de Máquina e problemas de preparação de máquina.

“Problemas de Qualidade: quando alguns estágios do processo de produção apresentam problemas de qualidade, gerando refugo de forma incerta, o estoque, colocado entre estes estágios e os posteriores, permite que estes últimos possam trabalhar continuamente, sem sofrer com as interrupções que ocorrem em estágios anteriores. Dessa forma, o estoque gera independência entre os estágios do processo produtivo.

Problemas de Quebra de Máquina: quando uma máquina para por problemas de manutenção, os estágios posteriores do processo que são ‘alimentados’ por esta máquina teriam que parar, caso não houvesse estoque suficiente para que o fluxo de produção continuasse, até que a máquina fosse reparada e entrasse em produção normal novamente. Nessa situação, o estoque também gera independência entre os estágios do processo produtivo.

Problemas de Preparação de Máquinas: quando uma máquina processa operações em mais de um componente ou item, é necessário preparar a máquina a cada mudança de componente a ser processado. Esta preparação representa custos referentes ao período inoperante do equipamento, à mão-de-obra requerida na operação de preparação, à perda de material no início da operação, entre outros. Quanto maiores estes custos, maior tenderá a ser o lote a ser executado, para que estes custos sejam rateados por uma quantidade maior de peças, reduzindo, por consequência, o custo por unidade produzida. Lotes grandes de produção geram estoques, pois a produção é executada antecipadamente à demanda, sendo consumida por esta em períodos subsequentes” (CORRÊA, 1993, p.57).

2.2 Just-in-Time e os Estoques

        

                No Just-in-Time, os estoques devem ser reduzidos a quase zero, para que se possa ver os problemas produtivos da empresa e corrigi-los e não apenas utilizar o estoque como método paliativo para encobrir estes problemas.

                “O estoque funciona como um investimento necessário quando problemas estão presentes no processo produtivo. O objetivo da filosofia JIT é reduzir os estoques, de modo que os problemas fiquem visíveis e possam ser eliminados através de esforços concentrados e priorizados” (CORRÊA, 1993, p.57).

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