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O PANORAMA DA CERVEJA NO BRASIL E NO MUNDO

Por:   •  5/9/2020  •  Artigo  •  6.033 Palavras (25 Páginas)  •  167 Visualizações

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PANORAMA DA CERVEJA NO BRASIL E NO MUNDO

         

FABIANO JOSÉ DOS SANTOS (FATEC RUBENS LARA) fabiano.santos23@fatec.sp.gov.br

THIAGO PAIXÃO DA SILVA (FATEC RUBENS LARA) thiago.silva232@fatec.sp.gov.br

 

Resumo

O setor de cervejas do Brasil, um dos mais tradicionais, com sua ampla rede de distribuição com ampla capilaridade, está presente, praticamente, em todas as cidades do país e tem importância considerável para a economia nacional. A indústria cervejeira movimenta uma imensa rede que envolve a pesquisa, cultivo, processamento, distribuição e comercialização de insumos e matérias primas até a entrega do produto ao consumidor, no mercado interno ou externo. Neste contexto será realizado um estudo sobre a cerveja, sua origem, produção, consumo, cadeia produtiva, movimentação de importação e exportação e a perspectiva de crescimento das cervejas especiais e sem álcool.

Palavras-chave: cerveja, cadeia produtiva, indústria cervejeira.

Title of the article in English

Abstract

The brewing sector, one of the most traditional sectors of Brazil, with wide capillarity, being present in practically all the cities of the country, has considerable importance for the national economy. The sector moves an immense network that involves the research, cultivation, processing, distribution and commercialization of raw materials and raw materials until the delivery of the product to the consumer, in the internal or external market. In this context, a study will be carried out on beer, its origin, production, consumption, production chain, import and export movement and the prospect of growing the special beers and Alcohol-free beers.

 

Key-words: Beer, production chain, brewing industry.

1 Introdução

Este artigo tem como objetivo dar uma visão geral sobre o mercado cervejeiro. A cerveja é uma bebida popular consumida em todo o mundo. Com uma história de tradição e sabor, possibilita a interação social e o seu consumo moderado faz parte de uma vida saudável.

 A origem da cerveja está diretamente ligada à agricultura, acredita-se que a razão do homem primitivo abandonar a vida nômade, se fixar em um determinado lugar, foi a possibilidade de cultivo e armazenamento de cereais para consumo posterior. A descoberta da cerveja pode ter ocorrido por acaso, em decorrência da umidade nos cereais armazenados em vasos, ocasionando o processo de fermentação. A data exata da descoberta da cerveja, não se pode precisar, no entanto, há registros de que a mais de 8000 anos, os povos sumérios, egípcios já produziam cerveja há mais de 5000 anos e os babilônios já fabricavam mais de 16 tipos de cerveja de cevada, trigo e mel há mais de 4000 anos antes de Cristo (CERVESIA, 2017).

O Código de Hamurabi, conjunto de leis babilônicas antigas criadas na Mesopotâmia, por volta do século XVIII a.C., mais antigo código de leis conhecido, previa que a pena de morte poderia ser imposta àqueles que diluíam a cerveja que vendiam, ou caso esta fosse intragável (CERVESIA, 2017).

Como função social e relevância econômica da cerveja no decorrer da história, verificam-se diversos tipos para seu uso;

  • como forma de pagamento de taxas;
  • como moeda de troca;  
  • considerada alimento, por suas propriedades nutricionais semelhantes às do pão; e,
  • como uma bebida mais saudável do que a água, durante o período em que a peste negra assolou a Europa.

Sua fabricação, a princípio uma atividade doméstica, delegada as esposas, passou pelo aperfeiçoamento nos mosteiros até finalmente ser produzida em larga escala nos dias de hoje.

Os mosteiros eram locais de conhecimento, desenvolvimento de técnicas, auto suficientes e principalmente pelo fato dos monges serem alfabetizados, se tornaram os primeiros com capacidade de produzir cerveja de boa qualidade em larga escala, produzindo inclusive uma cerveja com pouco álcool para o dia a dia e uma cerveja mais encorpada e alcoólica para os dias festivos, tendo sua produção destinada aos monges, aos pobres e vendidas aos peregrinos e camponeses da região (MORADA,2009).

Os cervejeiros germânicos por volta do século IX, foram os primeiros a empregar o lúpulo na composição da cerveja, em função das suas propriedades de conservante natural e ajuda para manter e a reter a espuma, que por sua vez tem a função de manter a temperatura e retardar a oxidação da cerveja, principalmente após aberta, além de conferir o sabor e o aroma, características básicas da bebida atual (MORADA, 2009).

O mais antigo código de alimentos vigente, conhecido como a Lei da Pureza (Reinheitsgebot), foi instituído em 23 de abril de 1516 pelo Duque Guilherme IV da Baviera, determinava que apenas água, malte, lúpulo e levedura poderiam ser utilizados na elaboração da cerveja. No século XX  em função das mudanças nas exigências de mercado, os alemães se viram obrigados a abrir mão da exigência do cumprimento da Lei de Pureza que em 1993, se transformou na Lei Provisória da Cerveja Alemã, que proíbe o uso da cevada não maltada mas permite o uso não só do trigo, como também do açúcar de cana na sua composição. Entretanto, até hoje as cervejarias que desejam indicar a mais alta qualidade de seus produtos fazem constar em  seus rótulos e matérias de divulgação o atestado de cumprimento do padrão da Lei da Pureza (MORADO, 2009).

Com a Revolução Industrial, estabeleceram-se fábricas cada vez maiores na Inglaterra, Alemanha e Império Austro-Húngaro e ocorreram mudanças decisivas no modo de fabricação e distribuição da cerveja que passou de uma atividade doméstica para uma escala industrial (MEGA;NEVES;ANDRADE, 2011).

Segundo dados do Portal Cervesia (2017) até 1600, os exploradores dos vários continentes descobrem por intermédio dos índios e civilizações orientais, a existência de cervejas feitas de milho, arroz, mandioca entre outros.

A chegada da cerveja no Brasil ocorreu por volta de 1808, trazida pela família real portuguesa, com a abertura dos portos às nações amigas de Portugal. A Inglaterra foi o primeiro país a introduzir a cerveja em seu território. Relatos dizem que, em 1637, o holandês Maurício de Nassau chegou ao Brasil, em Recife – PE, junto com o cervejeiro Dirck Dicx. Em outubro de 1640, eles abriram a primeira fábrica de cerveja das Américas. Na residência chamada “La Fontaine”, fabricavam uma cerveja encorpada, com cevada e açúcar. Apesar desses registros tão detalhados, ainda não foram comprovados se esses acontecimentos são reais. A primeira notícia sobre a fabricação oficial de cerveja no Brasil, intitulada “Cervejaria Brazileira”, é de um anúncio do Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro e datado de 1836. No estado de São Paulo, o alemão Henrique Schoenbourg, instalou a primeira fábrica em 1846. As primeiras marcas nacionais foram a Logos, Guarda Velha, Gabel, Vesosso, Stampa, Olinda e Leal da Rosa (CERVESIA, 2017).

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