O Setor de Compras Como Parte Estratégica das Organizações

Faculdade de Tecnologia SENAI CIMATEC

Disciplina: Gestão da Cadeia de Suprimentos

Tema: Compras: Negociação, Estratégia, Redução de Custos são Elementos para agregar em sua empresa?  

Subtemas: O setor de compras como parte estratégica das organizações

Palavras chave: Compras, Estratégia, Organizações, Gestão.

Referências bibliográficas: Alto (2009), Baily (2010), Rosa (2007)

Como departamento responsável pelo desenvolvimento de fornecedores, bem como o seu controle de desempenho, contratos de parceria, acompanhamento de preços de mercado, emissão de pedidos de compras e follow-up, o setor de compras tem função essencial na área de suprimentos, tão essencial que é considerada por muitos como parte estratégica do negócio. A figura 1 mostra, de forma esquemática, o inter-relacionamento entre as principais estratégias da organização, começando com as estratégias empresariais em geral e disseminando-se por toda a estrutura organizacional, isto é, contemplando as estratégias produtivas, estratégias logísticas, estratégias de suprimentos, estratégias de compras e estratégias de distribuição.

Figura 1: estratégias de compra e suas conexões

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Fonte: Alto (2009). Adaptado pelo autor.

O texto resenhado afirma acertadamente que nas últimas duas décadas essa visão de compras como parte estratégica do negócio vem se firmando e na maior parte das organizações o setor deixou de ser uma mera atividade tática e operacional. Alto (2009) comenta que na atualidade, a aquisição de bens e serviços passou a ser feita por compradores especializados, adotando novas técnicas, integrando a empresa interna e externamente, e desenvolvendo processos mais seguros, confiáveis e ágeis. Alto (2009) reforça afirmando que atualmente comprar tornou-se fator estratégico, necessitando de integração e comunicação com as demais estratégias da empresa. Rosa (2007) falando de um passado nem tão recente diz que o departamento de compra antes atuava de forma tradicionalmente vertical dentro das organizações, ou seja, de forma isolada, como parte separada da área de suprimentos.

Baily (2000) também afirma que o suprimento de materiais não é tão importante para algumas empresas como é para outras e faz analogia com uma empresa manufatureira média que emprega metade de seus recursos em materiais, suprimentos e serviços, e, em alguns casos isso se aproxima de 90%.

Os processos das atividades de compras tem recebido mais atenção da alta administração e do meio acadêmico. Antes tática e operacional, hoje é reconhecida que a contribuição dessa atividade é eficaz se suficientemente desenvolvida.

Segundo Baily (2000) o desenvolvimento de conceitos e técnicas tem proporcionado impacto importante sobre as compras. A figura 2 sugere que essas ideias contribuem para a melhoria contínua, mas não se trata de uma resposta completa.

Se a função compras não for suficientemente desenvolvida, a implementação dessas ideias é impraticável. Todas as estratégias requerem o desenvolvimento de cadeias de suprimentos mais racionalizadas do que aquelas que se movem em direção a filosofias consagradas. Os fornecedores precisam trabalhar próximos aos funcionários da organização compradora para desenvolver produtos e métodos apropriados e eliminar o desperdício em todas as suas formas (BAILY, 2000).

Figura 2: Visão geral das “melhores práticas mundiais”

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Fonte: Baily (2000). Adaptado pelo autor

Com tanta exigência por competitividade e por ser uma área já considerada estratégica a função do comprador passou a ter maior importância dentro das organizações. Os benefícios da competitividade estão diretamente ligados ao perfil de um bom profissional de compras. Conhecimento de mercado, habilidade de negociação, conhecimentos técnicos de materiais, processos e produção, além outras competências e ética compõem o perfil ideal do profissional de compras. O comprador também deve trabalhar dentro de procedimentos organizacionais, princípios e objetivos da organização.