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O conceito de gestão do conhecimento

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Por:   •  8/11/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.178 Palavras (5 Páginas)  •  240 Visualizações

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O modelo de gestão conhecido por Gestão do Conhecimento (ou Administração do Conhecimento) é um conceito bastante amplo, mas que pode ser definido de forma simplificada como um “conjunto de técnicas, posturas e condutas dedicadas ao zelo do saber organizacional” (Figueiredo, 2005). Esse modelo de gestão ganhou força a partir da década de 90 em resposta às mudanças ocorridas no ambiente empresarial onde cada vez mais a informação e o conhecimento ganhavam notoriedade.

A partir da década de 70 a acirrada competição imposta pelas empresas orientais forçou uma drástica mudança na visão que até então se tinha das práticas gerenciais. Foi-se deixando de lado modelos antigos que ainda se baseavam na abordagem tradicional da administração, voltada mais para a produção em massa e para a eficiência do que para a qualidade e competitividade, assim, ao longo dos anos podemos observar que a evolução das abordagensadministrativas nos leva de encontro a um novo conceito de empresa onde expressões como capital intelectual, capital humano, ativos intangíveis e inteligência empresarial, entre outros, ganham cada vez mais destaque.

Antes de nos aprofundarmos no conceito de Gestão do Conhecimento torna-se necessário fazer uma breve distinção entre conhecimento e informação. A informação pode ser definida como um conjunto de dados que possui algum valor ou significado para quem os utiliza. Já o conhecimento é um pouco mais amplo e complexo apesar de ser derivado da informação, pois ele está dentro das pessoas e é algo intuitivo, difícil de ser expresso e que está sempre em constante evolução devido as interações do indivíduo com o ambiente que o cerca. Devemos destacar também que o conhecimento é algo individualizado sendo diretamente influenciado pelas crenças e valores de cada pessoa.

O conhecimento ainda pode ser dividido em dois grupos, o tácito e o explícito. O conhecimento explícito é aquele que pode ser exteriorizado através da linguagem formal e que se encontra expresso na forma de manuais, instruções, expressões matemáticas e etc., já o conhecimento tácito é mais difícil de ser compartilhado, pois está incorporado à experiência pessoal e depende de fatores intangíveis como valores e crenças individuais, insights, habilidades e diversos outros. Para melhor ilustrar o que é o conhecimento tácito podemos usar o exemplo de um atleta profissional de elite; a parte técnica do esporte apreendida pelo atleta pode ser entendida como o conhecimento explícito, mas todos nós sabemos que um atleta de alto nível não é feito só de técnica, existe sempre alguma “habilidade” natural (o “saber fazer”) que o diferencia dos outros, mas que ele não conseguiria ensinar para outra pessoa, pois é algo difícil de ser expresso, esse é o conhecimento tácito.

Diante do exposto podemos dizer então que a gestão do conhecimento nas organizações é “o processo sistemático de identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida [desta] [...] organização” (SANTOS, 2001), ou ainda, que a gestão do conhecimento é a capacidade da empresa de identificar e transmitir conhecimentos relevantes aos seus funcionários criando possibilidades para que este conhecimento seja efetivamente aplicado em favor do desenvolvimento de vantagens competitivas para a empresa. Desta forma, a gestão do conhecimento leva as organizações a atuar de forma mais segura e eficiente, pois garante a transmissão e a aplicação dos conhecimentos existentes evitando, por exemplo, o desperdício de tempo com a “descoberta” de soluções que já existiam ou ainda decisões equivocadas com base em informações erradas ou na falta de experiência.

Mas como ocorre o processo de criação do conhecimento organizacional? Para tentar elucidar esta questão Nonaka e Takeuchi (1997, apud Penteado et. al, 2008) desenvolveram a conhecida “espiral do conhecimento” que tenta explicar como funciona o processo de transformação do conhecimento dentro das organizações. Segundo os autores este processo se divide em quatro etapas conforme exposto a seguir:

• Socialização do conhecimento: que compreende o processo de compartilhamento das experiências (tácito para tácito);

• Externalização do conhecimento: que compreende a comunicação do conhecimento ao grupo através do uso de conceitos, analogias, metáforas ou modelos (tácito para explícito);

• Combinação do conhecimento: que é o uso de uma linguagem formal para registrar e difundir o conhecimento, como por exemplo, a criação de manuais (explícito para explícito).

• Internalização do conhecimento: compreende o processo de aprendizagem, quando novos conhecimentos começam a ser assimilados pelos indivíduos e são utilizados para agregar ou modificar o conhecimento já existente (explícito para tácito).

Compreendido o conceito de gestão do conhecimento e as etapas que envolvem a criação do conhecimento organizacional, devemos agora nos voltar paras as técnicas usadas nesta árdua tarefa de gerir um bem intangível, o conhecimento. Porém, devido à complexidade e extensão deste tema selecionamos apenas algumas das principais técnicas utilizadas e apresentaremos a seguir um resumo destas, buscando abordá-las mais detalhadamente

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