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OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE NO SISTEMA PÚBLICO

Por:   •  17/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  5.455 Palavras (22 Páginas)  •  147 Visualizações

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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE NO SISTEMA PÚBLICO

Nome do acadêmico: Jaqueline Aurelina de Oliveira Silva RGM: 23014121  

Nome do orientador: Fernanda Castro Leite  

RESUMO

Entre os vários segmentos da tecnologia da informação temos os sistemas, por isso o tema do artigo foi definido em decorrência da necessidade em verificar as opiniões de autores sobre o uso de sistemas de informação em saúde no sistema público. A pesquisa inclui artigos que citam os diversos tipos de unidades, tanto de atendimentos ambulatoriais e de urgência/emergência. Pelos resultados da pesquisa pode-se verificar que os sistemas de informação estão sendo utilizados em muitas unidades de saúde publica, porém ainda é necessário que esses sistemas se integrem e automatizem os processos para agilizar os atendimentos, auxiliar no diagnóstico das patologias e permitir que os gestores tomem decisões que traga benefícios para os usuários do sistema único de saúde.  

Palavras-chave: Administração de Serviços de Saúde. Sistemas de Informação em Saúde. Aceitação e uso de Tecnologia. Gestão da Informação. Setor Público de Saúde.

ABSTRACT

        Among the various segments of information technology we have systems, so the theme of the article was defined due to the need to verify the opinions of authors on the use of health information systems in the public system. The research includes articles that cite the different types of units, both outpatient and urgent / emergency care. From the results of the research, it can be seen that information systems are being used in many public health units, but it is still necessary for these systems to integrate and automate the processes to streamline care, assist in the diagnosis of pathologies and allow patients to managers make decisions that benefit the users of the unified health system.

Keywords:  Health services administration.  Health Information Systems. Acceptation and technology use. Information Management. Public Health Sector.

 INTRODUÇÃO

Com a inovação das tecnologias da informação há uma grande importância que os sistemas sejam utilizados em todas as áreas até mesmo em órgãos de gestão pública. O presente trabalho pode contribuir para aumentar o conhecimento na utilização  de sistemas de informação em unidades de saúde pública e descrever as dificuldades encontradas, tanto na utilização dos colaboradores, como na deficiência de alguns sistemas. Conforme (SANTOS, 2019) se atualmente a informação tem  posição de destaque nas organizações, é importante trabalhar o processo de gestão da informação no contexto das organizações públicas de saúde, que têm se desenvolvido, buscando maneiras de inovar e melhorar seus serviços em que a informação ganha destaque e relevância. Os autores (NASCIMENTO, FRADE, MIGUEL, PRESADO, CARDOSO, 2019) também consideram  que os sistemas  de  informação  têm-se  revelado melhor  na  sistematização  da  informação  permitindo a proteção de dados sensíveis e garantindo a conexão entre os vários atores  do  sistema  de  saúde. 

        Com o avanço das tecnologias da informação em todos os segmentos é importante saber como este recurso é utilizado nas unidades de saúde. Sabemos muitas vezes que há falta de recursos financeiros em adquirir sistemas de informação, pois as aquisições são realizadas por licitação, sendo a compra por menor preço. É necessária uma equipe de tecnologia da informação para verificar se as empresas que participam da licitação estão oferecendo produtos que atendam o descritivo. Na verdade é no momento da criação do descritivo que é necessário focar na real necessidade da unidade de saúde ou das várias unidades de saúde, pois muitas vezes as compras são realizadas pelas secretarias de saúde, e se é possível adaptações para a necessidade de cada unidade.

As unidades de saúde públicas necessitam de gestão de recursos que muitas vezes são escassos para os quais devem ser utilizados da melhor forma possível para conseguir auxiliar o maior número de pacientes. Otimizar, por exemplo uma vaga, para caso o paciente agendado não compareça, possa ser utilizada para outro que está aguardando, as vezes na fila de espera da unidade básica de saúde há muito tempo.

O objetivo geral do artigo é analisar a visão e o posicionamento de diversos autores sobre o uso de sistemas de informação em saúde no sistema público. Já o objetivo específico é verificar se há muitos artigos sobre os tipos de unidades de saúde de atendimento ambulatorial e urgência/emergência. O método utilizado será de revisão bibliográfica, utilizando artigos científicos dos últimos 5 anos de autores que pesquisaram nas áreas de serviços de saúde, sistemas de informação e tecnologia.

Antes de iniciarmos a pesquisa sobre o sistema de informações em saúde é necessário entender a definição de Sistema Único de Saúde e Sistemas de Informações.

  1. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Consultando o site do Ministério da Saúde temos as seguintes informações:

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.  O SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde. 

A Carta dos direitos dos usuários reúne os seis princípios básicos de cidadania que asseguram ao brasileiro o ingresso digno nos sistemas de saúde, seja ele público ou privado.

  • Direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde.
  • Direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema.
  • Direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação.
  • Direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos.
  • Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada.
  • Direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.

A gestão das ações e dos serviços de saúde tem participação  entre os três entes da Federação: a União, os Estados e os municípios. Engloba a atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica

Os Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) são:

  • Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas.
  • Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas.
  • Integralidade:  pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.

Nos principios organizativos podemos citar:

  • Regionalização e Hierarquização: a regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região.
  • Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos.
  • Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.

Nas Responsabilidades dos entes que compõem o SUS temos:

  • União: A gestão federal da saúde é realizada por meio do Ministério da Saúde. O governo federal é o principal financiador da rede pública de saúde. O Ministério da Saúde formula políticas nacionais de saúde, mas não realiza as ações. Para a realização dos projetos, depende de seus parceiros (estados, municípios, ONGs, fundações, empresas, etc.). Também tem a função de planejar, elaborar normas, avaliar e utilizar instrumentos para o controle do SUS.

  • Estados e Distrito Federal: Os estados possuem secretarias específicas para a gestão de saúde. O gestor estadual deve aplicar recursos próprios, inclusive nos municípios, e os repassados pela União. Além de ser um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais de saúde, o estado formula suas próprias políticas de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível estadual, respeitando a normatização federal.

  • Municípios: São responsáveis pela execução das ações e serviços de saúde no âmbito do seu território.  O gestor municipal deve aplicar recursos próprios e os repassados pela União e pelo estado. O município formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saúde. Pode estabelecer parcerias com outros municípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para procedimentos de complexidade que estejam acima daqueles que pode oferecer.

  1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Os sistemas de informações estão em todos os lugares: presentes em nossa vida pessoal e profissional, desde as redes sociais, passando pelo comércio eletrônico e chegando até os sistemas corporativos.  Um sistema de informação tem como finalidade armazenar e processar informações. Para que seja utilizado pelas pessoas, ele deve incluir elementos tecnológicos, humanos e normativos. Um sistema pode ser delimitado conforme a natureza de seus elementos e, depois agregado a outros sistemas para ampliar sua abrangência. (ELEUTERIO, 2015)

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