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Os Conceitos de Rubens Alves

Por:   •  11/2/2016  •  Resenha  •  564 Palavras (3 Páginas)  •  1.216 Visualizações

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Considerando o texto de Rubem Alves como referência, explique por que o autor opta por não definir senso comum. Dia 08/02

Na visão de Rubens Alves, o senso comum é o conhecimento superficial “leigo” ou seja, que não é científico sobre um determinado assunto, a transformação ou desenvolvimento do senso comum se torna a aprendizagem da ciência. O que era considerado ciência nos séculos passados, hoje é considerado senso comum, justamente pela transformação continua do senso comum.

Para o autor a ciência não é um órgão superior, ela existe por que utilizamos exageradamente o nosso senso comum (conhecimento) em um determinado assunto, nós aprofundando e nós tornando especialistas ou até mesmo um cientista, mas por conseqüência temos uma visão reduzida sobre outras coisas. O senso comum e a ciência possuem as suas igualdades e diferenças, ambos existem a partir do aparecimento de um problema, só pensamos quando temos necessidade de resolver algo. Já na maneira de se apresentar a solução do problema é que se observam as diferenças entre o senso comum e a ciência.

Segundo os cientistas a ciência se baseia em fatos racionais, lógicos enquanto o senso comum permite o mito, fabulação, sentimento, intuição e frustração. Mais como podemos julgar o que é lógico e racional? Como podemos evidenciar essa lógica? Segundo L.L. Whyte : ‘‘ o místico crê num Deus desconhecido. O pensador e o cientista crêem numa ordem desconhecida. É difícil dizer qual deles sobrepuja o outro em sua devoção não-racional’’. (p.41).

Para a resolução de um problema novo, tomemos como exemplo a dengue, a ciência parte de uma teoria, hipóteses e probabilidades para iniciar suas pesquisas, então se são hipóteses, como podemos afirmar que estão certas pois, são palpites baseados no que já conhecemos e no que desejamos conhecer sendo que, nada ainda foi comprovado. Se os resultados apresentados surtirem feitos positivos, podemos dizer que a descoberta foi eficaz mas, se no cotidiano aparecerem novas formas da doença logo essa teoria é derrubada e outra surge no lugar. Nas palavras de Rubens Alves ‘‘ a ciência não nos oferece cópias do real. Ela nos dá apenas modelos hipotéticos e provisórios. ’’ (p.47). Na verdade, o cientista aposta na sua intuição, essa forma de instinto não é somente um privilégio do cientista, mas de qualquer pessoa. Mais uma vez o senso comum e a ciência se assemelham.

Podemos dizer que os fatos novos são fundamentais para o progresso da ciência, mais os fatos para terem serventia devem ser interpretados e como fazer isso sem utilizar a imaginação.

 Em minha opinião, a ciência e o senso comum se completam, não tem como existir um sem o outro. A ciência precisa de intuição, imaginação e curiosidade para iniciar uma teoria, buscando fundamentar suas pesquisas em conhecimentos descobertos no passado por outros cientistas usando a lógica e o raciocínio, dando maior credibilidade ao seu resultado no meio cientifico. Porém, acredito que durante essa caminhada rumo ao desconhecido, o cientista seja impregnado de criatividade, instinto e motivação. Para o autor, existe incompatibilidade entre a ciência e o senso comum.

Segundo a revista Teologia & Cultura‘‘ Rubens Alves foi radical em tentar levar a ciência ao descrédito e implantar, assim, o irracionalismo’’. (P.11)  

Bibliografia

Rubens,Alves. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras.ed. Brasiliense,1981.

Teologia & Cultura,Revista: ano II, n.7.

Aluna: Christiane Telles          Curso: Administração Pública      Polo:Itaocara

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