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Percepção Social

Por:   •  14/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  882 Palavras (4 Páginas)  •  439 Visualizações

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PERCEPÇÃO SOCIAL

Percepção: Formação de Impressões

Nas situações quotidianas de uma COP, grande parte do tempo é passado a interagir. Nestas interacções estamos amiúde a encetar juízos sobre os outros acerca do que são, fazem ou parecem ser, sobre a razão de determinado comportamento e o que será o seu desempenho futuro, juízos estes que apresentam consequências sobre a vida de cada um dos membros da COP. É desta forma imperioso conhecer como num contexto de percepção interpessoal se formam as impressões sobre as pessoas, se desenvolvem as explicações e expectativas sobre o seu comportamento e que factores influenciam os nossos juízos e inferências.

Segundo Hinton (1993) a percepção interpessoal deverá ser encarada para efeitos de análise na base de três perspectivas: (1) o relacional, (2) o social e o (3) cultural. Sendo a percepção interpessoal um processo de inferências que se faz sobre uma ou outras pessoas com base na informação disponível, tais inferências podem ser influenciadas por factores de natureza pessoal, social e cultural. Em relação aos primeiros, podem localizar-se as possíveis influências a partir de três origens:

1) A informação sobre alguém;

2) O tratamento da informação por quem percepciona;

3) A relação entre quem percepciona e é percepcionado.

A informação pode ter origem no comportamento, aspectos físicos, fisionómicos e de aparência de quem é percepcionado, em documentos escritos e em descrições fornecidas por terceiros. Quem percepciona, pode analisar minuciosamente a informação ou pode desconsiderá-la; paralelamente, o modo como quem percepciona aprendeu a explicar as pessoas ou os acontecimentos, modo esse geralmente objectivado em estereótipos ou em perspectivas idiossincráticas pode também produzir influência sobre as inferências; igualmente o relacionamento existente (familiaridade, amizade, profissional, afecto, desconhecimento, etc.) entre quem percepciona e o que é percepcionado, pode também influenciar a percepção.

No plano social, igualmente a percepção interpessoal é afectada pelo contexto da mesma. Percepcionar alguém executar uma tarefa é diferente consoante se trate de se encontrar dentro de uma COP, uma grupo ou por si próprio(a).

Por último, o contexto cultural é igualmente influenciador das leituras perceptivas. A distância social definida pelo espaço físico entre dois interlocutores, funciona como uma importante fonte de influência da percepção. A reacção, por exemplo quando há uma abordagem demasiado próxima para se falar com um desconhecido, é para o afastamento e para a marcação de distâncias, o que significa banir alguém do espaço psicológico.

Concluindo, as inferências que fazemos acerca de alguém a partir da informação disponível sobre esse alguém, estão potencialmente sujeitas a cada uma das influências referidas.

O resultado de tais inferências traduz-se geralmente na formação de uma impressão sobre a pessoa percepcionada, ou seja, um processo mediante o qual se inferem características psicológicas com base no comportamento da pessoa percepcionada e se estruturam tais inferências numa impressão coerente. Contudo este processo de formar impressões, levanta diversos riscos que dificultam a exactidão da percepção.

Um deles é a categorização, a qual consiste na tendência em valorizar as características dos outros, que estão de acordo com os nossos valores e necessidades.

Quando, pela primeira vez estamos perante alguém tendemos a formular de imediato uma impressão global. Neste fenómeno intervêm elementos cognitivos (como reconhecer o significado atribuído a um comportamento) e afectivos, que, irão originar uma categorização.

A categorização liga-se a um sistema de valores e faz com que as pessoas sejam agrupadas em determinados grupos classificativos, a partir dos índices observados e do significado atribuído aos mesmos. Quando se categoriza faz-se a partir de categorias centrais e não tanto periféricas, sendo que as primeiras impressões indicam a direcção da categorização e influenciam a percepção global do sujeito.

Relacionados com este processo estão igualmente os preconceitos e os estereótipos. Estes são, geralmente, ideias sem fundamento real, como tal pré-concebida, e que consiste em atribuir características a pessoas classificadas em determinados grupos tipificados. Por exemplo, se uma pessoa aprende que ser auditor de uma COP significa integrar um grupo competente e idóneo, tenderá a atribuir a um auditor tais características,

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