Proposta de arranjo produtivo local artesanato

CEZZAR MENDINA

FERNANDA ORTEGA

GUIDO RIBEIRO

JULIANA SEVERO

JULIE ANE RITTES

KAIRUSA DE OLIVEIRA

ARRANJO PRODUTIVO LOCAL: ARTESANTO DE SANTANA DO LIVRAMENTO

COMPETITIVIDADE

1 HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DO SETOR

Situada na região Oeste do estado, Santana do Livramento fronteira com o Uruguai, possui grande confluência de turistas que frequentam mensalmente a cidade. Santana do Livramento conta com uma ampla linha de artesanato local, pode-se dizer que este fato se dá através da falta de oportunidades de emprego na cidade, o que obriga a população a aproveitar o potencial turístico para a venda desses produtos característicos da região. O setor ainda é pouco explorado na cidade, porém visto que esse segmento envolve 8,5 milhões de pessoas e movimenta mais R$ 50 bilhões por ano no Brasil, de acordo com dados publicados pelo SEBRAE, pode potencializar a produção e venda de artesanato na cidade.

Com cerca de 80.000 habitantes, Livramento possui grande fluxo de turistas, por ser uma cidade fronteiriça. A partir daí, deu-se a ideia de criação do arranjo produtivo local de artesanato, visto que os artigos artesanais além de serem peças únicas, são também características da cidade servindo assim, como lembrança para os turistas que aqui frequentam.

A cidade abriga um complexo de feiras binacionais de artesanato, localizadas no parque internacional, na divisa de Santana do Livramento com Rivera – UY. A feira, presente na cidade desde 1971, é composta por 16 bancas e abrange cerca de 30 artesãos, coordenados pela associação de artesãos que foi criada também em 1971, e esta já possui ações de cooperação e parceria com a Prefeitura Municipal (Secretaria de Cultura e Turismo).

A principal justificativa que contempla os motivos pela criação do APL é por um maior apoio e visibilidade para os artesãos da fronteira, tanto de Santana do Livramento, quanto de Rivera, com a criação do APL estes ficariam mais visíveis não só para a população local, mas principalmente pelos turistas, o que resultaria no impulso das vendas, maior padronização, qualidade, produtividade e lucratividade, fomentando assim o segmento na cidade e também a economia local.

Santana do Livramento conta também com a Casa do Artesão, que é de grande importância para o município e região, onde, além dos serviços prestados e um local para cursos, ainda existe um espaço específico dedicado ao artesão qualificado para expor seus trabalhos divulgando a riqueza e diversidade de criatividade demonstrada nos trabalhos.

A casa do Artesão foi inaugurada dia 03 de dezembro de 2010, abriu mais um espaço para exposição e comercialização do artesanato produzido na cidade. Desta forma, almeja-se um esforço direcionado para o aumento da competitividade do setor e com cooperação entre os artesãos, através de projetos voltados para o aprimoramento do processo produtivo, melhoria e desenvolvimento de novos produtos, maior participação no mercado interno, participação em mercados externos, responsabilidade socioambiental e preocupação com o desenvolvimento regional.

2 PLANEJAMENTO

O planejamento do arranjo produtivo local seria elaborado a partir de uma parceria dos artesãos com a prefeitura municipal (Secretaria da Cultura e turismo) e a casa do artesão que pode oferecer suporte para os artistas e também para a divulgação de seus produtos.  A Secretaria da cultura trata-se da principal influência para o êxito do APL, pois esta é a principal idealizadora das feiras de artesanato que ocorrem na cidade, geralmente em datas festivas. Através do APL, estas feiras se tornariam mais regulares proporcionando para os artesãos uma maior divulgação de seus artigos e trazendo maior visibilidade do artesanato, não apenas para livramento, mas para a região em que se localiza.

Primeiramente, nota-se a importância de uma conscientização por parte dos artistas, visto que estes não possuem noção do conceito de APL, e muito menos de seus benefícios para si e para seus colegas de profissão. Por meio de reuniões, oficinas, seminários, se pode possibilitar um maior conhecimento para os artesãos.  Através  disso, a comunicação com os órgãos públicos do município, especificamente a Secretaria da Cultura para instituir a possibilidade de angariar um local público de maior visibilidade para os artesãos se instalarem já que o local atual é central  porém não estratégico, pois se trata de um parque, onde ocorre confluência de pessoal, porém as bancas ficam ofuscadas no local, não atraindo clientes.

O local no caso deveria seguir a linha de outras cidades turísticas, como por exemplo, Gramado – RS, onde a prefeitura doou um lugar para os artesãos se instalarem e se organizarem ali, específico para eles e para a comercialização de seus produtos.

2.1 Análise FOFA/SWOT

Após uma breve análise do contexto artesanal de Santana do Livramento, foi realizada então, uma análise de pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, que é conhecido por matriz S.W.O.T. (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats).

2.2 Fatores competitivos

Os fatores competitivos inerentes à criação de um arranjo produtivo local dos artesãos locais que podem ser destacados, são primeiramente, a padronização e regularização dos produtos, também do local de venda específico para a comercialização do artesanato, e que seja mais visível para os turistas. A organização dos artistas, através de um cadastro, onde estes possam ter maior organização tanto da quantidade do que produzem  quanto as que vendem criando assim mais credibilidade e confiabilidade nos produtos oferecidos. Outro fator que se pode destacar é a personalização no atendimento e também nos produtos, uma vez que o produto pode ser moldado de acordo com o gosto do consumidor. Os insumos de fácil acesso e muitas vezes reutilizáveis também contam como um fator competitivo, visto que se trata de insumos diversificados e que contribuem para a sustentabilidade.

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