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Resenha Crítica Sobre o Artigo: Qualidade de vida no trabalho: Controle e escondimento de mal-estar do trabalhador.

Por:   •  25/10/2019  •  Resenha  •  1.532 Palavras (7 Páginas)  •  375 Visualizações

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Resenha Crítica sobre o artigo: Qualidade de vida no trabalho: Controle e escondimento de mal-estar do trabalhador.

A importância das necessidades humanas varia de acordo com a cultura de cada individuo e organização. Cada pessoa tem necessidades diferentes quando se trata de sua carreira profissional e o nível de sua qualidade de trabalho é formado e

determinado pelo atendimento dessas necessidades. Algumas pessoas se contentam com um simples emprego e um salário, desde que ajudem a pagar suas contas, outras procuram uma boa qualidade de vida no trabalho. Porém não são todas as empresas que dão uma maior atenção a essa questão. O trabalhador coloca um objetivo em sua vida, e acaba virando escravo do mesmo, ele vive para manter seu objetivo, o trabalho consome boa parte do tempo na maioria das vezes, pois as horas de lazer são utilizadas para recuperação do

corpo e da mente. E com tudo isso ainda traz a sensação de inutilidade e com ela vem o medo, quando percebe que pode ser substituído. Quando isso acontece o trabalhador começa a viver pela empresa, pois não possui nenhum outro objetivo a não ser servir a organização, por medo de perder seu emprego e isso faz com que chegue ao ponto onde se esquece de seus familiares. Conforme verificado no texto de José Araújo, Marx afirma que “quanto mais o trabalhador possui menos ele tem para consumir, que quanto mais valores se criam,

menos valor e dignidade possui quanto mais valiosos o trabalho, mais importante se torna, quanto mais rico o espirito do trabalho mais pobre o espirito da vida, trabalhador se torna um objeto”. A saúde não é vista como prioridade, o trabalhador para não perder seu

emprego, às vezes esconde a doença e isso faz com que acabe agravando o problema. O medo de ser demitido levam as pessoas a desenvolverem resistência à tolerância e as pressões organizacionais, fingindo, por exemplo, não estarem machucados em caso de acidentes no trabalho e segundo o OIT (Organização Internacional do Trabalho) de um total de 2,34 milhões de acidentes de trabalhos

mortais a cada ano, somente 321.000 se devem a acidentes. Os restantes das mortes são causados por vários tipos de enfermidade relacionada com o trabalho. Assim se são os adoecimentos e acidentes, vários fatores contribuem para isso, como péssima condição de trabalho, falta de segurança e exposições frequentes de desgaste físico e mental. Em alguns casos ocorre à depressão que é

a principal responsável pela queda de produtividade, o estresse que se da pelo aumento da competitividade no trabalho, medo da perda de emprego devido aos avanços tecnológicos, e também a fadiga que é provocada pela inadequação do processo de trabalho provocando uma queda na produtividade onde ocasiona a diminuição da qualidade do trabalho. Juntamente com essas doenças esta também relacionada a LER/DORT (Lesões por Esforços repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), são doenças que afetam os ossos, músculos, tendões e o pescoço que são causados pela má postura no ambiente de trabalho. Não é propriamente uma doença e segundo o Dr. Drauzio Varella em um dos artigos em seu site “É uma síndrome constituída por um grupo de doenças –

tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias -, que afeta músculos, nervos e tendões dos membros superiores principalmente, e sobrecarrega o sistema musculoesquelético. Esse distúrbio provoca dor e inflamação e pode alterar a capacidade funcional da região comprometida. A

prevalência é maior no sexo feminino.” Muitas empresas às vezes acham que seus funcionários acabam fingindo ou até mesmo provocando esse tipo de doenças, pois a maioria dos acidentes ocorre dentro da empresa, porém as causas mais comuns

dessas doenças são os movimentos repetitivos em local inadequado, pois leva o trabalhador a ficar com uma postura incorreta por muito tempo. Devido a esses problemas os programas de QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) vêm se tornando cada vez mais uma preocupação para a Administração Pública e empresas já que as condições inadequadas para realização de um trabalho interferem na produtividade e desempenho dos funcionários e segundo Assembleia Legislativa Diretoria Geral de Recursos Humanos “A QVT assimila duas posições antagônicas: a reivindicação dos empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho; e, de interesse das organizações quanto aos seus efeitos potenciais sobre a produtividade e a qualidade.” Para os especialistas, estes aspectos justificam o aumento no investimento em QVT por parte das organizações, de qualquer formar o trabalho tomou lugar prioritário na sociedade, onde o trabalhador da mais importância ao seu trabalho do que ao seu bem estar. As empresas agem como se a QVT fosse um bônus para o trabalhador, que faz de tudo por ela, os trabalhadores passam mais tempo em seu ambiente de trabalho do que com seus familiares, isso acaba fazendo com que ocorra um desgaste emocional. Isso afeta não só ao trabalhador, mas sim a empresa, pois com o desgaste emocional, o estresse e a intolerância ficam mais altos e a produtividade diminui. Para que isso não ocorra cabe aos profissionais especialistas na saúde do trabalhador procurar maneiras corretas para que haja mudanças nos conceitos da

empresa. A empresa deve verificar se o funcionário está totalmente disponível para

a empresa, e não fazer com que eles se sintam obrigados a trabalhar e nem a

colaborar com tudo. A QVT só pode ser implantada quando a empresa tem

consciência que seus trabalhadores são partes fundamentais de uma organização. A

empresa deve se certificar de que o empregado está trabalhando da melhor forma,

deste modo deve ser analisado o modo de trabalho para que haja a prevenção

desses acidentes. Com a prevenção de acidentes no trabalho se obtém uma melhor

qualidade de vida para os colaboradores da empresa e um ambiente que os

trabalhadores desejam para alcançar suas necessidades individuais, familiares e de

carreira, já que uma boa qualidade de vida no trabalho gera um aumento na

produtividade, redução de absenteísmos, diminuição de custos médicos e melhora

de rotatividade. Melhorando o seu ambiente de trabalho, melhora a sua qualificação

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