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Resenha: Economia Sem Truques

Por:   •  28/11/2017  •  Resenha  •  773 Palavras (4 Páginas)  •  441 Visualizações

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O livro “Economia sem Truques: O mundo a partir das escolhas de cada um” de Carlos Eduardo S. Gonçalves e Bernardo Guimarães, publicado pela editora Elseiver em 2008, a partir da 5ª reimpressão, tem como objetivo o ensinamento da economia a partir das ideias básicas, em certos momentos engraçados, mas, focado a questões de suma importância da realidade. Em especial, O capítulo “Vegetarianos, preços e bois, tem como intuito demonstrar o valor do sistema de preços para o bom funcionamento do sistema econômico.

Inicialmente, o capitulo se inicia com uma breve história de um jornal dinamarquês que publica uma charge considerada perturbadora ao profeta Maomé, trazendo indignação no mundo islâmico e aumentando a tensão no Ocidente/Oriente. Isso faz com que o preço do ouro aumente rapidamente. Por ser um investimento seguro em tempos de incerteza, esses tipos de acontecimentos aumentam a procura e o preço do ouro. Diante da oferta, mais recursos são reservados para o descobrimento de novas minas, e da demanda, fica mais difícil comprar joias de ouro pelo aumento do preço, de modo que menos joias são vendidas. O curioso do sistema de preços é que nem os descobridores de minas nem os compradores de joias precisam estar informados do caso da charge para tomarem estas iniciativas, e, portanto, suas decisões são as melhores possíveis para a sociedade. Maior a quantidade de ouro estará disponível para a compra dos investidores pelo aumento da produção e também pela redução da compra de joias. Esse exemplo mostra um conceito da dificuldade informacional que seria criar um sistema que tomasse as decisões de produção e consumo de modo centralizado.

Seguidamente, os autores resumem, de uma forma geral, que “a função principal do sistema de preços é sinalizar para todos – produtores e consumidores de bens – duas coisas: (1) o valor atribuído pelo conjunto da sociedade a determinado bem e, (2) o custo que essa mesma sociedade incorre ao produzi-lo.”. A situação apresentada mostra que em um mundo que as pessoas preferem consumir mais soja, ao invés de consumir carne, contribuindo o excesso de demanda por soja e o excesso de oferta por carne, consequentemente, levaria a uma queda do preço da carne (e queda na rentabilidade dos pecuaristas) e aumento da rentabilidade dos produtores de soja.

Esse movimento de preços, durante um determinado e longo período, causaria a transferência de mais recursos para plantação de soja e menos recursos para a criação de bois. Depois de algum tempo, os preços voltariam ao normal e as rentabilidades dos dois setores voltariam a ser iguais, mas teríamos um maior número de produtores de soja e um menor número de criadores de bois.

O governo, então, resolve se infiltrar para “salvar” os pecuaristas e evitar a queda do preço do boi, concedendo um subsidio, fazendo com que muitos produtores que deixariam de produzir bois não o fazem e o lucro maior de plantar soja não levaria ao mesmo aumento da produção que ocorreria sem ceder os subsídios para os pecuaristas. No final, uma parte da sociedade, os vegetarianos, pagariam mais caro pela soja e ainda financiariam o socorro aos pecuaristas. A intervenção do governo alterou o modo de funcionamento do sistema de preços relativos e não permitiu a adaptação da oferta frente a mudanças da demanda.

Mas, segundo os autores, nem sempre uma intervenção do

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