SINOPSE DO CASE: A CRISE DA PETROBRÁS

SINOPESE DO CASE: A CRISE DA PETROBRÁS ¹

Syria Samantta de Jesus Passos da Silva Pinheiro ²

Jaqueline Pimentel Dias Carneiro ³

1 DESCRIÇÃO DO CASO

Em 03 de outubro de 1953, o então presidente da república Getúlio Vargas, sancionou a lei 2.004, onde a lei dizia que a empresa petroleira era propriedade de controle nacional, e a união teria ações majoritárias, encarregada de explorar de maneira monopolista, diretamente ou por de maneira subsidiária, em todas as etapas da indústria petrolífera, menos a distribuição.

Em 2014, vimos à imagem da Petrobrás, ser atingida de maneira ofensiva, devido aos escândalos que envolveram diretamente a Petrobras dentro do processo iniciado pela Operação Lava Jato, que teve sua fase ostensiva naquele ano, direcionada pela Polícia Federal do Brasil, esta operação cumpriu naquele ano cerca de cem mandados de busca e apreensão de prisões temporárias, preventivas e coercitivas, esta operação já se subdivide em 33 fases, e encontra-se em andamento em âmbito federal.

Dentre as prisões e delações premidas estão nomes como o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. As prisões buscavam apurar o sistema de lavagem de dinheiro que é suspeito de movimentar cerca de 10 bilhões de reais.

A operação lava jato recebeu esse nome, pois, o dinheiro desviado pelas empreiteiras e pelos participantes deste esquema lavava o dinheiro (propina) em lavanderias e postos de combustíveis.

Em janeiro de 2016 Rodrigo Janot afirmou que: “o desvio afirmou que o esquema de corrupção sustentado pelo PP na Petrobras desviou R$ 357,9 milhões dos cofres da estatal, entre 2006 e 2014 com 161 atos de corrupção em 34 contratos, 123 aditivos contratuais e quatro transações extrajudiciais”.

Esta operação envolveu ainda políticos, ministros, doleiros e partidos políticos de maneira direta como pudemos observar na afirmação de Rodrigo Janot.

Durante os desdobramentos da Operação Lava jato foi descoberto que as empreiteiras como Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa Óleo e Gás, participavam de uma espécie de cartel onde concorriam entre si, não aceitavam que novas empreiteiras pudessem participar das licitações, os membros da Petrobras que organizavam as licitações garantiam isso às empreiteiras que já estavam dentro do esquema. Assim, as empreiteiras decidiam qual e/ou quais obras iriam realizar, um jogo de cartas pré-definidas.

À grande verdade é que a Petrobras deveria repensar seu modelo de gestão uma vez que o Governo Federal por lei é o que possível poder de decisão. Os escândalos e envolvimentos de políticos só comprovam que melhor medida seria a mudança na cultura organizacional da empresa, além de utilização de novas técnicas de marketing como pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e marcas.

2 IDENTIFICAÇÃO E ANALISE DO CASO

a) Desvalorização das ações da Petrobrás;

b) Desfocalização do negócio central;

c) Empresa não tem poder de decisão sobre o governo que é seu investidor majoritário conforme fala a Lei;

d) Cultura arcaica, centralizadora e autoritária por parte do Governo Federal;

e) Ausência de marketing pesquisa e desenvolvimento de novas oportunidades.

2.1 DESCRIÇÕES DAS POSSÍVEIS DECISÕES

a) Focar no negócio principal;

b) Venda e/ou Lei que dê autonomia a BR Distribuidora para tomada de decisão;

c) Venda de ativos não rentáveis - Refinarias

2.2 ARGUMENTOS CAPAZES DE FUNDAMENTAR A DECISÃO.

a) Focar no negócio principal

A Petrobras atualmente trabalha em vários campos que vão da exploração de petróleo até o transporte e comercialização do produto final. Neste momento é necessário que a Petrobras faça menos, mas com uma qualidade melhor na prestação de seus serviços. É necessário que a Petrobrás, concentre-se no seu negócio principal que é a exploração em si do petróleo. No entanto esta deve se desfazer de alguns ativos que tem gerados passivos altíssimos, como a Gaspetro e Transpetro estão dentro destes ativos ainda mais de 7.000 postos de combustível, 53 navios, 22 usinas termelétricas e 14.000 quilômetros de tubos, sendo que boa parte destes ativos estão deficitários no processo de utilização por parte da Petrobras.

É certo afirmar que a Petrobras se tornaria assim menor, porém mais rentável e estaria longe de novos escândalos de corrupção. Quando a Petrobrás focou seu negocio para as refinarias ela deixou de executar para os acionistas e para seu investidor majoritário o que mais importava, a exploração do petróleo.

Segundo Felipe Coutinho presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, é necessário agregar valor ao petróleo cru, especialmente no atual cenário de elevação dos custos médios e mundiais da sua exploração e produção, com grande instabilidade dos preços, somadas à recessão econômica mundial, à instabilidade do sistema financeiro e às disputas monetárias entre potencias internacionais. Ou seja, faz-se necessário a valorização do produto bruto, uma vez que os custos para refinar o petróleo são elevadíssimos, e o principal papel desta organização é extrair e produzir petróleo.

Comparada a outras indústrias petrolíferas como a colombiana Ecopetrol e a americana Chevron, a Petrobras deixa a desejar, uma vez que estas petrolíferas dedicam seus investimentos respectivamente entre 80% e 90%, a Petrobras oscila entre 48% e 62%.

A Petrobras precisa simplificar seus negócios para que possa aumentar seus investimentos para exploração e assim conseguir crescer no mercado de ações e voltar a ser a Petrobras de antes.

Além disso, a BR Distribuidora, bem como a própria Petrobras devem ter capacidade assegurada em lei para tomada de decisões próprias por intermédio de seus presidentes e conselheiros respectivamente, a Petrobras possui uma cultura centralizadora e autoritária por parte do Governo Federal que é sócio majoritário e decide quais medidas devem ou não ser tomadas, assim sem autonomia para decisão o presidente e os conselheiros desta organização não