Sistema de Manejo de Bagagem do Aeroporto Internacional de Denver

REFERÊNCIA:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lynda M. APPLEGATE, Ramiro MONTEALEGRE, H. James NELSON, Carin Isabel KNOOP. BAE Automated System (A): – Sistema de Manejo de Bagagem do Aeroporto Internacional de Denver. Harvard Business School Rev. Novembro 06, 1996

Analisando o estudo de caso do aeroporto de Denver, percebemos que a falta de um gerenciamento de riscos e prazos de forma correta fez com que uma obra estimada em US$ 1,2 bilhão chegasse ao final com um custo próximo a US$ 5 bilhões e com um atraso de mais de um ano.

O projeto foi idealizado com o apoio da população através de um plebiscito, iriam ser feitos contratos com empresas locais fazendo com que o capital girasse na localidade, o aeroporto suportaria um maior número de passageiros e iria trazer maiores possibilidades de crescimento na região, porem apresentou diversos fatores que fizeram com o projeto se tornasse “ uma dor de cabeça” a todos como divergência na Gestão do Projeto, deficiência na elaboração e principalmente no controle do projeto,sobrecarga dos trabalhadores, greves, atrasos, dificuldades técnicas na conclusão e problemas políticos que fizeram os prazos e valores extrapolarem a ideia inicial.

Creio que um dos fatores que mais contribuíram para os problemas do projeto foi a não participação das empresas aéreas na construção inicial, isso acarretou em várias mudanças de escopo, pois as empresas seriam as maiores responsáveis pelo projeto e quando foram inseridas fizeram com que as negociações envolvidas fossem benéficas visando apenas o lado individual de cada.

Se o sistema de bagagens foi o maior “culpado” pelo atraso porem não foi o único, em determinados momentos do projeto podemos notar que o gerenciamento não era centralizado e por esse motivo não conseguiam encontrar um tomador de decisões, assim cada membro envolvido no assunto tomava decisão favoráveis a sua área impactando diretamente no custo e no prazo.

A equipe de gestão de projetos foi a responsável pela coordenação do cronograma, controle de custos, gestão da informação e administração dos contratos obrigatórios pelas leis locais, porem com a grandiosidade do projeto fez-se necessária a contratação demais empresas, essa descentralização da informação foi um dos fatores fundamentais que atrasaram as tomadas de decisões. Cada empresa contratada controlava paralelamente suas atividades e execuções da obra, porém não conseguia passar de maneira ordenada a Gerencia do Projeto as informações, as mudanças de escopo eram rotineiras e os conflitos entre estética e a funcionalidade do projeto eram constantes.

As mudanças de escopo geram um grande efeito no resultado final do projeto, impactando diretamente nos prazos e custos, quanto mais mudanças são realizadas mais a projeto pode ser considerada ineficiente.

O principal ponto para gerenciarmos os risco do projeto é avaliarmos as incertezas do futuro visando a melhor tomada de decisão possível, com isso temos melhores decisões, surpresas menores, planejamento e efetividade melhores, porem percebemos que a equipe de projetos do Aeroporto Internacional de Denver não conseguiu realizar uma gestão de riscos e prazos de maneira efetiva, pois o projeto original foi alterado diversas vezes e por diversos fatores, principalmente relacionados a divergências internas e ao péssimo planejamento individual