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RELATÓRIO ANALÍTICO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS- SOUZA CRUZ

A EMPRESA

        A Souza Cruz é uma produtora de cigarros brasileira líder nacional do segmento. O presente relatório visa analisar suas demonstrações contábeis consolidados relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e engloba a triênio 2012 – 2014.

ATIVO

        Houve um aumento significativo na conta caixa e equivalentes, da ordem de 40,37% de forma acumulada (2012 – 2014). Isto também se repete quando analisada a variação anual. Já as aplicações financeiras só se fizeram presentes a partir de 2014, no montante de R$1.145.000.000,00.

Também se verificou um incremento acumulado nas contas a receber (34,59%) e estoques (44,29%). A quantia referente a tributos a recuperar, por sua vez, minimizou-se em 25,56% cumulativamente. Por fim, o resultado positivo do caixa, bem como das contas a receber (34,59%) se comprova quando vista a evolução (mesmo que tímida) da receita com bens e serviços, a qual progrediu 2,17% no final doas anos em análise.

        A liquidez corrente positiva apresentou diminuição ao longo dos três anos (1,57 em 2012; 1,49 em 2013; 1,39 em 2014). Quando observada a liquidez geral, é visto desempenho similar, este sendo de 1,56 no primeiro ano e 1,5 no último. Isto indica que os ativos  da empresa( circulante e realizável a longo prazo) têm crescido de forma mais intensa que suas obrigações de longo e curto prazo.

        Quanto ao ativo não circulante, nota-se a redução no montante das contas Realizável a longo prazo (-57,83% acumulado) e Imobilizado (-5,58). Contudo, o Intangível cresceu 51,3% se considerados os três anos, realidade inconstante na passagem de um ano a outro. (31,04% em 2013; e 119,4% em 2014). Por sua vez, o grau de imobilização do PL pouco variou, com registros de 0,43(2012); 0,41(2013) e 0,39(2014).

        

PASSIVO

        O passivo circulante ascendeu 48,13% entre 2012 e 2014 , ao passo que sua respectiva participação proporcional nos passivos totais também cresceu de forma inegável, pois era de 41% em 2012 e foi a 55,87% em 2014. O ativo circulante acompanhou esta orientação, principiando com uma participação de 64% para chegar a 77,52%. Adicionalmente, o coeficiente de endividamento a curto prazo corrobora este novo posicionamento, uma vez que sofreu acréscimos no triênio (1,06; 1,35; 1,47).

        Destacam-se também, no passivo circulante, dois grupos de contas: Obrigações fiscais e empréstimos e financiamentos. O primeiro progrediu cumulativamente 45,77%, e junto com a diminuição dos tributos do ativo a recuperar, reflete de forma inconteste os relatos presentes no relatório administrativo, o qual denota um cenário de crescente regulação e aumento da carga tributária, principalmente sobre o segmento de tabaco.

        Nesta mesma perspectiva, o segundo variou 84,74% positivamente desde 2012 e representa as fontes de capitalização dos investimentos empresariais nos últimos 3 anos. Infere-se que o crescimento robusto do ativo intangível é um dos resultados da quantia investida ambas as contas citadas do passivo possuem a maior participação nos passivo.

        O Patrimônio líquido consolidado avançou consistentemente no período (6,33%) , desempenho guiado principalmente pela variação positiva das reservas de lucro(destacando-se a reserva de incentivos fiscais).No tocante à participação do capital de terceiros sobre este mesmo patrimônio, registra-se uma oscilação positiva desde 2012 (1,59; 1,62; 1,64). O endividamento a curto prazo prosseguiu no mesmo sentido, tendo crescido ainda mais intensamente (1,06 para 1,47). Tamanho incremento aponta que a participação do capital de terceiros a curto prazo sobre o capital próprio segue numa espiral crescente.