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Vida Escolar: Lembranças do Passado.

Por:   •  27/3/2017  •  Monografia  •  1.239 Palavras (5 Páginas)  •  229 Visualizações

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Vida Escolar: Lembranças do Passado.

A vida na escola sempre é um fator decisivo, ainda mais quando se é uma criança, pois estamos mais abertos a dar e receber estímulos. Desta forma, cada fase trata do que sentimos e vivemos a partir da nossa subjetividade, então somos marcados por influência do nosso meio.

Eu sempre fui muito ativo na escola e quando digo ativo, quero dizer “atentado” como comumente é chamado, por causa disse sempre fui muito criticado e suspenções e expulsões nunca faltaram, pois já fui expulso na época de meu ensino fundamental de três escolas deixando para traz muitas pessoas enraivecidas, pois eles só deixavam para fazer isso no fim do ano para garantir minha reprovação. Essa era a contrapartida dos professores, uma forma de me desmotivar ou até mesmo de “dar o troco”. Eu reprovava enquanto colegas e amigos passavam de ano e sempre taxado de “burro” pelos meus pais, de fato eu não ligava, sempre achei que tinha problemas mais difíceis em casa, meu pai por exemplo, sempre tratando mal agente. Minha história na escola, é como uma parcela de pessoas que tem dificuldades similares, não quero colocar em mérito ou deixar transparecer que sofri e nem me colocar de vítima, mais também não me martirizo.

Nunca fui para creche, sempre em casa, lembro-me que meus pais pagavam uma vizinha para me ensinar a ler e escrever, com muita dificuldade aprendi, e sempre levei a sério esses momentos, pois era um alivio para mim, era a oportunidade que eu tinha de brincar um pouco, pois era divertido, a forma que aprendi a ler e escrever foi muito boa, sempre com brincadeiras e joguinhos, adorava palavras cruzadas.

Na escola, nos anos iniciais, sempre fui muito brigão, as vezes ficava impossível o professor da aula, sempre arrumava confusão, lembro-me que professores faziam combinado entre os alunos para que quando eu começasse a conversar, ninguém me respondesse ou conversasse comigo, por algum tempo funcionou, mais quando começaram a dividir a sala por grupo homogêneo, desta forma os bagunceiros de um lado e os que eles julgavam inteligentes para o outro lado. Ficamos divididos assim por anos, comecei a me sentir um lixo e tudo só piorava, naquela época, foi o tempo mais difícil para mim, pois só foi decepções e rancores. Essa fase passou logo, depois veio a quinta série e algumas coisas começaram a mudar, acho que assumir para mim uma nova concepção do que queria, mais tudo muito incerto, pois meu comportamento não havia mudando, mais comecei a me interessar mais pelas aulas. Um dia na saída da escola, tinha alguém falando sobre uma folha e dizendo que ali tinha moléculas, átomos e que tudo ali na folha se mexia, isso me fascinou, descobri então a física, era um mundo em miniatura que acontecia em minha volta, me sentia provocado, pois era coisas que não via a olho nu. Nesse período tudo começou a me fascinar, desde a respiração a transpiração, mais também foi um período marcante, pois a quinta serie se revelava entre idas e vindas um momento ruim, mais um momento esclarecedor e de transformação e surgimento de algo novo, sendo que minhas concepções sobre as coisas até o momento eram abstratas, não que sentisse que faltasse algo, mais sentia que precisava ser acrescentado algo, matematicamente uma soma entre números, ideologicamente a práxis.

Como já dizia, a quinta série não foi um momento exatamente feliz, mais sim de questionamentos e isso cada dia me revoltava mais. Uma marca que costumava ter era de um momento especifico, um momento duro, por fim um momento de muita angustia, onde a diretora da escola disse que só entrava com meus pais, nesse período morava com meu pai e minha mãe não dava muita importância para mim, então na hora do canto do hino nacional tive que corre para casa para chamar meu pai para ir na escola comigo, assim dado o recato ele disse que não ia, que não criou filho para “ficar indo na escola ver bagunça de muleque” então como não podia entrar, fiquei atrás de um ônibus escolar que estava estacionado próximo a escola. Do nada sentir chicotas, bem forte e comecei a chorar, quando olho para traz é meu pai em um momento de fúria e irritação, brigamos e ele acabara me pegando pelo pescoço, naquele dia era aula de Educação Física e por coincidência do destino era minha primeira aula e para passar para a sala da diretora era preciso passar ao lado da quadra e assim foi feito. Me sentir um lixo, naquele dia perdi todo resto de esperança, quando vi meus colegas e amigos me olhando daquele jeito, foi como se o mundo estivesse acabando, palavras dramáticas não resumem o que sentir naquele momento. Quando chegamos na sala da diretora, meu pai me joga em um sofá que tinha dentro da sala, em seguida a polícia chega e a diretora que já estava branda se desmancha em lagrimas e pergunta “porque você não me disse que seu pai era assim” eu chorando apenas acenei um “não”.

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