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Ética nas Empresas

Por:   •  28/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.272 Palavras (6 Páginas)  •  228 Visualizações

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Matriz de atividade individual*

Módulo: 03

Atividade: Individual

Título: Ética nas Empresas

Aluno: Daniel Rodrigues

Disciplina: Adm. de Meio Ambiente

Turma:

Introdução  

Muitos autores definem economia simplesmente como a ciência da escassez, já que os recursos são finitos e as necessidades infinitas. Aliado a esse eterno paradigma temos o sistema capitalista agressivo que estabelecemos, a concorrência é global e a velocidade da transformação assustadora.

Diante desse cenário as organizações lançam mão de todas ferramentas possíveis para se perpetuarem no mercado através de uma razão de lucro mais eficiente possível. Exatamente neste ponto uma importante discussão vem à tona, o limite ético da atuação das organizações e principalmente sua correlação com o meio ambiente, sendo este obviamente o provedor de todos recursos (diretos ou indiretos) necessários para sua atuação.

Esta atividade tem justamente o objetivo de analisar de forma sucinta o lugar da ética nas empresas, especialmente quanto à questão ambiental.

Se é possível uma empresa ser ética

É evidente que qualquer organização causa uma significativa transformação no meio onde atua, notamos estes impactos em diversos campos, como o cultural, social e ambiental. Ainda mais em tempos de uma economia global, tais influências perdem os limites geográficos e alcançam enorme amplitude.

Consciente dessa responsabilidade socioambiental a empresa precisa então adicionar um novo eixo a suas estratégias de atuação levando em consideração sua postura ética perante a comunidade que está influencia e faz parte.

Segundo CAPUCHO (2006, p. 01):

A ética de uma corporação é a maneira de como ela deve proceder em sociedade, e o que a define ou a constrói é a soma das éticas pessoais que a compõem. Sendo assim, a ética corporativa é formada por indivíduos unidos por um fim comum de pensamentos e idéias, que possuem uma mesma concepção no modo de realizá-los, estando sujeitos a “regulamentos” que vão fornecer procedimentos adequados a serem seguidos.

Portanto sendo a ética uma organização a soma do comportamento ético de seus indivíduos, é lógico afirmar que é plenamente possível atuar eticamente, porém é importante observar que em sua citação Capucho também observa o papel dos regulamentos e procedimentos. Neste sentido é possível reconhecer a importância não apenas dos procedimentos internos da organização em prol de uma atuação ética, mas ainda o papel do estado morando e incentivando estas práticas.

Já no contexto ecológico LAYRARGUES (2000) nos lembra que o discurso empresarial “verde” proposto atualmente pode ainda não ser o ideal, porém já demonstra mudança em relação a modo de atuação poluidor. 

Se é desejável uma empresa ser ética

Quanto a reflexão de se é desejável que organização seja ética, ZOBOLI (1999, p. 14) oferece um bom ponto de referência:

A ética não é um valor acrescentado, mas intrínseco da atividade econômica e empresarial, pois esta atrai para si uma grande quantidade de fatores humanos e os seres humanos conferem ao que realizam, inevitavelmente, uma dimensão ética. A empresa, enquanto instituição capaz de tomar decisões e como conjunto de relações humanas com uma finalidade determinada, já tem desde seu início uma dimensão ética.

Sendo então a dimensão ética inerente a própria existência da empresa e ainda que a ética da organização seria o resultado de pensamento coletivo de seus colaboradores, podemos destacar a responsabilidade (principalmente) de seus administradores. Cabendo a estes a calibração e tradução das práticas desejáveis em procedimentos da empresa e até sua observação na construção dos pilares institucionais dado sua importância no norteamento das organizações.

Se faz importante também refletir que, muito embora algumas empresas possam escolher o caminho de maiores lucros em detrimento a uma atuação ética verdadeira, hoje é evidente que está pratica é insustentável ao longo do tempo.

‘Aquilo que a responsabilidade ambiental representa nas empresas

Sob qualquer ponto de vista não é possível dissociar a empresa de seu meio ambiente, dele são retirados todos os recursos necessários (direta ou indiretamente) para sua atuação e existência.

Segundo MASI (2014) “desenvolvimento sustentável seria a utilização dos recursos naturais em velocidade não maior que a capacidade da natureza de recuperá-los – entendido que só serão utilizados recursos renováveis.”

Sendo assim uma atuação ambiental irresponsável, seguramente, além de colocar em risco continuidade da organização, resultará ainda na extinção plena dos recursos causando prejuízos irreparáveis para a sociedade. Logo responsabilidade ambiental representa o balanceamento da equação entre a exploração dos recursos e a perpetuação da organização.

Os limites entre responsabilidade ambiental e marketing

Com a conscientização cada vez maior da população em torno da urgência de se repensar as relações de consumo e produção, passamos a notar o consumidor com agente poderoso desta relação, uma vez que este tem o poder de decidir que produto consumir.

LAYRARGUES (2000, p. 85) nos mostra essa tendência de comportamento:

Dizem até que, de agora em diante, o simples ato da compra determina uma atitude de predação ou preservação do ambiente, transferindo o ônus da responsabilidade ambiental à sociedade, não mais ao mercado ou Estado.

Atentas a este fato as empresas passaram a investir na divulgação de suas melhores práticas ambientais de diversas formas. É provável que a mais comum seja a rotulagem ambiental, que segundo MASI (2014) “consiste na atribuição de um selo ou rótulo a um produto ou serviço para comunicar informação acerca de seus aspectos ambientais, diferenciando-o de outros produtos.”

O eixo vital dessa questão se encontra no posicionamento das organizações diante dos consumidores, é fato que existe uma tendência de que empresas “verdes” tenham preferência na escolha dos clientes, mas também é certo que as ações sejam éticas e reais. Pois atualmente ainda notamos muitas empresas praticando o chamado Marketing de Perfumaria, divulgando ações superficiais (que não fazem parte do DNA da empresa) apenas para se diferenciar na prateleira do supermercado.

Conclusão

Diante de tudo que foi analisado é possível concluir primeiramente que a própria definição de ética constitui uma árdua missão, sendo este um conceito relativamente novo, complexo e fortemente filosófico. Cenário ainda mais abstrato temos ao entender de que a atuação ética de uma organização nada mais é do que o resultado da soma de todas as atitudes de seus colaboradores neste sentido.

Também podemos notar que atualmente muitas ações verdes ainda não são éticas pois de alguma forma tem unicamente a intenção de fazer o consumidor acreditar que a empresa se preocupa com o meio ambiente, mas na verdade seu real objetivo é se destacar dos demais.

Contudo, analisando a evolução do papel do novo consumidor, muito mais informado e conectado com outros através da tecnologia, é possível prever que em um futuro próximo as empresas que atuem apenas com Marketing de Perfumaria atinjam o objetivo contrário, sendo rechaçadas pelos consumidores.

O conflito ético vivido no ambiente organizacional pode ser notado através de um exemplo pessoal, atuo em uma empresa que está criando um serviço de agenciamento de viagens específicos para cadeirantes, o interesse financeiro é nítido por parte da alta direção, porém os demais envolvidos no projeto estão engajados em atender oferecer um serviço socialmente útil e claro, financeiramente eficiente.

Especificamente sobre a questão ambiental fica cada vez mais claro que a atuação ética e responsável é conditio sine qua non para o futuro de todo planeta.

Referências bibliográficas

CAPUCHO, Julianne O. LEAL, Manoel Flávio. Ética pessoal e ética corporativa: limites e desafios. Disponível em: . Acesso em: 29 mar. 2015.

FGV Online. A IMPORTÂNCIA das questões éticas e seu potencial transformador. FGV Online, 2015.

FGV Online. Área de estudos. Disponível em: . Acesso em: 29 mar. 2015.

LAYRARGUES, Philippe Pomier. SISTEMAS DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL, TECNOLOGIA LIMPA E CONSUMIDOR VERDE: a delicada relação empresa–meio ambiente no ecocapitalismo. RAE v. 40, n. 2.  Abr./Jun. 2000.

MASI, Mônica Di. Administração de Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2014. 95p.

ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. A ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES. Ethos, ano 02, n. 04, p. 14, março de 2001.

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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