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A Cartilha de Infiltração

Por:   •  28/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  317 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ – UNIC

FAU – FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

ARQUITETURA E URBANISMO

FICHAMENTO DA CARTILHA DE INFILTRAÇÃO

LANA SOFIA POLETTO ORLANDO

CUIABÁ – MT

2016

Em países de clima tropical a gestão socioambiental assume um papel de grande importância. No Brasil por exemplo, enquanto em algumas regiões ocorrem alagamentos, inundações e rupturas de encostas naturais em consequência das chuvas intensas, em outras, secam nascentes e ocorre a falta de água. Grande parte desses problemas não somente são ocasionados pelas mudanças climáticas, como também pela falta de gestão socioambiental. Logo o uso e a infiltração da água da chuva passam a ser de grande importância e são capazes, se não de sanar por completo tais problemas, pelo menos de aliviá-los.

Esta cartilha objetiva informar, orientar e contribuir para a educação ambiental da sociedade. Para que a gestão socioambiental seja eficiente, é necessário que ela se volte para o desenvolvimento sustentável e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, principalmente daquelas que se encontram em situação de maior vulnerabilidade às catástrofes naturais decorrentes dos desequilíbrios ambientais gerados pela ação humana.

Dois terços da superfície terrestre são cobertos por água, porém menos de 1% é própria para uso humano. Com isso, torna-se cada vez mais precioso o armazenamento e o reuso da água.

Como forma preventiva, é necessário a preservação dos mananciais, o aproveitamento das águas da chuva e o reuso das águas servidas. Para a preservação dos mananciais, é fundamental a proteção das matas ciliares e a garantia de boa parcela de infiltração, possibilitando a recarga dos aquíferos que os alimenta.

O ciclo hidrológico é composto por seis etapas: precipitação, infiltração, escoamento, evaporação, condensação e transpiração. Exemplo: Quando a água da chuva atinge a superfície terrestre, parte dessa água é infiltrada, parte escorre sobre a superfície para áreas mais baixas e, ainda, pode acumular-se em rios, lagos ou oceanos e evaporar-se. As raízes das plantas absorvem parte da água infiltrada no solo e a devolvem à atmosfera por meio da transpiração. Após a evaporação e a transpiração, processo chamado evapotranspiração, as gotículas de água se condensam e formam as nuvens. Quando essas microgotículas se unem e se tornam maiores e mais pesadas, caem em forma de chuva, neve ou gelo, reiniciando o ciclo hidrológico.

A água infiltrada no solo chama-se água subterrânea e pode ser encontrada relativamente livre ou aderida à superfície dos minerais. A água que não se infiltra nem evapora escoa superficialmente, causando o aparecimento de erosões, alagamentos e inundações ou sobrecarregando o sistema de drenagem de águas pluviais.

Além do processo acelerado de expansão urbana não proporcionar moradia digna, agride o meio ambiente, o que contraria também o direito à sadia qualidade de vida. No Brasil, na maioria das vezes, a responsável pela expansão das cidades em áreas ambientalmente frágeis é a falta do planejamento urbano.  A expansão urbana desordenada ou mal planejada tem por consequências danos ambientais como: desmatamento, erosão, assoreamento de rios e reservatórios, acúmulo de resíduos sólidos em áreas inapropriadas, contaminação do lençol freático e impermeabilização excessiva do solo que dificulta a infiltração da água e agrava os problemas de alagamentos, inundações, enchentes e erosões.

As medidas de controle que visam minimizar os danos causados por problemas socioambientais podem ser estruturais e não estruturais. As ações estruturais devem ter início no próprio planejamento da ocupação e uso do solo para que tenham menor custo econômico. As ações não estruturais atuam e ampliam seu efeito ao longo do tempo, além de serem menos onerosas e contribuírem para a redução dos custos das ações estruturais. Tanto as ações estruturais como as não estruturais apresentam custo direto, custo mensurável, que contribui para a redução do custo indireto, o passivo ambiental.

Em caráter formal, a educação ambiental situa-se em todos os níveis do ensino no âmbito dos currículos das instituições públicas e privadas. Já em caráter informal, envolve as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade, formando e informando a população sobre as questões ambientais.

Com a construção de novas casas e edifícios, passa-se a ter uma menor área de infiltração devido à impermeabilização causada pela área construída. A taxa máxima de ocupação e a taxa mínima de área verde garantem que parte do terreno seja ajardinada ou arborizada, permitindo, assim, a preservação da infiltrabilidade do solo e impedindo que seja gerado um volume excessivo de fluxo superficial ou de lançamentos em sistemas de drenagem de águas pluviais.

Os sistemas de controle de águas da chuva são considerados ações estruturais que objetivam evitar problemas como alagamentos, inundações, enchentes e erosões. Esses sistemas podem ser dispositivos de Drenagem Urbana ou de Armazenamento, dos tipos Convencional ou Não Convencional. Os sistemas convencionais geralmente têm como objetivo apenas conduzir as águas de escoamento superficial para fora das cidades, lançando-as em cursos d’água e reservatórios. Os sistemas Não Convencionais também podem funcionar como dispositivos de retenção e armazenamento, visando tanto ao controle de vazão quanto ao uso da água armazenada.

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