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A EDUCAÇÃO DO JUÍZO DE GOSTO E A FORMAÇÃO DO ARQUITETO

Por:   •  6/9/2021  •  Resenha  •  990 Palavras (4 Páginas)  •  394 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Estética e História da Arte

FICHAMENTO

TEXTO 2

GOROVITZ, Matheus. Da educação do juízo de gosto e a formação do arquiteto. 1998.

  1. CITAÇÕES:

p. 1 §1

Arbitrar sobre o belo identificando as condições que o qualificam (seja propondo ou reconhecendo o belo na obra de arte) requer, na prática didática, educar o juízo de gosto.

p. 1 §2

[...] O objeto não é aferido pelo valor prático-utilitário a capacidade de satisfazer uma necessidade particular predeterminada, nem se alicerça em valores estabelecidos a priori, conceituais, éticos, ou os que, sedimentados pela tradição, passam a ser consensuais. [...]

p. 2 §1

O juízo de gosto é uma práxis – ação autônoma – engendrada exclusivamente pela interação das capacitações racionais, intelectivas, volitivas e sensíveis do ser humano; interação objetivada pela obra de arte, cuja leitura, ao demandar a interação das dimensões subjetivas e objetivas e exercitar tais prerrogativas, faculta ao indivíduo exercer sua totalidade – a totalidade das capacitações individuais.

p. 2 §2

A totalidade subentende o conjunto de necessidades e possibilidades humanas exercidas de modo integrado, quando o lado sensível e o racional da consciência não comparecem fragmentados o sujeito é autoconsciente, seja na plenitude ou na adversidade da condição existencial.

p. 2 §4

A mediação entre o universo subjetivo e o objetivo se faz pelo conceito de belo ; ao afirmar, mediante o juízo de gosto que algo é belo, quero que meu sentimento (particular e subjetivo) possa ser compartilhado coletivamente; por isto, associo um conceito (objetivo e universal) à singularidade subjetiva. Atribuo um valor universal a um sentimento afetivo particular. No conceito de belo, é sublinhada a consciência do ser como ser social, pois ao valer-se de um conceito (universal) que se manifesta como fenômeno, pode, então, se comunicar.

p. 3 §1

A idéia de ser “autônomo” é homóloga à de “belo” como expressão autônoma: “Proporção que uma parte mantém com outras partes e com o todo” (Tatarkiewicz, 1995, 122).

p. 3 §3

[...] Compete ao artista, valendo-se da obra de arte como fator promotor da autoconsciência e autodeterminação (consciência de si), da consciência da cidadania (consciência dos outros), contribuir para a construção da cidade democrática.

p. 4 §3

A questão pode ser equacionada ao se considerar as duas principais vertentes que se confrontam em busca de uma definição de obra de arte: a que se distingue por considerar os fatores que qualificam o belo como intrínsecos, inerentes ao objeto (à obra de arte), ou extrínsecos, inerentes às condições de percepção do sujeito.

p. 4 §4

Na primeira os atributos do belo serão identificados nas peculiaridades internas à obra; na segunda, o belo é tributário de fatores extraartísticos, de dois modos: na esteira da tradição platônica, como essência ideal: um belo-em-si, independente das obras individuais, comparecendo como termo de referência e padrão universal[...]

p. 5 §3

[...] Tal confronto, monitorado por um roteiro de apreciação e descrição de obras de arte, visa engendrar uma consciência ampliada: 1º) enquanto obra em si: consciência da existência física da obra (passível de ser mensurada com precisão objetiva); 2º) enquanto imagem criada pelo sujeito: consciência de si, das faculdades e prerrogativas racionais, sensíveis, volitivas e intelectivas, despertadas pela obra no sujeito (incomensuráveis); 3º) enquanto modalidade de linguagem: consciência de si como ser social, consciência engendrada pela existência de um meio de comunicar-se. [...]

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