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A EDUCAÇÃO FILOSÓFICA E A FELICIDADE NA CONCEPÇÃO DE EPICURO E ARISTÓTELES

Por:   •  4/11/2020  •  Ensaio  •  7.740 Palavras (31 Páginas)  •  164 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA - EAD

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Trabalho de Conclusão de Curso

A educação filosófica e a felicidade na concepção de Epicuro e Aristóteles.

Maria Marta da Silva Lima de Melo

Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Filosofia, da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado (a) em Filosofia, sob a orientação do Prof. Cristiann Wissmann Matos.

Cachoeira do Sul, 2018.

RESUMO: o artigo objetiva, estudar a filosofia a partir do pensamento de Epicuro e Aristóteles sobre o conceito de felicidade para que os alunos do EJA (Ensino Para Jovens e Adultos) estimulando eles a analisarem e exercitarem seu senso critico. Levando aos alunos o pensamento desses filósofos, embasando o significado da felicidade, utilizando Ética à Nicômaco, para vincular a felicidade humana como seu fim último. Por outro lado, Epicuro será utilizado para problematizar a natureza da felicidade como a ausência de dor. Com essa abordagem, o intuito é de incluir na prática docente uma intencionalidade mais próxima ao contexto do estudante de um modo que o desenvolvimento da filosofia no ensino médio torne-se atrativo para eles sem perder o critério. A questão geradora da transmissão do conhecimento é uma atividade importante e marcante. O mundo muda rápido e todo professor deve seguir essa mudança para não correr o risco, que o aluno não entenda o que foi passado, a escola é uma roda de engrenagem grande da sociedade onde os professores e alunos fazem parte desse grupo. Para que isto acontece o professor deve estar preparado para sanar das dúvidas dos seus alunos, mesmo não tenho identificação para a filosofia, devemos insistir fazendo com que eles se aproximem dela com curiosidade para mais tarde reconhecer ela, como indispensável para seu crescimento moral e intelectual, com isto seguindo em busca da sua felicidade (eudaimonia).

Palavras-chave: Educação;Epicuro;Felicidade;Aristóteles

INTRODUÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso pretende abordar minha vivência e experiências desde a primeira etapa até último semestre do curso. Ao longo desse trabalho pretendo discorrer sobre o sentido da Filosofia, abordando o conceito de eudaimonia da filosofia grega antiga. Especificamente, a intenção é traçar uma relação deste conceito com as vivências que tive ao longo dos estágios. Para contemplar isso, utilizar tanto Aristóteles quanto Epicuro para auxiliar a desenvolver a seguinte questão geradora: Como o conceito de felicidade pode fornecer suporte para uma prática docente mais significativa para a disciplina de filosofia. Entendo que a felicidade é a base da formação dos alunos, mesmo com grande dificuldade em aceitarem e entenderem a filosofia, pretendo debater com eles a felicidade e o prazer de receber e trocar conhecimentos, com o professor e entre os colegas de sala. Acredito que com uma metodologia instigante e bem elaborada nos temas filosóficos que devo trabalhar irá aguçar a curiosidade e interesse, fazendo com que eles se dobrem e valorizem, a filosofia como única e necessária para sua formação.

Espero relatar nesse trabalho de modo compreensível, todas as experiências, situações e aprendizagens que foram vivenciadas durante os quatro anos de curso de Licenciatura em Filosofia, com conteúdo preparado e fundamentado para venha contribuir para o debate construtivo juntamente com os professores da Universidade Federal de Pelotas.

Encontrei a turma de alunos do ensino para jovens, bem encaminhada com o ensino de filosofia, pois tinham como professor titular um colega, já finalizando a licenciatura, mas já formado em sociologia. Os alunos eram estimulados e chamados para o debate, isto na regência de classe. Já encontrei os alunos muito diferentes do momento onde fiz as observações em sala de aula, onde  eles estavam não interessados pela disciplina devido quem sabe, a disciplina ser ministrada por uma professora com formação em letras, mas comprometida e preocupada por não ter conhecimento específico em filosofia. Penso que era por isso que os conteúdos programados por ela não eram excêntricos, para serem abordados como temas filosóficos. Esta professora me pediu ajuda na formação de planos de aula que se direcionasse para o mundo filosófico, assim o fiz, aproveitei trabalhos pedidos pelos professores e fiz uma lista de temas, esses foram

aproveitados com os alunos, atualmente eles tem um professor com formação em filosofia.

Propiciei aos alunos temas que os sensibilizassem, problematizassem e automaticamente os conduzissem ao debate. Também elaborei exercícios de reforço e reflexão, com o objetivo de instiga-los sobre o conteúdo abordado, bem como  para servir de reforço das aulas. Embora encarando uma grande rejeição por parte dos alunos, devido a falta de costume com este tipo trabalho, que geralmente são solicitado pelo professor como forma de avaliação, mantive o plano que foi elaborado para a aula. Conclui assim, pois a cada nova atividade proposta ouvia reclamações, como: e pra fazer mesmo, vale nota? Senti que eles estavam ali em uma noite fria, tão somente para conseguirem o histórico escolar de conclusão do ensino médio, para que pudessem conseguir um emprego melhor. Nas conversas que tivemos em momentos descontraídos, comentei a importância de ser uma formação superior e que o término dessa etapa, é o início de outra bem mais propícia ao desenvolvimento da eudaimonia. Mesmo com argumentos de que não gostavam de escrever, consegui fazer com que eles iniciassem texto de vinte linhas que foram trocados entre si, para poderem evidenciar a escrita do colega, com isto estimulando-os para que prosseguissem a atividade avaliativa proposta.

A questão geradora da transmissão do conhecimento é uma atividade importante para vida dos jovens que estão iniciando a formação de sua personalidade. Este conhecimento adquirido pertence à eles, que não só pode como deve ser estendido a outras pessoas, sob forma de incentivo, para formação moral e cultural que os leve a um patamar de vida sonhada e idealizada por eles, isso depende de cada um e do comprometimento determinação de seguir adiante e avante.

É um desafio cada vez maior ser professor, pois a didática tradicional, onde o professor é quem detém o conhecimento e o aluno é um mero telespectador, ainda é aceitável para os pais, porém os alunos querem muito  mais,  querem que cada vez o professor faça tarefas diferentes, pois gostam de desafios. O professor tem que ser virtuoso, que não se contente, pois dar aula hoje é infinitamente mais difícil do que a trinta ou quarenta anos atrás, pois o professor era respeitado e os alunos eram mais atuantes e respeitadores. Acredito que o professor virtuoso seja aquele que vai à busca de novas metodologias de dar aula, com qualidades capazes de ensinar, aprender, com felicidade de ensinar, que seja firme, que transmita

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