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A MULTIPLICAÇÃO DE SI MESMO

Por:   •  29/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.189 Palavras (13 Páginas)  •  281 Visualizações

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MULTIPLICAÇÃO DE SI MESMO- INSTITUTO FEDERAL CAMPUS SANTA LUZIA -MG

NETO, Thayslane Veríssima

Design de Interiores

História da Arte/ Metodologia do Trabalho Cientifico

Resumo

O objetivo deste estudo é contemplar a figura do homem, através de um meio de crítica feroz à cultura da imagem, à sociedade contemporânea em busca de trazer à tona as maneiras de reunir todas as partes do homem atual, descrever sobre o esvaziamento de si mesmo em prol de um autorretrato daquilo que não existe na vida real. Passamos a obstruir nossas imagens através de fotos e tentando se encaixar ao padrão da camuflagem. Nesta pesquisa pretende-se, como objetivo geral: Investigar como a multiplicação de si nos dias atuais utilizam materialidades persuasivas e nostálgicas na promoção de pessoas. A pesquisa contou com leituras como o Zygmunt Bauman ,“Modernidade Liquida”- Rio de Janeiro: Zahar,2001. Guy Debord, em “A Sociedade do Espetáculo”. Rio de Janeiro: ContraPonto Editora. 1997. BERMAN, Marshall. Tudo que e solido desmancha no ar: a aventura da modernidade. SP: Companhia das letras, 1997. o artigo foi dividido em partes que analisam algumas estratégias utilizadas pelos artistas contemporâneos, a fim de levantar questões pertinentes acerca do autorretrato fotográfico, como por exemplo, a encenação, despersonificação e o desaparecimento do Eu. Após a análise interpretativa dos livros e métodos tecnológicos enriquecido de contos mitológicos e obras como de Willian Shakespeare; alguns resultados podem ser elencados: i)

Palavras-chave: Selfie; Espetáculo; Líquido; Vazio.

Introdução

  A ponderação aqui relatada decorre de uma análise da visão de muitos acontecimentos históricos que se repetem ao passar das décadas de maneiras distintas e apesar disso com o mesmo desígnio. A Personalidade humana é determinada não apenas de experiências, infantis, mas também pelas experiências da vida adulta até a velhice; Toda organizada em constantes processos de desenvolvimento, que trabalhamos, dormimos pouco, avaliamos nossos dias em números, reportamos nossos problemas, administramos empresas que muitas vezes esquecemos que costumava a ser nossas ações, no entanto, criamos máquinas humanas sem válvulas de escape. Uma sociedade volúvel da informação que reinicia suas manhãs em transições diárias que afetam os mais variados aspectos de nós mesmos.

   Neste mesmo método e linha de raciocínio a pesquisa aplica as muitas versões que Andy Warhol descreve a atriz Marylin Monroe(1926-1962) ou menos conhecida como Norma Jean Montenson era “uma atriz popular, mas também era conhecida por seus looks impressionantes, e estilo, como símbolo sexual e sua mente”, propõe também as imagens escolhidas como uma visão superficial do que a atriz realmente carregava dentro do seu interior, mostrar a crueldade da maneira em que Andy Warhol (1928-1987) esvazia por completo a Norma Jean e ilustra totalmente a estrela; nessa analise aplica-se também nos dias atuais em forma de selfies, as pessoas tiram suas fotos, com seus sorrisos e suas mascaras mostrando uma imagem vazia da figura de si mesmo.

As serigrafias de cores berrantes de estrelas americanas como Marilyn Monroe (1926-1962), tornaram-se ícones da segunda metade do século XX e, mesmo mais de quarenta anos depois, ainda povoam o fantasioso coletivo. A figura de Andy Warhol (1928-1987) no Pop Art, autor dessas obras e um dos principais rostos da Arte Pop – que, mais que um movimento artístico, encarna toda uma revolução cultural e social - personifica uma conexão entre a arte e a vida cotidiana, entre a arte e a sociedade midiatizada. “Arte empresarial é o passo que vem depois da Arte” (WARHOL, 2008, p. 108). Com total pensamento voltado a forma conjunta da grande estrela de Marylin foi, toda este ressalto fez que o artista do movimento esvazia-se por completo no âmbito da pesquisa, o conceito de uma Marylin totalmente comerciável, atributo de consumo e o autor evidencia incidência social da sua obra.

Ironicamente, a Pop Art surgiu da década de 1960 como crítica ao consumo, em especial na cultura capitalista estadunidense. Em nossos dias, a Pop Art é largamente utilizada pela publicidade em uma dinâmica contrária a esse surgimento, pois a publicidade, inserida obviamente em uma lógica capitalista. Apesar disso temos a figura da Marylin totalmente desaguada mostrando um ícone de beleza feminina, mas nada da realidade que ela realmente viveu, e o degradante certamente é que a celebridade morreu aos 36 anos sem saber devidamente separar seu mundo artístico do meio pessoal. Norma Jean morreu antes mesmo que a própria Marylin fosse enterrada o que ironiza e aborda a dimensão semântica de um sentido amplo.

Figura 1- Quadro Marilyn Monroe, de Andy Warhol[pic 1]

Fonte: Disponivel em:

84563 2234300/?lp=true> acesso dia 15 de Julho de 2017.

“Nunca a tirania das imagens e a submissão alienante ao império da mídia foram tão fortes como agora. Nunca os profissionais do espetáculo tiveram tanto poder: invadiram todas as fronteiras e conquistaram todos os domínios – da arte à economia, da vida cotidiana à política -, passando a organizar de forma consciente e sistemática o império da passividade moderna.”
– (
Guy Debord, em “A Sociedade do Espetáculo”. Rio de Janeiro: ContraPonto Editora, 1997, p.7)

Espelhos Infinitos

O mundo sempre foi repleto de novidades. Se pensarmos nas grandes invenções e descobertas do ser humano, este agindo em relação à natureza, poderia fazer uma lista infindável, desde o fogo e a escrita, passando até mesmo pela câmera fotográfica Embora a primeira fotografia que se tem notícia, “data de 1826, com o francês Joseph Nicéphore Niépce, que usou uma placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível”.

A câmera sempre teve um único objetivo gravar momentos, salvar recordações de lembranças totalmente coerente com as pinturas que tinha o objetivo de registrar momentos; e nos dias atuais é muito pouca utilizada devido aos smartphones espalhados pelo mundo todo. As câmeras conecta nosso interior com o nosso interior de maneiras impressionantes principalmente por ser precursor de tanta alegria para diversos rostos pelo mundo, mas além de demarcar uma história, câmeras são justamente o meio mais utilizado para o esvaziamento de si mesmo de muitos em redes sociais.

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