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ANÁLISE PÓS OCUPAÇÃO DO RESIDENCIAL

Por:   •  12/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.955 Palavras (12 Páginas)  •  190 Visualizações

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  1. ANÁLISE PÓS OCUPAÇÃO DO RESIDENCIAL BARÃO DA LAGOA DOURADA

Ana Paula Souza Moreira

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo/ISECENSA/RJ

anamoreira.arqui@gmail.com

Ronaldo de Sousa Araújo

Doutor em Gestão e Valoração Urbana/Laboratório de Estudos Urbanos e Ambientais – LEUA / ISECENSA/RJ

r.saraujo@hotmail.com

RESUMO

Este artigo consiste em uma Avaliação Pós Ocupação (APO) do Residencial Barão da Lagoa Dourada localizado no bairro da Pelinca em Campos dos Goytacazes/RJ. O objetivo da pesquisa de campo foi avaliar o quanto a edificação colaborou para que a área onde se encontra seja hoje obtivesse o desenvolvimento que possui, analisando a morfologia da edificação e se ela proporciona o conforto necessário aos usuários. Foi analizado por meio de revisão bibliográfica, pesquisa de campo com os moradores do residencial e adjacências, a satisfação do usuário nos seguintes tópicos: localização, temperatura no inverno e verão, isolamento acustico, iluminação, convívio, serviços da região, trânsito, privacidade e importância da edificação para o adensamento populacional do bairro onde esta localizado. Esta obra foi escolhida pelo fato de ter sido construída em um local que hoje apresenta um adensamento populacional muito grande e por ter sido construída na época que se deu o início da verticalização de Campos. Com a pesquisa pudemos observar que a morfologia atende os usuários e as grandes observações foram devido a propagação de ruído,podendo ser resolvidos de forma fácil.

Palavras-chave: Pós Ocupação; Pelinca; Verticalização em Campos; Conforto ambiental.

ABSTRACT

This article consists in a Post Occupancy Evaluation (APO) of Barão da Lagoa Dourada residential district of Pelinca neighborhood in Campos dos Goytacazes/RJ. The goal of the field research was to evaluate how the building contributed to the area where it is today to get the development that has, by analyzing the morphology of the building and if it provides the necessary comfort to users. Was analyzed through literature review, field research with the residents of the residential neighbourhoods, user satisfaction in the following topics: location, temperature in winter and summer, proofed, lighting, conviviality, services of region, traffic, privacy and importance of the building for the population density of the neighborhood where it is located. This work was chosen by the fact that it was built on a site which today presents a very large population and density have been built at the time that the start of the verticalization of Campos.With the research we have seen that the morphology meets the users and the major observations were due to noise propagation, and can be solved easily.

Keywords: Post Occupation; Pelinca; Verticalization in Campos; Environmental comfort.

1. INTRODUÇÃO

Esta avaliação pós ocupação tem como objeto de pesquisa o Residencial Barão da Lagoa Dourada, localizado no bairro Pelinca em Campos dos Goytacazes/ RJ, para avaliar como a verticalização da área citada teve influência no aumento de serviços na região e como a edificação, sendo uma das primeiras a serem implantadas no local, serviu de incentivo para que novas fossem erguidas.

Foi realizada uma pesquisa dentro da Secretaria de Obras da cidade, possuidora das plantas da edificação, para obtenção de mais informações sobre a época em que a obra foi iniciada e se foi um dos primeiros edificios da região, e um questionário com perguntas foi  feito aos moradores e usuários dos serviços da região.

O bairro Pelinca se tornou ao longo dos anos uma nova centralidade. Quando as novas edificações começaram a ser instaladas e houve um aumento na oferta de serviços, a área se tornou um centro de comércio importante para a região. Segundo Motta (2008), pelo fato das cidades médias possuírem grandes ofertas de serviços qualificados e bem-estar, elas conseguem atender as expectativas dos cidadãos que ali residem. Nogueira (2010) diz que o desenvolvimento da cidade se deu de forma espaçada, do centro para as áreas mais afastadas e que, devido a este fato, muitos vazios urbanos foram sendo criados.

Nogueira (2010) afirma que, como muitas outras cidades, Campos dos Goytacazes foi se desenvolvendo de forma que o centro abrigava as pessoas de classe mais alta e as periferias as de menor poder aquisitivo. A área da Pelinca teve o seu processo de verticalização devido à proximidade física com o centro histórico. Para Andrade e Serra (1998), uma das consequências da concentração das cidades médias é a mobilidade interurbana, já que esta se dá devido ao aumento da densidade populacional, a população se vê obrigada a se mudar para regiões próximas as áreas centrais.

O centro da cidade ainda abriga um polo de comércio muito importante, mas este é mais voltado para classe C, provavelmente devido à proximidade com os terminais rodoviários. Segundo Monteiro e Leite (2013), os serviços que antes se concentravam na parte histórica da cidade têm a tendência de seguir os consumidores com alto poder aquisitivo para as novas áreas de residências, diferente das classes de menor poder aquisitivo que continuam a procurar este tipo de serviços no centro histórico. A descentralização comercial tem como fatores importantes o desenvolvimento de transportes mais eficientes como carros, ônibus, leis de ocupação e uso do solo, terras a preços menores em áreas afastadas, qualidades atrativas como tipografia e drenagem e infraestrutura já implantada (Correa, 2000, apud Monteiro; Leite, 2013). De acordo com Souza e Batista (2014), a região da Pelinca começou a ser apresentada pelas propagandas como a área mais privilegiada da Cidade, principalmente devido a migração de atividades comerciais e de serviços que seguiram a classe dominante que havia se afastado do centro histórico.

Segundo Faria (2005, apud Souza; Batista, 2014), a migração das classes de maior poder aquisitivo para a Pelinca se deu também devido a sua topografia, já que a cidade sofria constantemente com as enchentes do Rio Paraíba. E também devido a investimentos em equipamentos urbanos como a Praça do Liceu e o Fórum. Souza e Batista afirmam que a verticalização no local nos anos 1980 se deu uma vez que o território já não suportava mais e a classe dominante não queria se afastar de toda a infraestrutura que o local proporcionava.

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