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AS TRANSFORMAÇÕES URBANÍSTICAS DE PARIS NO SÉCULO XIX

Por:   •  1/12/2020  •  Relatório de pesquisa  •  1.696 Palavras (7 Páginas)  •  411 Visualizações

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AS TRANSFORMAÇÕES URBANÍSTICAS DE PARIS NO SÉCULO XIX

Este artigo apresenta as transformações urbanas e arquitetônicas vivenciadas por Paris, sob o comando de Napoleão e o barão Haussmann.

Instalam-se nas ilhas na região de Paris, a população celta, sendo os iniciantes da futura geração urbana, no século III a.C.

O crescimento da cidade tem seu ponto inicial da época romana até o século XIII, a partir de então sua população cresce de forma considerável, se destacando e sendo a área urbana mais povoada da Europa.

Ao longo dos séculos o tecido da cidade se expandiu de forma espontânea, sem planejamento diretivo, como também a crescente atividades no centro. Com isso em meados do século XVIII, ocorre problemas de saturação, que se agravam na metade do século XIX, ocasionando também uma crise na forma de organização e crescimento do espaço herdado da época medieval que foi em seu inicio.

Na Inglaterra após o Processo desencadeado pela Revolução Industrial, surge novas cidades e as grandes cidades existentes cresce cada vez mais o numero da população, no qual começa a ampliar numerosos problemas nas cidades, sem que haja um planejamento básico tanto do tecido urbano como a infraestrutura, sanitária e pluvial; na qual seria capaz de evitar a profusão de doenças.
Nos tempos da modernidade industrial proliferam miseráveis habitações e cortiços, na qual a classe baixa é que a maioria da cidade dependia dos investidores para um espaço, uma área para morar, sendo esses locais com insalubridade e péssimas condições.

A partir do século XIX, amplificam as denuncias dessa situação, na qual todos compreendem a necessidade de encontrar uma solução para os problemas da cidade, no qual se deve a promulgação de legislação sanitária e urbanística.
As soluções são de duas ordens, em que de um lado nega a cidade existente, criando um novo espaço urbano com um planejamento, por outro lado estão propostas como a correção no corpo da cidade existente ou mesmo uma remodelação urbana.

É visto um crescimento acelerado da população de Paris no século XIX, devido a ampliação dos limites da cidade e a migração da população rural. A França rural, sente a necessidade da Revolução Industrial, se encontrando estagnada economicamente, diferente da cidade de Paris, na qual a população da capital triplica seu numero de cidadãos entre 1801 e 1870. Com aumento da população, há o aumento da população trabalhadora e operária, na qual Paris se encontra sendo o maior centro industrial da época, com repercussões drásticas na qualidade da cidade.

A ausência de uma infraestrutura mínima, faz com que a epidemia não atinja apenas a classe mais baixa, mas também a classe média e a elite. Com o aumento da população e circulação de pessoas e mercadorias, ocorre em vários problemas de transito e congestionamento; os terrenos nas partes centrais se encontram extremamente caros por conta da densidade do núcleo central que se acentua rapidamente ocasionando a saturação.

Ao Segundo Império várias transformações contribuíram para a fisionomia da capital, creditadas ao século XVIII, em que foram a conformação das praças, a ampliação de ruas, a demolição de casas antigas, a construção de edificações públicas, construções de hôtels e construções particulares.


No século XIX, os três administradores Nicolas-Therese-Benoit Frochot, Chabrol e Rambuteau, implantaram modificações que deixaram suas marcas sobre a capital, como a construção de monumentos e prédios de uso público, obras viárias, como o alargamento e abertura de novas ruas, além de calçadas para os pedestres.

Obras importantes para as condições de vivencia da cidade foram realizadas por Napoleão I, nas quais são a criação de um batalhão de bombeiros, a abertura de três cemitérios, a construção da primeira rede subterrânea de esgoto coletores, a instalação de fontes de abastecimento de água.

Com o surgimento das estações ferroviárias e as galerias, na primeira metade do século XIX, da cidade de Paris, mostra a cidade crescente e se modernizando, expressando a emergência de novos hábitos, praticas sociais, possibilitado pela ascensão do capitalismo e burguesias industriais.

Em 1840 e 1847 seis estações de trens são construídas, se tornando fortes referencias na paisagem parisiense, como também as passagens cobertas, na qual abrigam diversos serviços, na qual essas passagens cobertas se sucedem em Paris com intensa rapidez. Na qual a arquitetura de ambas construções possuem uma combinação de armações metálicas envidraçadas das coberturas com a linguagem das fachadas internas e externas.

O corpo da cidade entrou em contradição com os problemas de crescimento demográfico, comercial e industrial, exigindo intervenções mais profundas que as anteriormente.
As motivações de Napoleão III e Haussmann para a reforma urbana de Paris, foram as motivações politicas, para o Imperador colocar Paris na frente das outras capitais europeias e para seu fortalecimento de poder; motivações econômicas nas quais as transformações viárias, eram acreditadas por ambos que aos arredores das vias impulsionariam a construção imobiliária e motivações de ordem policial, para dificultar e reprimir manifestações, além de eliminar becos, ruas estreitas para criar espaçosas avenidas para o deslocamento rápido e eficaz das tropas para repressão de possíveis revoltosos.

Os domínios de intervenção de Haussmann são diversos, podendo ser listados a esfera geográfica em que 1860, ele desloca fronteiras do município de Paris, ampliando sua extenção; na esfera administrativa, ele altera o desenho da organização e a divisão administrativa da cidade, na qual faz com que cada região tenha sua prefeitura e funções administrativas próprias; na esfera estética a uma preocupação com a dimensão e a consequências estéticas, obrigando o arquiteto Baltard e refazer o projeto para les Halles.

As intervenções de Napoleão III e Haussmann são implementados a partir de um olhar que prioriza a cidade como um corpo único, na qual podemos observar três fundamentais esferas de intervenção, nas quais são o urbanismo viário, o urbanismo arquitetônico de edificações de prédios públicos e o urbanismo de saneamento e espaços verdes.

A antiga malha da cidade não é eliminada, mas sobre ela é sobreposto uma nova malha de ruas largas e retilínea formando uma comunicação entre os principais centros urbanos e estações ferroviárias, ocasionando dessa maneira uma regularidade desigual na malha.

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