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Bauhaus - A Face do século XX

Por:   •  25/1/2018  •  Resenha  •  1.040 Palavras (5 Páginas)  •  2.804 Visualizações

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Instituto Federal de Minas Gerais

Bauhaus – a face do século XX

Aluna: Larissa Fonseca

Arquitetura e Urbanismo – 4º período - 2017/2

Professora: Raquel Manna Julião

Bauhaus, “a casa da construção” foi a maior escola de artes do século XX construída no interior da Alemanha “em um momento de inquietude política e de caos econômico”. Era vista com bons e maus olhos, dependendo do ponto de vista, segundo Philip Johnson. Foi considerada a convergência de muitas ideias de vanguarda, pois abrigava em somente um lugar a prática dessas muitas ideias de forma completa. Seu diferencial estava ligado ao fato de que se relacionava com a vida comum ao nível estético.

Walter Groupius, o fundador principal usava o termo “ciência visual” para definir os trabalhos vindos da escola. Groupius foi Oficial da Primeira Guerra Mundial e sonhava com uma escola de arte que ajudasse a mudar mundo. Em 1919, foi publicado um manifesto que sugeria as ideias utópicas de Groupius para o mundo. Contava com a ilustração de uma dramática igreja gótica que alcançava o céu, representando o esperado alcance para Bauhaus. A escola foi financiada pelo dinheiro público após o manifesto e desde o inicio girava em torno de um tom revolucionário.  

Nos dois edifícios de Bauhaus foram criados métodos utilizados até os dias atuais, como o ensino através de oficinas, considerado um dos grandes feitos da escola. Para essa ideia, Groupius buscava diminuir o contato do aprendiz com a máquina. A ideia era formar tanto artistas quanto artesãos, que compreendessem o trabalho manual para depois entender a máquina.  

Groupius não contratou nenhum grande artista para ensinar, somente pintores originais que se destacavam e pensassem de forma construtivista, ou seja, criatividade vinda da interação com o meio. Entre os grandes nomes estavam, Paul Klee, Wassily Kandinsky e Johannes Itten.  Os três nomes foram responsáveis por criar em Bauhaus um estilo único de ensino que guiava o aprendiz a seguir sua própria direção. Não eram apresentados os problemas e soluções passados na história da arte, mas uma espécie de gramática que contava com teoria da cor, texturas e materiais e assim o próprio aprendiz tomava sua decisão sobre qual caminho seguir.

Dentre as muitas oficinas existentes na escola, pode-se destacar a de metais. Nela eram criados por exemplo, utensílios domésticos em cobre em formas simples e simétricas. Nos dias atuais, tais utensílios são considerados modernos. Na época, entravam em disputa com arabescos e demasiadas curvas, por isso eram vistos como simplórios.

Em 1923, Lásló Moholy-Nagy tomou frente do curso básico e substituiu Itten. Sua especialidade era a mística na máquina. A compreensão da economia e politica atuais fizeram com que adaptasse seu trabalho. No mesmo ano, Josef Albers, ex-aluno da escola, empregou o ensino dos materiais no curso básico. Sua metodologia contava com “a exploração de maneira a não disfarçar as forças inerentes ao material”. Estabelecia projetos com diferentes materiais e “expulsava a loucura dos jovens e os obrigava a pensar racionalmente”

Ainda em 1923 aconteceu a primeira exposição de Bauhaus que tinha dois objetivos: mostrar aos contribuintes os resultados dos primeiros anos da escola e revelar a transição expressionista para construtivista. O mais importante da exposição era a casa construída em uma colina do parque Weimar em uma rua chamada “am Horn”. A casa construída por pré-fabricados é completamente mobiliada por móveis construído na Bauhaus. Segundo um ex-estudante, George Adams, “’a Casa am Horn’ era uma casa experimental, construída com o fim de ser tão econômica que qualquer operário alemão qualificado poderia comprá-la”. O objetivo era construir e vender casas em massa, porém a hiperinflação da época não permitiu e a casa permaneceu como única do gênero.

A Alemanha passava por uma grande crise. O desemprego aumentava e os políticos radicais de multiplicavam. A escola, que nunca foi popular, era classificada como comunista e isso piorava a situação. Discussões artísticas se misturavam com o jogo político, fazendo com que quando o Partido Nazista se estabeleceu em Weimar, a Bauhaus perdeu forças e apoio e fechasse as portas.

Em 1925, a Bauhaus reabriu em Dessau, cidade do norte industrial alemão, politicamente mais aberta que Weimar. A escola então passou a produzir para indústria. Em menos de um ano havia um novo prédio, feito de concreto, vidro e metal, com tudo necessário para Bauhaus voltar a funcionar. “Era a catedral cristalina do funcionalismo”.

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