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Conforto

Por:   •  29/11/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.627 Palavras (11 Páginas)  •  209 Visualizações

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1. Introdução

        O presente trabalho pretende fazer uma análise da incidência solar interna e externa em uma edificação, com a utilização de um brise experimental, verificando a iluminância e os recortes de carga da radiação solar.

É de suma importância prever a incidência solar nos edifícios atualmente. Um dos grandes motivos para tanto é a redução do consumo de energia elétrica e a diminuição térmica interna dos edifícios, visando a obtenção de um melhor conforto ambiental.

É indispensável planejar os detalhes da edificação, examinando a disposição das janelas para ver se o sombreamento criado é eficaz. Os elementos de proteção solar para o nosso clima também foram destacados no texto. São comentados também os passos para a elaboração do experimento de análise da luz solar interna e externa. Utilizando as direções das incidências solares, simplificadas pelas letras α, β e γ, explicamos assim a importância para o estudo da carta solar e o dimensionamento de um brise que sombreará apenas os períodos desejados. Por último, há a realização do experimento elaborado nas aulas experimentais de conforto, que comprova, na prática, os dados coletados durante a execução do trabalho, através de valores de luminosidade, com registros fotográficos e tabela de valores.

2. Objetivo geral e específico

        A finalidade do trabalho é identificar, entender, aplicar e tentar aperfeiçoar conceitos relacionados à eficiência energética, por meio da teoria e da prática. A teoria, apresentada pelo professor e por livros e a prática, ensinada pelo professor também, porém executada por nós para melhor entendimento da disciplina.

        Em particular ao trabalho, o objetivo seria utilizarmos as técnicas aprendidas em sala para analisar o mascaramento gerado por um brise para poder desenvolver o sombreamento apropriado para uma sala, de maneira a dar conforto interno e externo à edificação. É necessário também prever o desempenho do brise na fachada para poder economizar dinheiro e energia, detalhando os dados e o recorte de carga obtidos.

3. Justificativa

Deve partir do arquiteto elaborar edifícios mais eficientes energeticamente, afim de proporcionar melhor conforto térmico, consumir menos energia e evitar o aumento de impactos ambientais, melhorando a qualidade de vida das pessoas.

Os edifícios, por sua vez, devem atender esse novo conceito de arquitetura contemporânea, utilizando desde equipamentos de baixo consumo até projetos elaborados visando a economia energética, onde permita a entrada de luz natural e de ventilação evitando o uso em excesso de iluminação e climatização artificiais.

A elaboração de gráficos e tabelas a partir de dados coletados em experiências práticas, permitem que sejam utilizadas futuramente para decisões projetuais e como recursos de persuasão para projetos propostos a clientes com o objetivo da eficiência energética.

4. Brise para o clima de Belém-PA

O estudo do clima e do local do projeto é tão importante quanto o programa de necessidades do cliente. Uma boa arquitetura deve se apoiar nesses dois requisitos juntos. Belém está próxima à linha do Equador e do nível do mar, portanto, tem um clima demasiado quente e úmido na maior parte do ano.

Em lugares muito úmidos como Belém, a radiação solar chega a ser até reduzida, pois é dispersada, amenizando as altas temperaturas. Porém, como a umidade relativa é muito alta, o corpo tem mais dificuldade de liberar suor, o que aumenta o desconforto térmico. Por isso, devemos utilizar de várias técnicas de sombreamento e resfriamento. Um destes elementos é o brise-soleil, que se caracteriza por placas dispostas horizontal ou verticalmente à frente das aberturas e fachadas para reduzir a penetração intensa da luz solar no interior da edificação.

O brise é particularmente interessante para o clima quente e úmido, pois apesar de limitar a entrada dos raios solares, não necessariamente impede a ventilação, que é fundamental para o conforto térmico na nossa cidade.

5. Brises

É necessário planejar os detalhes da edificação, verificando, principalmente, a disposição das janelas, se o sombreamento é suficiente e eficaz e se a obra está sendo executada de acordo com o projeto para validar a sua qualidade. Cuidar do sistema de ar condicionado e do sistema elétrico que atenta da intensidade e distribuição da luz é essencial. O consumo de energia é tão importante quanto quaisquer outros problemas de projeto e por isso deve ser discutido com os outros profissionais para melhorar a eficiência.

"Ao longo do século XX o brise-soleil passou a ser um importante elemento de arquitetura cuja função principal era o controle da radiação solar, possibilitando o acesso seletivo da luz do sol aos ambientes interiores. O brise-soleil em grande parte das tipologias modernistas era configurado por elementos horizontais, e/ou verticais, em concreto armado, caracterizando uma forte relação do material de construção com o elemento de arquitetura." (CUNHA, 2011).

Em nosso clima, é necessário conhecer os diversos dispositivos de proteção solar, para poder escolher o mais eficiente e que proporcione o melhor conforto. Os materiais empregados e a distância do dispositivo em relação às paredes e ao solo devem ser cuidadosamente avaliados, pois o material pode bloquear a luz solar e ao mesmo tempo continuar transmitindo calor à edificação. O brise vertical bloqueia a luz solar principalmente no início e no fim do dia, quando o sol está mais baixo. Já o horizontal, permite a proteção nos horários em que o sol está mais alto. Para mudar a intensidade de luz, criaram-se mecanismos de brises horizontais móveis em que se escolhe a sua inclinação e regula a entrada da luz natural.

Entende-se, então, que escolher o tipo de proteção externa utilizado é mais importante do que apenas a estética do edifício, devemos levar em conta a necessidade de proteção ou exposição solar em cada ambiente, em cada clima e de acordo com a orientação do edifício, para assim saber o tipo de brise: vertical ou horizontal, móvel ou fixo.

6. O Experimento

Realizamos um experimento parcial em uma maquete de uma edificação protegida por um brise fazendo um gabarito de valores em apenas três pontos internos das 10h30 às 11h00 do dia 01/07/2013 durante o período de aula de conforto, tendo a assistência do professor Irving e do monitor Avner.

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