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DIAGNÓSTICO DO BAIRRO DA CIDADE OPERÁRIA

Por:   •  23/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.170 Palavras (9 Páginas)  •  194 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

ARQUITETURA E URBANISMO

CIDADE E ARQUITETURA

DIAGNÓSTICO DO BAIRRO DA CIDADE OPERÁRIA

São Luís 

2019

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        LEITURA DO RECORTE ESPACIAL GERAL        4

2.1.        Análise do mapa de uso e ocupação do bairro        4

2.2.        Análise do mapa de mobilidade        5

2.3.        Análise do mapa de arborização        8

3.        CONCLUSÃO        9

4.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        10

  1. INTRODUÇÃO

      O presente trabalho é objeto de estudo analisado acerca das dinâmicas de uso e ocupação; mobilidade urbana e arborização dos bairros, por meio de mapas elaborados em sala. O local escolhido foi uma secção do bairro da cidade operária, que tem grande representatividade dentre os alunos da turma de arquitetura e urbanismo do primeiro semestre (2019) e é de grande importância para a história do município de São Luís.

Este bairro, criado para os trabalhadores que podiam adquirir seus imóveis através de financiamentos, cujas condições de inscrição na Cohab para aquisição da casa própria seriam ter até cinco salários mínimo e nenhum outro imóvel registrado no nome do inscrito. Deslocou para o centro-leste da ilha os olhares da população de São Luís, que sonhava com o seu primeiro imóvel e viam como uma nova alternativa de fugir dos altos aluguéis da década de 80 - a “década perdida” - e acabou atraindo para o seu entorno uma parcela da população que veio do interior na década de 1970. Criado em 1986, que, segundo Burnett (2012) surgiu em pleno regime militar, sob a tutela do Banco Nacional de Habitação (BNH) que tinha o objetivo de legitimar o governo militar perante as camadas populares. Urbanisticamente, a Cidade Operária tem sua estrutura tipo Unidades de Vizinhança.

Embora não tenha sido planejada para isso, estruturou-se de forma a ter certa autonomia no que diz respeito à prestação de bens e serviços diários para suprir as necessidades de seus moradores. Em relação a essa boa infraestrutura, ao longo dos anos esse conjunto foi ganhando autonomia no que diz respeito à prestação de serviços para a população local, tornando-se uma “cidade” dentro de outra cidade. De acordo com Cunha (2011), inicialmente sem água, transporte próprio e serviços de infraestrutura, o conjunto era bem discriminado, até por ser direcionado a famílias de baixa renda.

Reafirmada por inúmeros entrevistados na parte seccionada como conta Giovane, que há 25 anos que trabalha e mora na Cidade Operária, que questionado sobre as vantagens de morar no bairro, disse ter muita opção de ônibus, ter uma grande possibilidade de serviços na avenida principal, contudo citou a desvantagem de não ser acessível a cadeirantes por exemplo, com calçadas desniveladas e ter poucas faixas de pedestres. Já a Talia M. Teles de 22 anos abordada no seu trabalho (uma academia) relatou que “é próximo de tudo, supermercado, farmácias, hospital, upa, só precisaria melhorar o Viva da cidade operária que é uma das poucas áreas de lazer.” Ainda sobre as entrevistas a Kátia Araújo, 40 anos que mora na avenida secundária da cidade operária relatou que a visão das pessoas que moram próximo a avenida é diferente das que moram mais afastadas e que faltam até a proximidade de serviços que predomina na avenida, mas ainda sim não é necessário sair do bairro para obter serviços básicos.

  1. LEITURA DO RECORTE ESPACIAL GERAL

  1. Análise do mapa de uso e ocupação do bairro

O bairro é marcado majoritariamente pelo uso residencial ocasionado pela necessidade dos trabalhadores obterem a casa própria, sendo pensada só mais tarde equipamentos urbanísticos. Nessa perspectiva, devido ao predomínio do uso residencial há necessidade de usos mistos, institucionais e de comerciais. Dessa forma, eclodem vários imbróglios tais como: insegurança pela escassez de usos mistos em algumas áreas e a concentração ínfima desse uso em outras áreas.

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     Todo bairro tem a necessidade de equipamentos de saúde, dependendo da população local são necessários mais de um equipamento. Dessa maneira, é presente apenas uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) localizada na avenida principal do bairro. Aliado a isso, é consequente a superlotação da UPA devido a quantidade de pessoas que recorrem a esse atendimento. Sendo então, necessário o aumento dos equipamentos de saúde, como a criação de postos de saúde visando ao atendimento da população do bairro.

      Nesse ínterim, outro problema destacado no bairro é a escassez de espaços de lazer que atendam a demanda do bairro, pois a população presente na cidade operária é cerca de 290 mil habitantes. Nesse contexto, os espaços de lazer presente no bairro além de não serem o suficiente apresentam características de precariedade afastando cada vez mais as pessoas desses espaços, o que representa um descaso com a população do bairro.

  1. Análise do mapa de mobilidade

Há uma discussão acerca dos modelos urbanísticos atuais, no qual se debate sobre as prioridades dos mesmos. As atenções deveriam ser voltadas para a melhoria da infraestrutura privilegiando o bom fluxo dos meios de transportes individuais ou para as pessoas que utilizam modais não motorizados e para os transportes público.

A mobilidade é um dos aspectos mais democráticos da vida nas cidades, atingindo toda a população, não diferenciando por classes ou qualquer fator social. Ela tem sido interpretada de maneira disforme, sendo associada unicamente ao tráfego de veículos e esquecendo que não se trata de algo individual e pontual. Havendo a necessidade de uma ampla integração aos diversos aspectos do planejamento.

A cerca da oferta de transporte coletivo dentro da área escolhida, pode-se afirmar que há um grande contingente que passa pela avenida principal da Cidade Operária (av. Duzentos e três), onde se dirigem para seus ponto-finais e aos bairros adjacentes. As linhas que estão de passagem foram representadas de laranja no mapa, sendo: T062- Socorrão II/ Rodoviária, T071- Janaina Riod/ Centro, T043- Cidade Operária 101/ São Francisco, T061- Santa Clara/ João Paulo, T077- Cidade Olímpica/ São Francisco, T079- Cidade Olímpica/ Rodoviária, T078- Cidade Olímpica/ Ipase, T075- Jardim América/ Rodoviária, T064- JD. Tropical/ São Francisco, T063- JD. Tropical/ Santos Dumont, T907- Cidade Operária 101/ Socorrão II/ Rodoviária, A668- Santa Clara/ Pavão Filho/ Term. São Cristóvão, A661- Janaina/ Term. São Cristóvão, Pátio Norte/ Term. São Cristóvão, A669- Socorrão II/ Alexandre Tavares, A664- J. Lima/ Term. Cohab. A666- Cidade Olímpica/ Terminal, Res. Nova Terra/ Term. São Cristóvão, A695- São Raimundo/ Socorrão II, A952- Res. Turiúba/ Term. São Cristóvão, A688- Res. Tiradentes/ Term. São Cristóvão, JD. Tropical/ Terminal, Vila São Luís/ Term. São Cristóvão.

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