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Fichamento Carlos Lemos O Que é Arquitetura

Por:   •  4/4/2019  •  Resenha  •  499 Palavras (2 Páginas)  •  303 Visualizações

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LEMOS, Carlos A. C. O que é Arquitetura. Editora Brasiliense. Arquitetura Moderna (PP. 62 – 81)

O autor inicia conceituando a arquitetura moderna enquanto definida e guiada tanto pela intenção estética, quanto pelos fatores que condicionam o partido. Desta forma, torna-se tarefa difícil distingui-la daquela arquitetura disfarçada de moderna. Para melhor compreender, é necessário voltar ao que Carlos Lemos chama de “problemática dos estilos”.

Temos o ecletismo (final do século XIX), que se iniciou como discussão a respeito da legitimidade da coexistência do Neoclássico e do Neogótico em projetos arquitetônicos, e terminou por vulgarizar a presença dos estilos nas obras – muitas vezes levando os mestres-de-obras a construírem obras, para depois de prontas definir-se o estilo apenas nas ornamentações.

Já o Art Nouveau, trouxe mudanças no partido, com fluidez, sinuosidade e vãos que traziam outra perspectiva à construção. Entretanto, este estilo acabou caindo no espectro decorativista.

Oficialmente, as primeiras construções modernas foram provenientes do Cubismoe do Art Deco, como construções desprovidas de ornamentações. Entretanto, seu surgimento se deu antes disso, com Victor Dubugras, que colocou o concreto armado no centro das atenções e trouxe outras grandes inovações.

Vale ressaltar que este conceito de arquitetura moderna é um tanto radical, pois não é acessível a todos. Logo surge a “arquitetura a meio do caminho”, que é aquela que busca o moderno, porém sofre com a escassez de recursos e/ou dificuldade de acesso. É importante mostrar que, essa arquitetura que não alcança o perfeito modernismo, também não deve se prender ao mero formalismo, mas sim compatibilizar o partido com a realidade social.

Percebe-se que a arquitetura antiga buscava atender às necessidades de quem dela usufruía, distinguindo-se rico e pobre apenas quantitativamente e pelo nível de sobreposição funcional dos cômodos. Atualmente, além disso, há a diferenciação qualitativa, bem vista nas edificações da parcela rica da população – o que pode acabar levando a classe média a uma busca pela aparência de beleza, deixando de lado conforto e bem-estar.

Desta forma, distinguem-se duas correntes da arquitetura moderna: a que busca a beleza plástica e a que busca a satisfação integral.

A primeira é onde se apresenta Oscar Niemeyer, inicialmente com as obras da Pampulha, que utilizava o concreto armado para fugir da rigidez e usufruir de uma plástica mais liberta. Já em Brasília – também por Niemeyer – foi atingido um limite da fuga ao padrão, já que os outros fatores condicionantes eram extremamente favoráveis ou até não existiam ainda.

Já na segunda corrente, busca a elevação das necessidades dentro do partido, não podendo ser previsto o resultado estético. Nesse tipo de situação, se o resultado é belo, esta beleza é apenas consequência da disposição prática dos elementos.

Desta forma, vem crescendo a presença de edificações que buscam integrar as instalações de serviços às intenções plásticas do partido – como o centro cultural parisiense Georges Pompidou, que mostra que é possível fazer arte focando no melhor funcionamento do edifício.

Entre estes extremos

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