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Historia da Arte Julio Le Parc

Por:   •  12/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.247 Palavras (5 Páginas)  •  561 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL –

HISTÓRIA DAS ARTES VISUAIS II

JULIO LE PARC

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UCS - 2014

TRABALHO FINAL

PROFA. SINARA MARIA BOONE       ACADÊMICA: DAIANE DALSOGLIO

CONVERSA COM ARTISTA JULIO LE PARC- “Fictício”

Agora vou descrever EM CARÁCTER DE FICÇÃO, uma breve conversa com um belíssimo artista que é um dos fundadores do movimento de Arte Cinética e do G.R.A.V. (Groupe de Recherche d’Art Visuel), Julio Le Parc (1928) traz para sua obra elementos que extrapolam as buscas a respeito do movimento e refletem um interesse na percepção visual do espectador.

Olá sr. Julio le parc, conte-me um pouco a seu respeito, Quando e onde nasceu? Onde vives atualmente?

Nasci  em 1928, em Mendoza, na Argentina.Vivo e trabalho em Paris, França atualmente.

Como o Sr. Trabalha em geral?

Trabalho com uma vasta gama de técnicas, que vão da pintura sobre tela, passando pela gravura e por móbiles, criando até grandes instalações com espelhos, motores e outros elementos.

Que bacana, e teve algum reconhecimento que te é lembrado agora? Pode descrever?

Vivendo e trabalhando na França desde a década de 60, ganhei, em 2013, uma grande retrospectiva do meu trabalho no Palais de Tokyo, em Paris.Minhas obras integram acervos como os do MoMA, Nova York; MAM, São Paulo; Tate, Londres; Museum Boijmans Van Beuningen, Roterdã, entre outros.

Onde vc estudou? Como foi sua trajetória?

Estudei na Escola de Bellas Artes em Buenos Aires, em 1943. E a exposição de Victor Vasarely em Buenos Aires, em 1958, foi um importante catalisador da minha partida naquele mesmo ano. Ganhei uma bolsa de estudos, realizei trabalhos em colaboração com artistas colegas de Vasarely e cofundei o Groupe de Recherche d’Art Visuel (GRAV), em 1960. Enquanto as primeiras pinturas geométricas minhas tiveram influência da tradição construtivista da Arte-Concreto Invención em Buenos Aires, os trabalhos criados logo após minha chegada em Paris também revelaram um crescente interesse pelo trabalho de meus amigos Mondrian e Vasarely.

No início dos anos 1960, passei a incorporar movimento e luz à minha pesquisa. Interessei-Me nas possibilidades do movimento, e na participação do espectador, desenvolvi minhas características ambientes de luz e esculturas cinéticas, que vieram a trazer-me reconhecimento internacional enquanto um dos maiores expoentes da arte cinética. Fui representante da Argentina na Bienal de Veneza de 1966, recebi o Grande Prêmio Internacional de Pintura como artista individual. Apesar da dissolução do grupo em 1968, continuei a trabalhar tanto como artista individual quanto como integrante de coletivos internacionais, particularmente dos que estavam envolvidos na denúncia política de regimes totalitários.

Quanto ás obras oque poderias nos descrever?

Minhas obras ganharam diversas exposições individuais na Europa e na América Latina, em locais como o Instituto di Tella (Buenos Aires), o Museo de Arte Moderno (Caracas), o Palacio de Bellas Artes (México), a Casa de las Americas (Havana), o Moderna Museet (Estolcomo), Daros (Zurique), Städtische Kunsthalle (Dusseldorf).

Além disso, integraram muitas outras exposições coletivas e bienais, entre as quais estão a polêmica The Responsive Eye (1965), no MoMA, em Nova York, a Bienal de Veneza, em 1966 (na qual recebeu o Prêmio), e Bienal de São Paulo (1967).

Oque o Sr. Fez na época do regime Militar?

Em protesto contra o regime militar repressor no Brasil, me juntei a outros artistas no boicote à Bienal de São Paulo de 1969 e publiquei o catálogo alternativo Contrabienal, em 1971. As obras coletivas realizadas posteriormente por mim incluem a participação em movimentos antifascistas no Chile, em El Salvador e na Nicarágua. Mais recentemente, a minha obra foi objeto de grandes retrospectivas como (Serpentine Gallery, Londres, Reino Unido, 2014); Soleil froid (Palais de Tokyo, Paris, França, 2013);  Le Parc lumière (Casa Daros, Rio de Janeiro, Brasil, 2013); Uma busca contínua (Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil, 2013); e apresentada na exposição coletiva Dynamo (Grand Palais, Paris, França).

Uma arte transitória e sem fins comerciais foi a proposta lançada pelo sr. nos anos 1960. Mas em que medida a conotação sócio-política que sua obra instaurou nos anos 1960 permanece em um momento de soberania do mercado?

 A crítica que eu continuo a fazer com minha obra é em relação à postura exclusivista de certo meio social. O que nós buscávamos eram outras locações para a criação contemporânea, que não passassem unicamente pelos circuitos estabelecidos. As instituições onde estou expondo no Brasil são espaços de difusão dessas ideias.

A Casa Daros é a maior colecionadora de sua obra. Qual a importância de ter trinta de suas obras nessa coleção?

 A Daros é muito meticulosa no cuidado com a obra. Fiquei impressionado, por exemplo, com o material levado para a montagem da exposição Le Parc Lumière, no México. Eles têm um trabalho meu dos anos 1960, feito com lampadinhas russas. E eles conseguiram várias peças de reposição do mesmo modelo e procedência russa! Além disso, a coleção Daros não é uma coleção imóvel. Eles colocam a obra em permanente confronto e difusão, em exposições, conversas, seminários, livros... Há um livro meu dos anos 1960, “Historieta” que será editado agora em português. É um livro que especula se a arte é uma mercadoria ou não.

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