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Lewis Mumford, A cidade na História, cap. 15

Por:   •  29/3/2016  •  Resenha  •  509 Palavras (3 Páginas)  •  1.755 Visualizações

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Lewis Mumford, A cidade na história, cap. 15, Paraíso paleotécnico: Coketown

Os agentes geradores da nova cidade – Coketown – eram a mina, a fábrica e a ferrovia.

Entre 1820 e 1900, em grau maior ou menor, todas as cidades do mundo ocidental foram marcadas com as características arquetípicas de Coketown. O industrialismo, a principal força criadora do século XIX, produziu o mais degradado ambiente urbano que o mundo jamais vira; na verdade, até mesmo os bairros das cidades dominantes eram imundos e congestionados.

A base política daquele novo tipo de agregação urbana apoiava-se em três colunas principais: a abolição das guildas, com a criação de um estado de insegurança permanente para as classes trabalhadoras; a implantação do mercado de trabalho aberto e competitivo, bem como da venda igualmente competitiva de mercadorias; e a manutenção de dependências estrangeiras como fontes de matérias-primas, necessárias às novas indústrias, e como mercado aberto para absorver os excedentes da indústria mecanizada.

Suas bases econômicas eram a exploração de mina de carvão, a produção imensamente aumentada de ferro e o emprego de uma fonte contínua confiável de energia mecânica: a máquina a vapor.

Observa-se a implantação do mercado de trabalho aberto e competitivo, bem como da venda igualmente competitiva de mercadorias.

O aumento da industrialização ocorria paralelamente a um aumento da urbanização e dos índices de crescimento demográfico. O número de centros urbanos multiplicava-se; o número de cidades como populações superiores a quinhentos mil habitantes aumentava. As cidades industriais eram um amontoado humano adaptado não às necessidades da vida, mas à luta pela existência; um ambiente cuja própria deterioração testemunhava o quanto era impiedosa e intensa aquela luta. Não havia lugar para o planejamento no traçado daquelas cidades.

Em termos humanos, algumas das piores características do sistema industrial foram implantadas: as longas jornadas de trabalho, o trabalho monótono, os baixos salários, o mau uso sistemático do trabalho infantil.

Nas suas tentativas para produzir bens manufaturados, a preços baixos, para consumo no mercado mundial, os fabricantes cortavam os custos em todos os pontos, a fim de aumentar os lucros. O lugar mais evidente por onde iniciar essa podagem eram os salários dos trabalhadores.

Graças a um excesso de mão-de-obra, regular e sagazmente empregada, insuficientemente remunerada, que os novos capitalistas conseguiam reduzir os salários e enfrentar qualquer demanda de produção.

Se a fábrica a vapor, produzindo para o mercado mundial, foi o primeiro fator com tendência para aumentar a área de congestionamento urbano, o novo sistema de transportes ferroviários, a partir de 1830, estimulou-a largamente.

A ligação direta, por meio de ferrovias, com as zonas de mineração, era condição fundamental de concentração urbana.

O crescimento de população mostrava dois padrões: um amontoado generalizado nas zonas carboníferas, onde floresciam as novas indústrias pesadas. E um adensamento da população ao longo das grandes linhas ferroviárias.

Condições precárias de habitação;

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