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O Comparativo dos Textos de Landim e Jabobs

Por:   •  13/6/2019  •  Resenha  •  1.583 Palavras (7 Páginas)  •  158 Visualizações

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Comparativo entre os textos de Jacobs e Landim

Começando por Jacobs, o texto intitulado “Necessidade de prédios antigos” começa falando sobre a importância de se ter prédios antigos, como forma de alojamento para futuras empresas, que primariamente não tenham tanto capital assim para investir em aluguéis em prédios mais novos. Essa importância se dá para os dias de hoje, onde tem se visto com mais frequência ruas com prédios novos, onde se encontra na maioria das vezes bancos, restaurantes, lojas de ramos infinitos, supermercados, entre outros, Com isso, pequenos restaurantes, barzinhos de bairros, ou seja, comércio de baixo custo, estes por sua vez estão cada vez mais deixando de existir, fazendo-se então os bairros perderem sua identidade, fazendo também com que muitos locais fechem as portas por não ter auxílio do bairro por sua vez, pois estão cada dia mais com menos atrativos de locais destinados a prédios antigos.

Já Landim em seu texto “Preservação do patrimônio arquitetônico” faz uma crítica para o crescimento desordenado das cidades, sem a preocupação de preserva-las, a fim de não perder a identidade da cidade, do bairro. Esse crescimento tem causado muitos ‘problemas’ para as cidades, pois cada vez mais se está verticalizando as moradias, cada vez mais se tem menos espaço para contemplar vistas de uma cidade, cada vez mais há mais insegurança nas cidades por conta da individualidade dos indivíduos, com isso as ruas passam a ser menos atrativas, a cidade vai perdendo sua identidade por assim dizer, por ter seus prédios históricos deteriorados e com o tempo a criação de novos prédios faz com que esses antigos não tenham valor, não que não tenham de fato, mas é o que projetistas contemporâneos pensam, e com isso criam novos espaços voltados somente para um grupo econômico, esquecendo totalmente as raízes da cidade, esquecendo de até mesmo pesquisar sobre a população, seus gostos, o que realmente serviria para aqueles indivíduos acostumados com a vista da pequena cidade ou distrito.

Landim expõe uma fala interessante, que é que a cidade tem sua cara, seus costumes, seu ritmo,  e qualquer mudança nesse sentido acarreta em caos para a população, que já acostumada a trafegar por alguma rua ou avenida, e enxergar os mesmos prédios antigos e históricos, fazendo com que o cidadão crie um elo com a cidade, em suas memórias, podendo até mesmo fazer parte da história daquele lugar. Através de monumentos históricos das cidades pode-se orientar no quesito espaço, conhecer a cidade é saber que cada certos locais marcaram a memória de alguém, virou lembrança de alguém, é algo para alguém, em um trecho de Landim explica bem esse contexto “A cidade pode, por sua vez, ser entendida como um conjunto de percepções que se inter-relacionam”.  Os textos se parecem em certos aspectos, pois tem um certo pensamento sobre a cidade como um todo, para Jacobs, as cidades necessitam de prédios mais antigos, para descaracterizar essa massa que se estendeu nos últimos anos com essa onda de prédios altos e desconecto com o entorno, visando somente o lucro, não respeitando a história local, com isso poderiam restaurar interiores, e preservar as fachadas, para dar um ar de cidade mais cuidadosa. Aspectos ligados  aos preços de custos e manutenção desses prédios antigos, não chegam aos pés dos prédios novos, com isso muitas salas comerciais projetadas em edificações novas, estão vazias, pois o custo desses locais custam muito alto, portanto se torna inútil centenas de metros quadrados jogados no lixo, com a ideia do novo, os projetistas esquecem que para atingir o lucro necessitam de pessoas, empresas, porém se essas pessoas e essas empresas não forem de um poder aquisitivo alto, seus investimentos não valeram de nada. Sendo assim, podendo reutilizar algum imóvel antigo para um uso mais atual cairia muito bem para os dias de hoje, como fazer de uma garagem uma loja, como fazer um apartamento antigo virar local de exposição de arte, como uma casa antiga virar um museu, como  temos um exemplo em Criciúma-sc o museu Augusto Casagrande (O único museu da cidade), estes exemplos citados são só algumas ideias no qual as cidades poderiam se dar conta e pensar, planejar para que preservem suas casas e prédios antigos e históricos, pois eles valem muito, e por serem antigos pertenceram a épocas (em algumas cidades) históricas e também ser parte de lembranças de alguém.

Para Landim as ruas tem significados variados dependendo seu contexto, e formas, a percepção varia, em um trecho do texto Landim relata que uma “rua estreita e sinuosa repleta de veículos e pessoas, sons e odores, pode ser mais convidativa do que uma avenida larga e arborizada”, podendo ter influencias como hora do dia, se é transitada apenas por pessoas ou veículos, todos esses aspectos influenciam no nossos sentidos. As pessoas por sua vez também fazem parte do cenário das cidades, fazendo com que tudo fique mesclado, tudo isso faz parte da identidade da cidade. Essa preservação citada por Landim, não tem a ver com fixar o tempo em suas edificações antigas, mas sim que a cidade se reinvente de tempos e tempos mas que não perca sua identidade, que ela possa ser atual mas preservando suas edificações, reinventando locais antigos em novos, mais atrações convidativas para sua população, para que eles não esqueçam tais lugares, tornando mais comum edificações antigas à novas, pois não é o que se vê hoje em dia, muitas cidades como porto alegre por exemplo, obtém inúmeras edificações antigas porém em péssimo estado, tornando essa mescla com o novo, algo feio e que deve ser ‘atualizado’ porém essas edificações dadas como feias e mau cuidadas, dão a cara para a cidade, sem esses prédios, como mercado público, Usina do gasômetro, hotéis muito conhecidos do centro da cidade, a cidade não seria lembrada como ela é, pelo que ela possui, esses elementos são históricos, e fazem a identidade de porto alegre. Como no caso da usina do gasômetro, está em ruína, porém milhares de pessoas visitam o local por terem feito uma nova interação familiar, que seria a orla do guaíba, um projeto muito bem pensado e que atrai muitas pessoas, como em dias de semana, fins de semana principalmente, se tornando um local aconchegante e atende as necessidades da população, um ótimo exemplo de tornar o velho, novo.

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