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O NOVO URBANISMO COMO QUALIDADE DE VIDA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E CRESCIMENTO ORDENADO

Por:   •  11/9/2019  •  Artigo  •  1.792 Palavras (8 Páginas)  •  303 Visualizações

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 O NOVO URBANISMO COMO QUALIDADE DE VIDA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E CRESCIMENTO ORDENADO

Daniel Luiz Gross ¹

Heloisa Berticelli Franciosi ²

Karine Francisquini³

Mônica Gonçalves Scatola

RESUMO: O crescimento rápido do número de pessoas habitando áreas urbanas, associado a falta de planejamento tem sido a origem de muitos problemas atuais que afetam as cidades. O Novo Urbanismo tem por objetivo redesenhar regiões, bairros e construções aliando nas melhorias da qualidade de vida das pessoas. Os princípios do Novo Urbanismo podem ser aplicados em diversos projetos desde do edifício até uma comunidade inteira. A Carta do Novo Urbanismo tem como objetivo estabelecer sistemas regionais articulando com áreas centrais urbanas com cidades que se desenvolvem no entorno dos grandes centros urbanos para assim evitar a ocupação dispersa. Os parâmetros visam guiar o crescimento urbano aliando com qualidade de vida do morador da cidade; explora os bairros e vizinhança; projeto urbano, englobando as quadras, as ruas e os edifícios. A pesquisa busca analisar aspectos bibliográficos referentes aos processos do novo urbanismo, incluindo princípios a serem aplicados no meio urbano com o objetivo de promover o bem-estar humano e a sustentabilidade das cidades.

Palavras-chave: Novo Urbanismo. Desenvolvimento Sustentável. Sustentabilidade das Cidades.

INTRODUÇÃO

 As primeiras cidades surgiram há mais de 3.500 anos a.C., contudo o processo de urbanização moderna teve início apenas do século XVIII, pincipalmente, na Europa, como resultado da Revolução Industrial (SOLLITTO, Ciliane Matilde, 2009).

A urbanização é um fato recente, pois foi somente após a II Guerra Mundial que se formalizou leis baseadas em princípios urbanísticos devido as necessárias reconstruções das cidades. A maior parte da população vive nas cidades que crescem à medida que acelera o desenvolvimento e isso ocasiona consequências no desenvolvimento urbanístico e qualidade de vida (SALES, Matias Francisco Gomes de, 2015).

O crescimento rápido e não planejado dos grandes centros urbanos causou diversas patologias urbanas, como por exemplo: surgimento de grandes periferias, falta de transportes públicos acessíveis a todos os moradores, falta de espaços urbanos para a convivência, além de grandes congestionamentos devido ao intenso fluxo, etc. (ANDRADE, Giovani Meira de; DOMENEGHINI, Jennifer; MORANDO, João Paulo S. K., 2013).

No Brasil a urbanização é relativamente atual, pois no período colonial a vida econômica se dava em torno da economia agrária, ao longo do tempo essa relação inverteu, onde a maioria da população vive em grandes centros urbanos (SALES, Matias Francisco Gomes de, 2015).

Nos anos 90 (século XX) surge uma corrente de planejamento, arquitetura e design adaptou uma postura anti-suburbana e neo-tradicionalista se designou o Novo Urbanismo. O Novo Urbanismo consiste em descobrir as possibilidades reais do desenvolvimento de uma cidade, pois as cidades interagem com o cidadão de diversas formas (SARMENTO, João, 2003).  

O crescimento rápido do número de pessoas habitando áreas urbanas, associado a falta de planejamento tem sido a origem de muitos problemas atuais que afligem as cidades, especialmente em países em desenvolvimento como é o caso do Brasil. Problemas de desigualdade sócio espacial e segregação, degradação ambiental e mobilidade urbana tem levado vários autores a discutir a crise urbana nas cidades (MONTE et al., 2018).  

 O Novo Urbanismo tem por objetivo redesenhar regiões, bairros e construções aliando nas melhorias da qualidade de vida das pessoas nas cidades (MONTE et al., 2018). Os princípios do Novo Urbanismo podem ser aplicados em diversos projetos desde do edifício até uma comunidade inteira.  

No ano de 1996 surge o documento intitulado de A Carta do Novo Urbanismo, o objetivo do documento é estabelecer sistemas regionais articulando com áreas centrais urbanas com cidades que se desenvolvem no entorno dos grandes centros urbanos para assim evitar a ocupação dispersa, implementar acessibilidade de transportes coletivos entre outros (RODRIGUEZ, Karina Diógenes, 2016).

A Carta foi estruturada em 3 grupos principais, contendo 9 princípios em cada grupo, em um total de 27 princípios. Os parâmetros visam guiar o crescimento urbano aliando com qualidade de vida do morador da cidade, diminuindo a dependência dos automóveis. O segundo grupo explora os bairros e a vizinhança. O terceiro e último grupo se especifica no projeto urbano, englobando as quadras, as ruas e os edifícios. (RODRIGUEZ, Karina Diógenes, 2016).

Desse modo a pesquisa busca estudar e compreender os processos que envolvem o Novo Urbanismo e as possibilidades de desenvolvimento de uma cidade. Com o crescimento das cidades são necessários estudos e implementações urbanísticas nos transportes e áreas monofuncionais as cidades. Visto que as cidades são centros de integração com os cidadãos a Carta do Novo Urbanismo pode auxiliar na dinâmica dos bairros e a inserção de áreas verdes permitindo assim maior qualidade de satisfação na moradia local.  

OBJETIVO

Análise de aspectos bibliográficos referentes aos processos do novo urbanismo, incluindo princípios a serem aplicados no meio urbano com o objetivo de promover o bem-estar humano e a sustentabilidade das cidades.

DESENVOLVIMENTO

O novo urbanismo não vem a ser necessariamente um estilo, ele busca a adequação dos projetos arquitetônicos de forma a integrar o meio natural ou urbano ao meio que está inserido. (ROMANINI, Anicoli, 2014). Este Novo Urbanismo se torna mais reflexivo, pois analisa e compreende a sociedade que estamos inseridos, na qual busca-se criar projetos personalizados a região, pensando no desenvolvimento, planejando uma infraestrutura futura a fim de acomodar um aumento populacional que possa receber. (ROMANINI, Anicoli, 2014).

Hallo, 2019 diz, que o Novo Urbanismo promove hábitos projetuais a benefício do meio ambiente, criando bairros e espaços que buscam valorizar o usuário, espaços abertos e com diversos usos, podendo ser aplicado tanto em pequenas áreas até mesmo em bairros e comunidades inteiras. Estruturada em basicamente 10 pilares, esclarece cada um deles:

- Deslocamento a pé: Ter acesso com uma caminhada limitada a 10 minutos com ruas livres e acessíveis.

- Conectividade: O desenho das ruas a favor do melhor fluxo de forma a dispersar o tráfego e facilitar a caminhada do usuário;

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