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O PLANEJAMENTO DE UM SISTEMA DE CALÇADAS DE FÁCIL ACESSO PARA TODO TIPO DE PESSOAS EM UMA CIDADE COM 20.000,00 HABITANTES.

Por:   •  29/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.463 Palavras (10 Páginas)  •  386 Visualizações

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PLANEJAMENTO DE UM SISTEMA DE CALÇADAS DE FACIL ACESSO PARA TODO TIPO DE PESSOAS EM UMA CIDADE COM 20.000,00 HABITANTES.

Como será realizado este planejamento de calçadas, de modo que atenda as necessidades da população, para uma determinada cidade com 20.000 habitantes?

O conceito de qualidade apresentado na ABNT NBR ISO 9000/2005 estabelece que o calçamento de qualidade deve servir as necessidades dos indivíduos tanto no conforto, segurança ou acessibilidade.

É de responsabilidade da Engenharia Civil discutir as formas de projetar ambientes de modo que todos tenham acesso, irrestritamente à segurança e conforto, seja em ambientes fechados ou não. O planejamento dessas calçadas deve atender aos parâmetros da norma, para que os indivíduos tenham livre circulação com segurança.

A calçada ideal é aquela que garante o caminhar livre, seguro e confortável de todos os cidadãos.

A calçada é o caminho que nos conduz ao lar. Ela é o lugar onde transitam os pedestres na movimentada vida cotidiana. É através dela que as pessoas chegam aos diversos pontos do bairro e da cidade. A calçada bem feita e bem conservada valoriza a casa e o bairro.

2. OBJETIVOS

Com o objetivo pretendemos sempre esclarecer, verificar, examinar alguma coisa, objeto, lei, dentro de determinados parâmetros.

O problema é a motivação da pesquisa, ou seja, é a pergunta ou perguntas que queremos responder com a nossa pesquisa.

As primeiras calçadas que se tem conhecimento foram construídas por volta do século IV a.C. em Pompéia, na Itália. Eram pedras elevadas colocadas em intervalos regulares.

Diferentemente de hoje, a função dessas calçadas era basicamente proporcionar que uma pessoa atravessasse a rua (caminho das carroças) sem contato com o esgoto, até então a céu aberto. Nos dias atuais, as calçadas devem ser bem planejadas antes da construção, para proporcionar fácil acesso a todos os habitantes, inclusive aos deficientes físicos, que em muitos casos as calçadas não apresentam uma estrutura adequada, dificultando a circulação dos mesmos.

Deve-se pensar também no conforte dos idosos, pois, “de acordo com a previsão da Organização Mundial de Saúde, em 2025, o Brasil será o 60 país do mundo em número absoluto de pessoas idosas” (MASSUDA e COSTA, 2012, p. 69). “O número de brasileiros acima de 65 anos deve praticamente quadruplicar até 2060" (BBC, 2013, p. 01). Conforme apontam essas estatísticas, o número de idosos aumentará, e por conta disso o planejamento das calçadas deverá promover conforto aos mesmos. Quantos casos já ocorreram de idosos que tropeçaram em um relevo na calçada e se machucaram? Um levantamento do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - sobre quedas e tropeços de pedestres, sem o envolvimento de veículos, ocorridos na calçada ou na via, revelou nove quedas por grupo de mil habitantes. O Brasil e o mundo têm de se preparar rapidamente para um futuro em que o idoso será muito mais presente socialmente do que hoje.

2.1. OBJETIVO GERAL

As calçadas para pedestres não são aquelas porções da rua que sobra quando da implantação das pistas para o automóvel. Tecnicamente, o espaço destinado às calçadas deve abrigar, além do passeio, os equipamentos de iluminação pública, sinalização e paisagismo. Devem, portanto, possuir dimensionamento suficiente para cumprir todas essas suas funções evitando, ao máximo, conflitos. A pavimentação das calçadas deve ser de responsabilidade do poder público e não dos proprietários dos terrenos lindeiros, da mesma maneira que são as pistas para os automóveis. As calçadas deverão ter padrões de revestimentos e estrutura de pavimento compatível com a circulação de pessoas, incluindo-se as pessoas com mobilidade reduzida, e eventualmente outros tipos de carga. Portanto, é fundamental a compreensão de que o planejamento das calçadas deve ser realizado da mesma maneira que se planeja a rede de vias para automóveis, caminhões ou ônibus, ou seja, considerando o volume de pessoas que circulam em cada trecho e criando rotas acessíveis e facilmente identificáveis, contínuas e com dimensões adequadas, permitindo o deslocamento fácil e seguro. Além disso, destaca-se no planejamento das calçadas a incorporação e valorização do paisagismo como elemento fundamental na composição e qualificação da paisagem e, portanto, do ambiente urbano. Afinal, quem anda mais devagar enxerga o caminho por onde passa.

Visando uma melhor organização e acomodação do trânsito de pedestres, é recomendável a setorização da calçada em três faixas, definidas pelo Guia de Acessibilidade Urbana editada pelo CREA-MG, e Prefeitura Municipal de Belo Horizonte da seguinte forma:

• Faixa de Serviço ou Mobiliário Urbano – faixa localizada entre a faixa livre e a pista de rolamento. Sua dimensão dependerá da largura das calçadas, no caso destas se apresentarem estreitas, deve-se garantir uma largura mínima de 1,20m para a faixa livre e o restante ficará reservado para a faixa de serviço ou mobiliário urbano. Recomenda-se, quando possível, que tal faixa possua a largura mínima de 1,00m.

• Faixa Livre – faixa da calçada destinada exclusivamente à livre circulação de pedestres, desobstruída de mobília- rio e equipamentos urbanos e demais obstáculos permanentes ou temporários. Deve possuir superfície regular, firme, contínua e antiderrapante sob qualquer condição e apresentar largura mínima recomendável de 1,50m e mínima admissível de 1,20m.

• Faixa de Acesso – faixa destinada ao acesso das edificações existentes na via pública, localizada entre o alinhamento das edificações e a faixa livre, desde que não interfira nesta última. Só será permitida nas calçadas largas, observando-se a reserva da faixa livre e da faixa de serviço ou mobiliário urbano. Esta faixa é utilizada como espaço de curta permanência, para usos diversos tais como: interação entre o pedestre e uma vitrine, local para aguardar resposta em um interfone ou campainha e acesso às edificações. A faixa de acesso apresenta dimensão variável, não sendo estabelecida para esta largura mínima.

Os pisos para o passeio (faixa livre para circulação) devem ser antiderrapantes. Ao escolher o material, deve-se procurar qualidade, durabilidade e facilidade de reposição, além de harmonia, estética e segurança. Os pisos devem ser executados sobre um lastro regularizado de concreto ou contrapiso, compatível com o piso utilizado sobre solo compactado e nunca devem ser assentados

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