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O Trabalho Dois

Por:   •  29/4/2021  •  Relatório de pesquisa  •  1.241 Palavras (5 Páginas)  •  208 Visualizações

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PEC I Prova 28/04/2021.

Mínimo 12 linhas para cada questão.

Prova escrita à caneta, digitalizada e enviada para email do professor (Id.uff).

Duração: 2 horas

1 – Estabeleça um diálogo entre o que Hugo Cerqueira chama de “virtude da justiça”, no texto “Trabalho e troca”, e o que Smith chama de “virtude da prudência”, no livro “A Riqueza das Nações”.  – 1 ponto

Para Hugo Cerqueira, a virtude é denominada através da justiça no sentido da imparcialidade através do diálogo com espectador imparcial, buscando enxergar o que os outros indivíduos não conseguem observar. A ideia de justiça para Cerqueira é nos colocarmos no lugar daqueles que sofrem com nossas ações. A virtude de prudência é quando o indivíduo age com auto controle, respeitando a moralidade vigente e buscando a aceitação da sociedade. Quando o indivíduo não age com prudência colocando seus interesses pessoais à frente da moralidade, ele está desestabilizando a justiça.

2-Apresente a crítica de Polanyi sobre a concepção de indivíduo desenvolvida por Smith. – 1 ponto.

Para Polanyi, são as instituições culturais de integração que moldam o comportamento "econômico" dos indivíduos numa sociedade complexa, e não tendências psicológico-comportamentais inatas, como as do homo oeconomicus neoclássico. As motivações que desencadeiam o comportamento econômico dos indivíduos só têm sentido dentro do ambiente institucional e das relações sociais em que eles estão inseridos. Então, para explicar a natureza da economia de mercado, Polanyi reconstrói os processos materiais e culturais que levaram ao seu surgimento como consequência da construção deliberada das instituições pelos seres humanos.

3-Estabeleça um diálogo entre Smith e Polanyi sobre o desenvolvimento do comércio e dos mercados.  – 1 ponto.

Smith e Polanyi analisavam o desenvolvimento do comércio e dos mercados com opiniões bastante distintas. Smith acreditava que o comércio tinha seu início dentro do respectivo país, com todas as interações, trocas e trabalhando começando internamente para depois serem exportados, fazendo o indivíduo depender das trocas para se manter. Polanyi enxerga o mercado externo como desnecessário, pois a produção interna supri todas as necessidades do indivíduo.

4-Qual a relação que Polanyi estabelece entre a invenção de maquinarias e fábricas complexas e o desenvolvimento dos mercados de trabalho e de terra? 12 linhas – 1 ponto

A invenção de máquinas complexas e especializadas alterou a relação do mercador com a produção ao conduzir ao desenvolvimento do sistema fabril. Na nova organização produtiva, a produção industrial deixou de ser acessória do comércio, de forma que o mercador não mais adquire as mercadorias já prontas, mas compra o trabalho necessário e a matéria-prima, organizando-os em fábricas mais complexas junto à maquinaria especializada. Desse modo, o negócio passa a envolver investimentos a longo prazo e riscos correspondentes. De fato, as máquinas eram dispendiosas e só seriam rentáveis se a continuidade da produção fosse garantida, permitindo gerar grande quantidade de mercadorias. Em outras palavras, a produção não pode ser interrompida pela falta de matéria-prima ou de mão-de-obra, o que significa que todos os fatores envolvidos teriam que estar disponíveis à compra, nas quantidades necessárias. Assim, pela exigência da garantia de fornecimento, era indispensável a ampliação do mecanismo de mercado aos componentes da indústria – trabalho, terra e dinheiro. Tal transformação da sociedade mercantil para a industrial envolveu a substituição da motivação da subsistência pela motivação do lucro e ameaça da fome.

5-Se o trabalho é que gera valor, como explicar o lucro dos empreendedores de capital, na concepção de Smith? – 1 ponto.

Para Smith, a rede de pessoas que trocam umas com as outras, pode ignorar muitas coisas e errar em suas avaliações. O empreendedor que tem lucro é alguém que descobriu um modo de usar os recursos disponíveis que o resto do mercado, em sua maioria, ainda não conhece, ou nunca pensou, ou pensou e considerou uma ideia ruim. Todo ato empreendedor é um ato de risco: é um lançar-se contra a opinião estabelecida, na crença e na esperança de que há uma possibilidade de criação de valor que tem sido ignorada; que há jeitos de se atender à demanda da população que ainda não foram tentados. Todo mundo pensa que um dado bem de capital pode, no máximo, produzir o valor X; e por isso ele é vendido pelo preço X; mas o empreendedor vê nele o potencial de produzir um valor maior que X; e assim começa um negócio. Se estiver certo, sua empresa terá lucro. Se estiver errado, prejuízo. A conclusão disso tudo é que não existe um "lucro normal", algo que todo empreendedor pode esperar e ter como garantido. Todo lucro é de certa maneira excepcional, fruto de um uso dos recursos que o resto do mercado não foi capaz de prever.

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