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Mito do chefe e dois trabalhos dramáticos

Tese: Mito do chefe e dois trabalhos dramáticos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/10/2014  •  Tese  •  477 Palavras (2 Páginas)  •  343 Visualizações

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Neste trabalho se pretende, tecer algumas considerações acerca do mito de Anfitrião e de duas obras dramáticas que abordam este mesmo mito: o Amphitruo, de Plauto e o Auto dos Anfitriões ou Enfatriões, de Camões.

Plauto foi um escritor do povo, dramaturgo de sucesso.

Camões é, sem sombra de dúvida, um cânone único, ofuscado pela grandiosidade da sua obra, mas pouco conhecido pelas suas obras dramáticas. Apesar destes dois escritores terem visões do mundo muito diferentes, não só pelos anos que os separam, como pela própria sociedade onde viveram e interagiram, trataram um mesmo tema: um mito antigo, já muito representado.

O que trata este mito: Júpiter, deus supremo, apesar da sua condição de casado, era o mais espontâneo, galanteador e namoradeiro de todos os deuses. Era incapaz de resistir ao encanto de uma figura feminina bonita, quer esta fosse deusa quer fosse humana. Eram frequentes as suas traições e a sua esposa Juno conseguia descobri-las, tornando a sua existência complicada, devido aos seus ciúmes. Para poder enganá-la, recorria a estratagemas diversos. Um deles era o de “mudar de pele sempre que tinha vontade.1

No caso da traição com Alcmena, esposa de Anfitrião, Júpiter, instigado por Mercúrio, seu filho, toma para si a aparência de Anfitrião, que se encontra ausente na guerra contra os Teléboas. Para que o engano possa ser mais convincente, Mercúrio pede a Júpiter que dê também a si próprio a aparência de Sósia, criado de Anfitrião. É com estes pares que se desenrola a história, com confusões com os duplos, com crises de identidade, confusões e equívocos.

Júpiter põe término a todas estas confusões, quando Alcmena é acusada, pelo marido, de mentirosa e infiel. Explica o que aconteceu, Anfitrião atenua a sua dor e Júpiter volta para o Olimpo. Júpiter alerta ainda para o nascimento de gémeos, a partir do relacionamento com Alcmena: um, filho de Anfitrião – Ificles – e o outro, filho de Júpiter – Hércules, um semi-deus.

Este é, resumidamente, o mito de que tratam nas suas obras Plauto e Camões. Este mito está por trás de outras variadas obras, de outros vários autores, ao longo dos tempos.

O Amphitruo de Plauto é uma das comédias mais imitadas e mais estudada ao longo dos tempos. É também uma fonte do latim vulgar principalmente no que diz respeito à fala da personagem Sósia. Este autor sabia como ninguém construir as suas personagens, a sua acção, a linguagem que empregava, sempre de forma a não perder a atenção do público e o seu riso.

O Auto dos Anfitriões ou Enfatriões de Camões é uma peça pouco estudada, assim como a generalidade do teatro camoniano5. É uma peça com uma forte influência do teatro vicentino, tanto nalgumas personagens, como na métrica que usa. Camões dá ao tema do amor uma maior relevância e projeção do que Plauto e as suas personagens são também mais humanistas.

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