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O Transtorno do Espectro Autista (TEA): Conceito

Por:   •  12/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.632 Palavras (7 Páginas)  •  86 Visualizações

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PROTEJO ARQUITETONICO DE UM ESPAÇO SENSORIAL PARA CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPRECTO AUTISTA (TEA)

Transtorno do Espectro Autista (TEA): Conceito

Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno global de desenvolvimento que afeta o sistema nervoso central e se caracteriza por uma gama de características variáveis presentes em três principais áreas do desenvolvimento, quais sejam: interação social, linguagem e comunicação, desenvolvimento motor, comportamentos repetitivos e hipersensibilidade sensorial.

Entretanto, a palavra espectro não se digere apenas uma característica, e sim, a uma inumerável possibilidade de características – ou seja, para cada indivíduo manifesta comportamentos singulares em maior ou menor grau de forma conjunta ou isolada das demais características.

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o autismo não é uma doença e sendo assim, também não tem cura. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) afeta a forma como uma pessoa percebe o mundo e se socializa. Dessa forma, elas podem ter dificuldades de interação social e comunicação. Porém, muitas pessoas com autismo conseguem realizar todas as suas atividades diárias, enquanto outros podem necessitar de ajuda (KLIN, 2006)

Arquitetura Inclusiva

A arquitetura inclusiva para autistas é uma forma de projetar espaços que levem em consideração as necessidades específicas das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa abordagem visa criar ambientes mais seguros, confortáveis e acolhedores para os autistas, permitindo que eles possam interagir com o mundo ao seu redor sem se sentirem sobrecarregados ou desorientados.

O papel social da arquitetura na criação do espaço Sensorial para Crianças Autistas

Um espaço sensorial é um ambiente controlado projetado para estimular os sentidos de uma criança. É um lugar onde as crianças expõem diferentes texturas, sons, cores e movimentos sem se sentirem sobrecarregadas. Esses espaços são especialmente úteis para crianças autistas, pois ajuda a regular suas emoções e comportamentos, além de melhorar sua capacidade de processar informações sensoriais.

Uma das características apresentadas na criança autista é a “necessidade de imutabilidade” que se manifesta no seu comportamento em relação às mudanças no seu ambiente, como no deslocamento de móveis ou pinturas de paredes, questões mínimas, mas que podem provocar reações adversas no indivíduo (ALBUQUERQUE, 2013).

 Os espaços sensoriais oferecem uma série de benefícios para crianças autistas. Eles podem ajudar a reduzir a ansiedade, aumentar a concentração e melhorar a coordenação motora. Além disso, esses espaços também podem ajudar a melhorar a comunicação e interação social, permitindo que as crianças pratiquem habilidades sociais em um ambiente seguro e controlado.

A criação do espaço sensorial pode parecer um intimidante para a maioria das pessoas, mas é mais simples do que parece. É importante escolher um local tranquilo e livre de distrações, como uma sala vazia ou um quarto silencioso. Elementos sensoriais, como luzes coloridas, música suave, brinquedos texturizados e equipamentos de movimento.

Essa arquitetura em oficio será necessário garantir o direito de acessibilidade não apenas a delimitações físicas, mas também mentais, intelectuais e sensoriais, como declarou o arquiteto Nickson Dias, “a cidade funciona como um laboratório para os autistas, onde seu cérebro mapeia cada detalhe, e quando apresentado padrões de desordem pode lhe causar confusão e até regressão em tratamentos” (SILVA, 2021)

Os espaços sensoriais é uma ferramenta valiosa para ajudar crianças autistas a desenvolver habilidades sensoriais e sociais. Eles oferecem uma maneira segura e controlada para as crianças experimentarem diferentes tipos de estímulos, o que pode ajudá-las a regular suas emoções e comportamentos.

Ao criar um espaço sensorial e integrá-lo à terapia ocupacional, os pais e terapeutas podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das crianças autistas e ajudá-las a alcançar seu potencial máximo através de um projeto arquitetônico que envolve a criação de um ambiente controlado e seguro para expor a criança a esses diferentes estímulos sensoriais.

Características que transforma o espaço sensorial convidativo e atraente para as crianças autistas

A criação de um espaço convidativo para crianças autistas é uma tarefa que requer muita atenção e cuidado. É importante garantir que o ambiente seja seguro, confortável e adequado às necessidades específicas dessas crianças. Além disso, é fundamental considerar a importância do estímulo sensorial e da interação social em todo o processo. Assim, em um ambiente adequado pode ajudar a promover o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças autistas.

No projeto arquitetônico voltada para crianças autistas precisa levar em conta a sensibilidade do ambiente, uma vez que essas crianças são altamente sensíveis aos estímulos. É importante considerar o impacto dos sons, luzes e texturas no espaço projetado. Alguns conceitos que podem promover melhoria nesse sentido incluem o uso de materiais acústicos, iluminação suave e a criação de espaços com diferentes texturas e cores para estimular os sentidos da criança.

Para muitas crianças autistas, o conforto e aconchego são fundamentais para se sentirem seguras e relaxadas. Por isso, é importante escolher móveis e materiais que sejam macios, confortáveis e agradáveis ao toque.  Vale considerar as preferências individuais de cada criança. Algumas podem preferir ambientes mais acolhedores e íntimos, enquanto outras podem preferir espaços mais amplos e abertos.

Ao criar um espaço para crianças autistas, a segurança deve ser a principal preocupação. É importante garantir que o ambiente seja livre de perigos, como objetos pontiagudos ou móveis instáveis. Vale ressaltar a importância de prestar atenção à iluminação e ao som. Algumas crianças autistas são sensíveis a luzes brilhantes ou sons altos, portanto, é importante ajustar esses elementos para evitar desconforto ou sobrecarga sensorial, os quais são abordados nos tópicos seguintes.

Organização e simplicidade

Crianças autistas costumam se sentir mais seguras em ambientes organizados e simples. Por isso, é importante manter o espaço livre de objetos desnecessários e evitar excesso de estímulos visuais ou sonoros. Uma boa ideia é utilizar prateleiras ou caixas para guardar brinquedos e outros itens, mantendo o chão livre para a circulação da criança.

Iluminação Adequada

A iluminação é um fator crucial para tornar-se um ambiente convidativo para crianças autistas. É importante que a luz seja suave e difusa, evitando sombras e reflexos que possam causar desconforto ou distração. Além disso, é recomendável utilizar luzes de cores quentes, como amarelo ou laranja, que transmitem sensação de acolhimento e segurança.

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