Produção Social da Moradia

        

RESUMO CRÍTICO SOBRE PRODUÇÃO SOCIAL DA MORADIA

Março de 2016, Patos – PB

PRODUÇÃO SOCIAL DA MORADIA

A grande problemática do crescimento populacional começou a ocorrer apartir do século XIX, quando a maioria da população migrou do campo para a cidade. A partir dai, quando as cidades começaram a receber muitas pessoas vindo do campo, começa o inchaço populacional, causador do sistema de crescimento mal planejado e avassalador das cidades. Os estados não podiam intervir nessas cidades que estavam recebendo um grande aglomerado de pessoas fazendo suas moradias informalmente, onde as mesmas não eram regularizadas, a partir dai, formam-se o crescimento das cidades mal planejadas, onde a demanda era maior que a oferta.

O debate em si, relata a politica habitacional ao longo de períodos determinados, sendo o principal foco a habitação de interesse social. A moradia nesse período passa a ser uma das principais formas em que as grandes empresas de especulação mobiliaria passam a construir a partir de programas de financiamentos, cujo principal produto era, a habitação das pessoas sendo comercializada.

Eis a questão, as grandes cidades recebiam a grande mudança do dia pra noite, onde as pessoas, em busca de emprego, se instalavam onde sua renda permitisse, o principal causador desse fatos devastador, não é só a cidade, e sim também as politicas publicas do Brasil, pelo fato de que, se não oferecem emprego, como essas pessoas podem ter uma moradia digna, como essas pessoas iriam financias suas próprias casas se não tinha uma renda fixa, tudo bem, os financiamentos tiraram milhares de pessoas das ruas, mais a infraestrutura oferecida era boa? Eis a questão.

Sem emprego, sem renda, sem moradia, os principais beneficiados com essa alta especulação e esse grande crescimento das cidades, era sim o poder publico, a cidade crescia a demanda, mais a oferta também, cujo principal fator que não era favorável, era o crescimento e a expansão da cidade, que em anos, cresceu o que deveria crescer em décadas.

Essa questão habitacional, foi dividida em três períodos, das quais foram, de 1964 a 1986, onde na mesma época ocorria o regime militar no Brasil. Nesse inicio período surge o BNH, Banco Nacional de Habitação, e no ano de 1986 com o fim do regime é acabado esses financiamentos habitacionais. A outra época é divida entre os anos de 1986 a 2003, e de 2003 até os anos de hoje.

No Brasil entre os anos de 1964 e 1986, foram financiados mais de 25% das novas moradias nas cidades, mais volto a repetir, e as pessoas que não tinham acesso a um emprego digno para pagar esses financiamentos? Que migravam do campo para a cidade atrás de emprego, e o fim eram em curtiços, pois a cidade não oferecia uma moradia digna a essas pessoas, existiam financiamentos? Tiraram milhares de pessoas da mizera? Sim, mais em compensação, o resto da elite social baixa sofria com esses planos mal elaborados que não pensavam em um todo, mais em só uma parte da sociedade.

Ou seja, durante quase 20 anos da existência desse BNH, ele não foi o suficiente para suprir a necessidade  e o déficit dos grandes inchaços que as cidades estavam passando, mesmo sendo construídos quase 250 mil habitações. Esse plano ele se virava mais para pessoas de renda media, pois tinham uma certa renda que poderiam pagar esses financiamentos, o erro era em não se pensar em formas de programas que essas próprias pessoas podesem trabalhar e pagarem sua casa, relembrando, pessoas de baixa renda o erro do déficit, foi do governo, que pensou em fazer cidade do modo em que ele via, mais não pensar só no seu bolso.