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RESENHA DO LIVRO: MORFOLOGIA URBANA E DESENHO DA CIDADE

Por:   •  28/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  8.674 Palavras (35 Páginas)  •  3.553 Visualizações

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ALEXANDRO GASPARINI LAROCCA

HENRIQUE GABRIEL ROVIGATTI CHIAVELLI

LUANA JÉSSICA CAPELIN

RESENHA DO LIVRO: MORFOLOGIA URBANA E DESENHO DA CIDADE – LAMAS (2004)

DISCIPLINA: DEC 4004 – PLANEJAMENTO DOS SISTEMAS URBANOS

PROFESSOR: DR. IGOR VALQUES

MARINGÁ – PARANÁ

2016

1. Referência bibliográfica

LAMAS, J. M. R. G. Morfologia urbana e desenho da cidade. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbentrian, 2004. 590 p.

2. Bibliografia do autor

José Manuel Ressano Garcia Lamas, nascido em Lisboa no ano de 1948, é licenciado em Arquitetura pela ESBAL em 1972, é Doutor em Urbanismo pelo Institut d`Aménagement Régional d`Aix-en-Provence em 1975. Professor do departamento de Planejamento Urbano e Projeto de Arquitetura da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, onde fez doutorado em Planejamento Urbanístico em 1990. É diretor de revistas de arquitetura, membro da Associação Internacional de Críticos de Arte da Associação de Urbanistas Portugueses e da Ordem dos Arquitetos. Autor de vários projetos de edifícios, equipamentos e planos de urbanismo.  Em 1998 desenvolveu um trabalho que foi premiado no Concurso Europeu de Urbanismo da C.E. – Conselho Europeu de Urbanistas.

3. Resumo da obra

Capítulo 1 – Introdução

O trabalho com a temática do referido livro foi iniciado pelo autor no ano de 1974 quando estava fazendo doutorado. A tese por ele apresentada abordava questões referentes à como desenhar a cidade e qual a intervenção e o papel da arquitetura (e do arquiteto) no desenho urbano e no processo de produção da cidade.

Este trabalho foi motivado visto à insatisfação pelos resultados da cidade moderna levando profissionais a procurarem uma saída para a crise urbanística e da própria arquitetura da época.

Destaca o autor, que a arquitetura tem por objetivo a criação de um ambiente propício à vida humana. Desta forma, a construção da cidade e a solução dos problemas do ambiente humano exigem atualmente inúmeras qualidades, vários conhecimentos e a ação de indivíduos com saber e criatividade que se tornam executantes de uma vontade coletiva.

Capítulo 2 – A morfologia urbana

2.1. A morfologia urbana

Existem três pontos essenciais sobre a morfologia urbana:

- a morfologia (urbana) é o estudo da forma do meio urbano nas suas propriedades físicas e exteriores, e na sua produção e transformação no tempo.

- um estudo de morfologia urbana trata-se da divisão do meio urbano em partes e da articulação destes entre si e com o conjunto que definem os lugares que constituem o espaço urbano. Tem-se então a necessidade de identificação dos elementos morfológicos, seja em ordem a leitura ou análise do espaço, seja em ordem a sua concepção ou produção.

- para um estudo morfológico é necessário levar em consideração os níveis ou momentos de produção do espaço urbano. Esses níveis possuem dentro da disciplina urbanístico-arquitetônica, uma lógica própria, articulada sobre estratégias político-sociais.

2.2 A forma urbana

O autor define forma urbana como sendo o aspecto da realidade, ou modo como se organizam os elementos morfológicos que constituem e definem o espaço urbano, relativamente à materialização dos aspectos de organização funcional e quantitativa e dos aspectos qualitativos e figurativos.

Os aspectos quantitativos se referem a densidades, superfícies, fluxos, coeficientes volumétricos, dimensões, perfis e etc. Os aspectos de organização funcional estão relacionados com as atividades humanas e também com o uso de uma área, espaço ou edifício. Os aspectos qualitativos referem-se ao tratamento dos espaços, ao conforto e a comodidade do utilizador. E os aspectos figurativos se relacionam com a comunicação estética.

O autor faz relações entre forma e contexto, forma e função e forma e figura.

Forma e contexto: qualquer forma deve satisfazer um conjunto de medidas que se designa geralmente por contexto. Ao longo da história do urbanismo, com a variação dos contextos surgiram diferentes propostas de desenho urbano, mesmo utilizando elementos morfológicos idênticos. Essa mudança de contexto faz com que mude as formas, visto a necessidade de respostas a diferentes situações.

Forma e função: a forma terá de se relacionar com a função, de forma que permita o desenvolvimento eficiente das atividades que na cidade se processam. O autor cita os princípios da arquitetura formulados por Alberti, que são: a commoditas, que relaciona função a um programa, afirmitas, onde a estrutura depende da técnica e a voluptas, que é a intenção estética.

Forma e figura: refere aos aspectos estéticos do urbanismo. Os valores estéticos só são comunicáveis através dos sentidos, ou seja, os aspectos sensoriais são determinantes na sua compreensão.

2.3 Produção e forma da cidade e produção e forma do território

Estendendo a noção de forma urbana a todo o território, pode-se utilizar a noção de forma do território. A área de estudo da morfologia será então todo território como lugar de intervenção da arquitetura.

2.4 Dimensões espaciais na morfologia urbana

O autor explica as mais diversas dimensões da forma urbana, sendo elas:

Dimensão setorial – a escala da rua: será a menor unidade com forma própria. Refere-se a uma rua ou uma praça. Nos estudos de Gordon Cullen ou de Ivor de Wolff, tem uma ideia de que as características dessa dimensão são fachadas, mobiliário urbano, pavimentos, cores, texturas, letreiros, árvores, monumentos isolados e mais elementos que organizados definem a forma urbana.

[pic 1]

Figura 1 – A Praça do Plano Diretor da EXPO 98 apresentado pela candidatura Portuguesa ao B.E.I. (1991/1992) (arquitetos Carlos Duarte e José Lamas) como exemplo de espaço individualizado á dimensão setorial.

Dimensão urbana – a escala do bairro: a partir desta dimensão é que se tem verdadeiramente a área urbana, a cidade ou parte dela.

Dimensão territorial – a escala da cidade: nesta dimensão, a forma se estrutura através da articulação de diferentes formas a dimensão urbana, diferentes bairros ligados entre si. A forma das cidades é definida pela distribuição de seus elementos sendo eles, o macrossistema de arruamentos e os bairros, as zonas habitacionais, centrais ou produtivas, que se articulam entre si e com o suporte geográfico.

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