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RESENHA DO TEXTO: POLÍTICAS URBANAS PARA O CENTRO DE SÃO PAULO

Por:   •  16/5/2018  •  Resenha  •  1.385 Palavras (6 Páginas)  •  623 Visualizações

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O texto aborda as intervenções do estado nas áreas centrais da cidade ditas como “degradadas”, o autor enfatiza o fato de que as áreas centrais da cidade serem o tema mais abordado e discutido entre arquitetos e urbanistas.

A migração e abandono dessas áreas estão sujeitas a como o estado e o mercado operam nessas e em outras regiões, com investimento em novas áreas da cidade ocorre a migração para essas novas áreas.

Para mudar essa realidade o poder público de várias cidades do mundo vem interferindo com projetos de intervenção, feita basicamente de duas maneiras:

• Erradicação: essa renova o ambiente, cria novos edifícios, muda a cara do local, mudando também o público que frequenta e mora nessas regiões.

• Reabilitação: Nesse caso, são mantidas as características e são feitas melhorias.

Analisando os últimos 50 anos de intervenções nas a partir das cidades europeias, para a sua reconstrução no pós-guerra.

Sob influência de Le Corbusier e dos preceitos modernistas (CIAMs e Carta de Atenas), querendo romper com um passado doloroso e sobe a influência de novas tecnologias a reconstrução dessas cidades focam na renovação do tecido urbano. Mesmo não tendo passado pela destruição das guerras os Estados Unidos também adotou o processo de renovação para essas áreas ditas “degradadas”, criou-se a Lei de Habitação, que com investimento federal, desapropriou e remodelou bairros, foram construídos também conjuntos habitacionais periféricos para a população que antes habitavam cortiços destruídos pelo governo (pobres e afrodescendente).

Caro (1975) demonstra como Robert Moses1, o “corretor do poder”, utilizou-se dessa legislação e influenciou direta e indiretamente a política urbana americana no período. Entre 1949 e 1960, sob seu comando, a cidade e o estado de Nova York gastaram US$ 267 milhões em um vasto projeto de reformulação de sua região metropolitana, em programas de erradicação de cortiços, renovação urbana, construção de vias expressas e parques, abrindo frente para a especulação imobiliária e expulsando a população mais pobre (Nobre, 2008).

Isso gerou reações populares e questionamentos da política de reconstrução adotada, os efeitos e consequências geradas foi objeto de estudos urbanos e sociológicos, quebra dos vínculos sociais, afastamento da população das áreas onde se localizavam empregos e serviços e a importância do tecido histórico.

Em 1970, os estudos dessas áreas se voltaram a reabilitação, unindo-se a população os governos começam a criar novas políticas de intervenção nessas áreas, em Bolonha o governo comunista elaborou um projeto de preservação do centro histórico e manteve a população de baixa renda nessa região, criando habitação popular nos edifícios históricos.

O centro de São Paulo: ascensão e “declínio”

Após passar três séculos dentro do triangulo histórico, São Paulo no século XIX tem um crescente aumento da sua população, os imigrantes chegam para trabalhar nas fazendas de café.

Devido ao grande aumento da população e os investimentos imobiliários, a cidade cresce, iniciam-se os loteamentos das chácaras próximas ao centro e a cidade cresce seguindo a ferrovia. Apesar da cidade crescer radialmente, esse crescimento foi seletivo, para a região oeste (terrenos com topografia menos elevadas), foram criados bairros para a elite de São Paulo, já as terras baixas a leste, foram deixadas para as classes populares, desde o início da urbanização a segregação já pode ser determinada.

Nesse período as intervenções nas áreas centrais com reestruturação viária, construção de parques, praças e jardins, alargamento e criação de ruas. A desapropriação de cortiços e fundos de lotes para a criação do parque do Anhangabaú, praça do patriarca e Teatro Municipal, são exemplos da política que beneficiava a elite.

Nessa mesma época foi proibido a instalação de edificações para usos “incômodos”, como cortiços e matadouros, assim a elite paulistana não seria incomodada.

No final do século 19, a ocupação da elite chegou até espigão da Paulista, pois do contrário encontrariam a Barra Funda (bairro então industrial), e foi seguindo em direção a várzea do Pinheiros, onde a City comprou 1 milhão de metros quadrados e criou os “bairros-jardins”.

Em 1920 com a industrialização da cidade, São Paulo começa a se verticalizar e opta por uma politica rodoviárista, com a construção de várias radiais, a valorização e verticalização dessas áreas impede cada vez mais o acesso a população de baixa renda e causa a expansão da periferia.

Nos anos 1950 e 1960 a região da Paulista de consolida como o cetro das elites e a área central da cidade como centro popular, com isso as camadas da elite paulistana começam a abandonar o centro foi se deteriorando, por falta de investimento das classes mais poderosas e do governo.

Entre 1980 e 2000 os investimentos públicos e privados na região sudoeste, gerou um aumento no número de edifícios vagos no centro antigo, quase 600mil m², em paralelo a isso a construção da cidade continua expulsando as populações de baixa renda em direção as áreas cada vez mais distantes, enquanto o centro perde população em torno de 4% ao ano a periferia cresce em média 6% ao ano (NOBRE, 2004).

As respostas do poder público: planos e projetos para o centro

A prefeitura em resposta ao esvaziamento do centro, começaram desapropriando o edifício Martinelli, um dos principiais símbolos da historia de São Paulo, com seus 30 andares era utilidado como cortiço e a partir de então o edifício abriga varias secretarias municipais, criou-se também 7km calçadões em ruas para a

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