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MODELOS DE TRANSPORTE E PLANOS DE MOBILIDADE URBANA NA CIDADE DE SÃO LUIZ DO MARANHÃO

Por:   •  11/6/2018  •  Projeto de pesquisa  •  3.387 Palavras (14 Páginas)  •  348 Visualizações

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MODELOS DE TRANSPORTE E PLANOS DE MOBILIDADE URBANA NA CIDADE DE SÃO LUIZ DO MARANHÃO

A capital do Estado do Maranhão, São Luís, localizada na macrorregião Nordeste do Bra¬sil é uma cidade de porte médio, sendo do país a única cidade fundada por franceses. Em 1998 concentrava 819.799 pessoas ou 15,31% do total estadual em uma superfície equivalente a apenas 0,25% do terri¬tório maranhense. Nela estão aglomeradas as atividades eco¬nômicas mais proeminentes relativas aos seto¬res terciário e secundário.

O presente trabalho ira abordar o sistema de transporte coletivo público (ônibus) da cidade, analisando-o bem como descrevendo as mudanças ocorridas no plano de mobilidade urbana da cidade. Buscou-se descrever detalhadamente o histórico, as características e os processos de licitações ocorridos.

Figura 1- Localização de São Luís

Fonte: Wikipédia (2018)

A CIDADE

São Luís é um município brasileiro que é capital do estado do Maranhão. Foi fundada pelos franceses, em 8 de setembro de 1612, mas coube aos portugueses colonizarem à capital. É localizada na ilha de Upaon-Açu no Atlântico Sul, entre as baías de São Marcos e São José de Ribamar, no Golfão Maranhense.

Quando o Brasil foi dividido em duas unidades administrativas Estado do Maranhão e Estado do Brasil, São Luís foi a capital da primeira unidade administrativa. Com a herança deixada pelos portugueses dos séculos 18 e 19 de mais de três mil sobrados e casarões que se espalharam pelas ruas e praças, no ano de 1927 a cidade foi tombada pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade.

Sua população é estimada em 1.091.868 habitantes, segundo estimativa do IBGE e sua densidade demográfica é de 1.215,69 hab/km², sendo assim o município mais populoso do Maranhão e o 15° do país. Sua área é de 831,7 km², do qual 157,5656 km² estão em perímetro urbano.

Devido a sua posição estratégica entre as regiões Norte e Nordeste do país, bem como o seu litoral estar localizado próximo de grandes centros importadores de produtos brasileiros como Europa e Estados Unidos, permitindo uma economia de combustíveis e redução no prazo de entrega das mercadorias provenientes do Brasil pelo Porto de Itaqui, que é o segundo mais profundo do mundo e um dos mais movimentados, sofisticados e bem estruturados para o comercio exterior, a cidade tem sido um atrativo por grandes corporações e empresas de diversas áreas, tendo assim desenvolvido seu setor industrial.

A cidade é ligada ao interior do estado e ao estado do Piauí pela ferrovia São Luís-Teresina, aos estados vizinhos Pará e Tocantins pela ferrovia Estrada de Ferro Carajás e Ferrovia Norte-Sul, sendo esta conectada com a Região Centro-Oeste do país, facilitando e economizando a escoação agrícola vinda do interior do país para o Porto de Itaqui. A rodovia que serve a capital maranhense é a BR-135, que atualmente encontra-se em processo de duplicação. E o Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, com capacidade de 5.900.000 passageiros por ano realiza o transporte aéreo principal do estado.

SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO PÚBLICO EM SÃO LUÍS

1. HISTÓRICO DE MOBILIDADE URBANA

Até a década de 1960 eram utilizados ônibus e bondes como principais meios de locomoção na capital, onde quase todas as localidades haviam transporte para o Centro, porém alguns bairros o serviço era monopolizado por apenas uma empresa de ônibus.

O sistema de transporte coletivo público de São Luís como existe hoje, foi concebido a partir do ano de 2000, com o plano de restruturação do transporte público da cidade. Antes disso, iniciou-se o sistema de integração, com a possibilidade de troca de ônibus dentro de um terminal sem pagar outra passagem. Isso aconteceu em janeiro de 1996, na gestão da prefeita Conceição Andrade, onde deram inicios as primeiras reformas nos planos de mobilidade urbana na capital, sendo a primeira mudança uma lei municipal nº 3430 que deixou sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SEMTUR) a gestão, fiscalização, operação e execução do transporte público, bem como a elaboração das linhas de ônibus e contratação das empresas para a operação do serviço.

No mês de setembro do mesmo ano, foi inaugurado o primeiro terminal da capital, o Terminal da Praia Grande, que foi um marco inicial do sistema, onde foram integradas boa parte das linhas de transporte existentes.

Com o crescimento da demanda e a busca pelo melhoramento do sistema, houve a necessidade de elaboração do plano para a implantação do sistema completo, com outros terminais e novas linhas, o que exigiu estudos e pesquisas para avaliar a situação e indicar o novo formato do sistema de transporte coletivo público da cidade. Para tanto, foi contratada a empresa VERTRAN _ Gerenciamento e Controle de Tráfego Ltda, com sede em Belo Horizonte – MG. As pesquisas foram realizadas incialmente com estudos do sistema então vigente e posteriormente com base nos resultados do documento anterior, foi elaborado um novo planejamento para a implantação do SIT – Sistema Integrado de Transportes de São Luís.

A partir de 2004, com a nova gestão do prefeito Tadeu Palácio, deu início a expansão de todo o Sistema Integrado, e a construção de mais quatro terminais de integração, bem como a divisão do sistema em seis áreas operacionais: Praia Grande, São Cristovão, Distrito Industrial, Cohab-Cohatrac, Cohama-Vinhais e Rio Anil.

No fim da década, linhas semiurbanas foram integradas ao sistema, passando ao SIT atender os municípios de São Jose de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

Vale lembrar que este é o único meio de transporte de massa em São Luís, portanto estima-se que cerca de 700.000 pessoas o utilizem diariamente

2. LICITAÇÕES

No começo todas as empresas de ônibus que operavam na cidade até 1996 foram contratadas em caráter emergencial, e haviam planos para ocorrer uma licitação em até 10 anos, sendo a data limite o ano de 2006. Mas isso não aconteceu, e durante 20 anos o transporte público na capital foi operado sem nenhuma licitação, o que ocasionou aumento nas tarifas, paralisações, cartelização e outros problemas.

Devido a tais acontecimentos, no dia 7 de julho de 2010, o Ministério

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