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Urbanismo

Por:   •  11/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.019 Palavras (5 Páginas)  •  505 Visualizações

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Arquitetura e urbanismo _ Urbanização Brasileira II

Texto: Espaço Intra- Urbano no Brasil. Villaça, Flávio.

Quais os processos socioespaciais intra- urbanos mais significativos e importantes? Por quê?

  1. Seria a versão intra-urbana do desenvolvimento regional e planetário desigual? Seria então a do desenvolvimento desigual do espaço intra-urbano? Limitar-se – ia esse espaço à questão centro x periferia?

Flavio Villaça apresenta a complementariedade das expressões intra urbano e intra regional, Inclusive faz uma referencia ao Brasil. De acordo com o texto, as reestruturações tanto regionais, quanto planetárias incluem as redes urbanas como principal elemento das estruturas territoriais estudadas. Porém se os termos se distinguem quando fazem referencia aos deslocamentos, sendo que os processos socioespaciais intra-urbanos são definidos pela movimentação de indivíduos, seja como ou consumidor ou força de trabalho, o qual tem maior poder estruturador, se comparado à transição de informações ou energia.

O autor justifica tal poder citando o centro urbano, cuja atratividade se dá através das áreas comerciais e de serviço. Mas pontua: (...) “em qualquer ponto do espaço intra- urbano ou intrametropolitano, o custo da energia e das comunicações são iguais, tornando esses espaços uniformes ou homogêneos do ponto de vista da disponibilidade de energia e das comunicações. Com os transportes, especialmente o de seres humanos, a questão é totalmente distinta. No tocante a eles, o espaço intra- urbano é altamente heterogêneo”.

  1. Seria uma eventual tendência das metrópoles no sentido de desconcentração polinucleada e da formação de enormes “nuvens urbanas”, como as identificadas por Gottdiener (1985), que existiam apenas nos Estados Unidos?

A partir da tendência de desconcentração, própria das metrópoles e exposta no texto, por Gottdiener, configura- se um processo socioespacial, recente, de notável importância. Com o crescimento das cidades, vários núcleos de consolidam, alcançando uma escala de influencia tanto social, quanto territorial, característica de uma região. Além da crise, elemento gerador de dispersão, o mesmo teórico considera a desconcentração como consequência de fatores independentes: racismo, gastos militares, o setor imobiliário, intervenção ativa do Estado na transferência global do valor, a tecnologia e o conhecimento para a transformação das forças de produção, e ainda a pratica de fazer fontes de mão- de- obra critério para decisões sobre localização.

  1. Seria a chamada “decadência” dos centros principais (CDBs- Central Business District)?

A decadência dos centros é um acontecimento relativamente novo, pois tem inicio com o advento do automóvel, é através da facilidade de deslocamento que as camadas de alta renda deixam os centros.

  1. Seria o surgimento de novos centros alternativos aos CDBs?

Um dos questionamentos presentes na obra trata a origem de novos centros: (...) “Por que, em nossas metrópoles, os centros tradicionais- agora num sentido intra-urbano- entram em decadência e surgem centros novos? (...)”. É presente ainda outra indagação sobre a manutenção da atividade financeira a se fixar nos centros velhos.

A globalização e a acumulação flexível comadas à sociedade informacional são argumentos convincentes de que os centros tradicionais são deixados em função de novas situações e instalações. Castells explora a ideia de que “(...) as cidades que ocuparem uma posição hierárquica inferior na nova rede informacional manterão uma estrutura urbana mais tradicional. (...)”. O crescimento populacional demanda a expansão territorial, em consequência um aparato que atenda seu desenvolvimento.

  1. Seria o deslocamento e/ou expansão dos centros principais antigos e a formação dos chamados “centros expandidos”?

Pode-se considerar essa como uma hipótese importante à significação dos processos socioespaciais, pois no texto o autor ilustra o deslocamento ou a chamada expansão dos centros principais antigos, através da saída de classes abastadas paulistas, em direção ao subúrbio. Ou seja, a localização e suas implicações são fundamentais ao entendimento de tais processos, uma vez que há relação com o âmbito socioeconômico, é citado no texto a dialética socioespacial (Soja, 1980).

Quanto aos “centros expandidos”, considerados pelos urbanistas brasileiros como amplas áreas centrais afastadas dos centros tradicionais, não são tratados com clareza, nos estudos de Castells (1994, 126), o qual relata  equivalência  às áreas metropolitanas e ainda menciona a detenção de uma infraestrutura de comunicações e instituições tecnológicas.

  1. Seria a segregação urbana? Seria não só a segregação, mas a posição relativa das áreas segregadas no espaço urbano, como na descrição de Manchester feita por Engels (1978, 579) em The condition of the working class in England in 1844 ou nas de Burgess (1968, 47) para Chicago?

Os traços definidores das estruturas e conflitos de classes são manifestados por meio da segregação, contraria à ideia de unidade descrita por Engles. A dinâmica construtiva é uma das responsáveis por elitizar certas áreas da cidade, reservar espaços residenciais para classes media no centro e, portanto, excluir as camadas populares, levando-as à periferia. Os investimentos voltados aos centros das grandes cidades são geradores desta diferenciação segregacionista. No capitulo, os autores Negri e Pacheco identificam três modelos produção e suas prováveis localizações, à exemplo os serviços produtivos e financeiros, que tendem à  localizar-se no centro de grandes cidades, como Manhattan.

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