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A Contabilidade Internacional

Por:   •  6/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.662 Palavras (15 Páginas)  •  251 Visualizações

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Quais os desafios para o contador frente à contabilidade internacional?

ETAPA 1:

 

Sabemos que os contadores passam por um vasto processo de mudança cultural para tentar implantar e uniformizar um sistema que seja favorável para a contabilidade entre países.  As referências contábeis podem variar consideravelmente de um país para o outro, de acordo com os Princípios de Contabilidade que os governam. Gerando muitos desafios para o contador e muitas mudanças a serem feitas, pois grandes são as influências no ambiente em que atua. Além de ter que assimilar conceitos totalmente novos. Mesmo com  mudanças conceituais no processo de reconhecimento, mensuração e divulgação dos fenômenos patrimoniais, o contador ainda encara desafios na compreensão de conceitos na área de TI (tecnologia da informação), na implantação, supervisão e validação de arquivos digitais (Sped Fiscal, Sped Contábil, Nota Fiscal Eletrônica, e-LALUR, Manad, IN 86, FCONT etc.), sem contar com os desafios de acompanhar diariamente a complexa legislação tributária reinante em nosso país.
Estamos cada vez mais conscientes das necessidades de se relacionar com outras áreas do conhecimento humano, relacionadas à contabilidade. A interdisciplinaridade com direito, economia, administração e a matemática é urgente e vital para que o contador possa ter sucesso na administração de sua carreira neste novo cenário que se faz presente. A maior prioridade são os investidores para que as leis contábeis sejam ajustadas por igual é que se tenha um sistema padronizado entre os países.

Quais os desafios para as empresas brasileiras? 

A linguagem da informação contábil é heterogênea e varia conforme o país. Fato disso é a classificação da contabilidade como sendo uma ciência social aplicada. Isso significa dizer que ela recebe grande influência do meio em que está inserida e uma das dificuldades encontradas pela contabilidade Internacional é a harmonização das normas internacionais e o ordenamento jurídico de cada país, uns com sistema mais flexível e outros com um sistema baseado em leis como é o caso do Brasil. A proposta é que os princípios básicos que norteiam a contabilidade sejam comuns a fim de facilitar cada vez mais a troca de informações entre diferentes mercados globais. A contabilidade internacional tornou-se importante no Brasil a partir da criação da Bolsa de Valores e da vinda de capital estrangeiro ao mercado Nacional. Surgiu para construir um ponto comum entre os relatórios financeiros elaborados por contextos de outros países e definir métodos de adaptação aos padrões internacionais a partir da contabilidade local. Tendo como objetivo transformação de relatórios a diferentes regras normativas, conforme os interesses comerciais relacionados a operações de exportação/importação ou entre empresa matriz e filial situada no exterior, como é o caso das empresas: Vale, Petrobras, Klabin, Cielo, OGX, Suzano e Net. A partir de agora, todas as empresas listadas em bolsa, ou que tenham faturamento superior a R$ 300 milhões ou ativos que superem R$ 240 milhões, precisam se adequar ao padrão internacional quando reportarem seus números fechados referentes ao ano anterior.
No Brasil a regulamentação é realizada através do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, por meio das Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC. Em 2007 com a publicação da Lei 11.638/2007 começa a convergência brasileira aos padrões internacionais e em 2009 com a Resolução CFC 1.156/2009, as NBCs devem seguir os padrões internacionais contidos nos International Financial Reporting Standards (IFRS) publicados pelo International Accounting standards Board (IASB)
Assim, a partir de 2010 ficam obrigadas todas as empresas, a elaborar seus demonstrativos financeiros conforme as novas normas. O conjunto completo de IFRS deve ser observado pelas sociedades de grande porte e as pequenas e medias empresas estão sujeitas ao previsto na Resolução CFC 1.255/2009. As principais mudanças se referem a nova estruturação do Balanço Patrimonial, os critérios de avaliação dos ativos e passivos, a publicação do Fluxo de Caixa e da Demonstração do Valor Adicionado, dentre outros. 
Uma das razões mencionadas pelo CPC para a integração das regras é o custo extra que investidores de outros países têm para trocar informações com empresas brasileiras, custo este destinado a contratação de consultores e empresas especializadas na conversão dos demonstrativos brasileiros aos padrões utilizados pelos investidores. 
No Brasil, a prática contábil sempre teve forte influência de legislações fiscais específicas, que definiam critérios de avaliação e contabilização para diversos itens patrimoniais e de resultado. As taxas de depreciação de bens do ativo imobilizado, amplamente utilizadas pelas empresas, em evidente inobservância dos critérios adequados de depreciação que respeitam o tempo de vida útil econômica dos bens, constitui um claro exemplo desta prática. O avanço da nova legislação nesse sentido foi salutar, pois permitiu que as empresas passassem a adotar critérios estritamente contábeis em suas avaliações, e que os ajustes necessários ao processo de convergência, não tivessem efeitos tributários, liberando as amarras à qual a contabilidade brasileira estava sujeita. Para controlar os ajustes necessários para a anulação dos efeitos tributários da conversão às normas internacionais de contabilidade, foi criado o RTT – regime transitório de tributação, por força do artigo 15 da Lei 11.941/2009.

Destaque as diferenças, padrões e práticas entre os países?

Durante os últimos anos a legislação que orienta as empresas em como elaborar e apresentar seus balanços sofreu diversas e valiosas alterações. Tudo iniciou com a publicação da Lei nº 11.638/2007 que modificou a legislação societária e trouxe novos ditames contábeis. Algum tempo depois foi publicada a Lei nº 11.941/2009 e o texto regulamentador sofreu novos ajustes.
O objetivo destas mudanças foi deixar as demonstrações contábeis das empresas brasileiras mais próximas do padrão contábil utilizado internacionalmente. Grandes empresas e as companhias de capital aberto já tiveram de se adaptar às novas regras, mas os pequenos negócios, mesmo não sendo obrigados a muitos pontos, podem ter vantagens na adoção do novo padrão.
Com a inserção dos novos moldes contábeis as empresas de menor porte terão maior facilidade em conseguir linhas de crédito, negociar com investidores e demonstrar a saúde financeira dos seus negócios. De fato, o que os órgãos fiscalizadores visam, em resposta às solicitações constantes do mercado, é promover a transparência na administração das empresas e facilitar o entendimento aos informes contábeis, por parte do mercado internacional.
O CPC pronunciou-se com vistas às demonstrações contábeis para fins gerais de empresas de pequeno e médio porte (PMEs), conjunto esse composto por sociedades fechadas e sociedades que não sejam requeridas a fazer prestação pública de suas contas. Apesar da obrigatoriedade não ser fiscal, as alterações contábeis são uma realidade presente em todos os informes contábeis desde o início de 2008. Empresas que realizam a análise de crédito, instituições financeiras e outros usuários externos já utilizam e exigem as demonstrações contábeis de acordo com o novo padrão. 
Os Conselhos Regionais de Contabilidade em conjunto com o CFC devem fiscalizar o cumprimento e a aplicabilidade da regulamentação internacional já a partir de 2011, portando a adoção dos novos ditames é imediata e demanda atenção especial, principalmente no processo de convergência inicial.

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