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Atps De Contabilidade Internacional

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Por:   •  21/9/2013  •  3.684 Palavras (15 Páginas)  •  634 Visualizações

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O comitê de pronunciamentos contábeis internacionais chamado IASC (International Accounting Standards Committee), foi criado em 1973 pelos organismos profissionais de contabilidade de 10 países: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos da América, França, Irlanda, Japão, México, Países baixos e Reino Unido. A nova entidade foi criada com o objetivo de formular e publicar de forma totalmente independente um novo padrão de normas contábeis internacionais que possa ser mundialmente aceito. Os primeiros pronunciamentos contábeis publicados pela IASC foram chamados de International Accounting Standard (IAS). Numerosas normas IAS ainda estão vigentes.

Em 1997, o IASC criou o SIC (Standing Interpretations Committee) um comitê técnico dentro da estrutura do IASC cujo objetivo era responder as dúvidas de interpretações dos usuários.

Em 2001, substituindo o antigo International Accounting Standards Committee, ou IASC, foi criado o International Accounting Standards Board, ou IASB, que está sediado em Londres. O IASB é a organização internacional sem fins lucrativos que publica e atualiza as Normas Internacionais de Contabilidade IAS / IFRS em língua inglesa e tem como compromisso principal desenvolver um modelo único de normas contábeis internacionais de alta qualidade, que requeiram transparência e comparabilidade na elaboração de Demonstrações Contábeis, e que atendam ao público interessado nas Demonstrações Contábeis sejam eles investidores, administradores, analistas, pesquisadores ou quaisquer outros usuários e leitores de tais demonstrações.

É importante observar que a IFRS 1 que trata de adoção de IFRS, pela primeira vez, é diferente da IAS 1, que trata do formato, do conteúdo e da apresentação das Demonstrações Contábeis preparadas de acordo com o IFRS, e assim por diante.

Em dezembro do mesmo ano o nome do SIC (Standing Interpretations Committee), foi mudado para IFRIC (International Financial Reporting Interpretations Committee). O IFRIC passou portanto a ser responsável pela publicação a partir de 2002 de todas interpretações sobre o conjunto de normas internacionais.

Desde 1º de janeiro de 2005, todas as empresas européias abertas passaram a adotar obrigatoriamente as normas IFRS para publicarem suas demonstrações financeiras consolidadas. A iniciativa foi internacionalmente acolhida pela comunidade financeira. Atualmente numerosos países tem projetos oficiais de convergência das normas contábeis locais para as normas IFRS, inclusive o Brasil.

2. Quais os desafios para o Contador frente à Contabilidade Internacional?

O sistema educacional e profissional contábil brasileiro também é apontado por Weffort (2005), ao afirmar que as práticas contábeis podem ser influenciadas pelas características dos responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis. Os estudos conduzidos abordavam a seguinte questão: o sistema educacional profissional contábil favorece a harmonização da posição brasileira em relação à internacional? Após avaliar as estruturas curriculares dos cursos de graduação e pós-graduação em contabilidade no país, além dos conteúdos de teses, de dissertações e de periódicos científicos e profissionais, Weffort chegou à conclusão de que o sistema educacional profissional brasileiro não favorecia os esforços de harmonização contábil. Com a introdução do processo de convergência no Brasil, os estudantes, educadores e profissionais da área contábil necessitam de ampla readequação (talvez até reeducação) às novas normas contábeis, que diferem conceitualmente dos conjuntos de normas até então vigentes no país.

Weffort (2005) cita principalmente dois estudos (HOFSTED, 1984; GRAY, 1988) como base para a argumentação de que fatores culturais também influenciam as práticas contábeis de determinados países. Hofsted identificou quatro elementos estruturais do sistema cultural que afetam os negócios: individualismo, aversão à incerteza, masculinidade e distância do poder. No Brasil, segundo esse estudo, prevaleciam as dimensões culturais de coletivismo, forte aversão à incerteza, grande distância do poder e feminilidade, o que aproximaria o Brasil de países como Espanha, Argentina, Turquia Irã e Grécia. Já o estudo de Gray, incorporou “valores contábeis” ao estudo de Hofsted. Foram identificadas quatro dimensões de valores contábeis: profissionalismo, uniformidade, conservadorismo e sigilo. No Brasil, segundo Gray, predominariam os seguintes valores contábeis: profissionalismo, uniformidade, conservadorismo e sigilo (no mesmo perfil estariam Argentina, Bélgica, Espanha, França e Itália). A presença maior do profissionalismo no Brasil, atrelado à tendência de adoção de mecanismos legais mais ágeis (apesar do sistema jurídico brasileiro ser codificado), podem ser indícios dos caminhos tomados pelo Brasil sobre o processo de convergência às normas do IASB. A convergência de fato e de direito pode estar atrelada a valores culturais.

2.1. Quais os desafios para as empresas brasileiras?

A convergência das normas contábeis vai de encontro ao objetivo da própria contabilidade como um todo, que segundo Iudícibus (1997, p.23) “[...] deveria ser capaz de produzir, em intervalos de tempo, um conjunto básico e padronizado de informações que deveria ser útil para um bom número de usuários [...]”. Niyama e Silva (2011) observam a importância da padronização das normas contábeis como forma de diminuição da assimetria da informação contábil, pois esta acarreta perda da qualidade informação, por torná-la inútil para certos usuários. A adoção de normas internacionais pelas empresas também auxiliam na redução de custos, pois [...]Se a empresa tiver de preparar suas demonstrações contábeis de acordo com diferentes normas de distintos países, para se comunicar com investidores nos vários mercados de capitais em que opera, terá com isso elevados custos e dificuldades no processo de comunicação (LEITE, 2002, p. 57). No contexto brasileiro, o processo de convergência das normas contábeis sofreu grande impulso com a lei 11.638/2007, auxiliando para que “[...] as normas contábeis brasileiras caminhem rumo às normas internacionais e sejam entendidas por todos os usuários das informações” (SOUZA E RIOS, 2011, p. 3). Porém, como observado por Weffort (2005), a inserção de temas referentes à Contabilidade Internacional em cursos de graduação no Brasil ainda é tímida, o que prejudica o avanço do país em relação à convergência.

3. Como deve ser reconhecido e mensurado o Ativo Imobilizado no Balanço Patrimonial?

Segundo

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