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Teoria de carteiras na seleção de projetos de investimento em petróleo

Por:   •  28/4/2016  •  Resenha  •  1.374 Palavras (6 Páginas)  •  840 Visualizações

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Administração Financeira de Curto Prazo

Resumo do estudo:

Teoria de carteiras na seleção de projetos de investimento em petróleo –

Jalimar Guimarães Simplício, Celso Funcia Lemme e Ricardo P. Câmara Leal

O estudo indaga sobre a possível existência de uma diferença relevante entre carteiras de projetos formadas com base numa hierarquia segundo seus Índices de Lucratividade (IL) e as carteiras obtidas por meio da otimização de média-variância (retorno-risco).

Segundo o texto, uma das maiores responsabilidades dos gestores das empresas é avaliar e selecionar projetos de investimento. Assim, ferramentas como a avaliação de opções, os métodos de hedge, a teoria de eficiência de mercados e a teoria de carteiras deveriam constar do arsenal de trabalho de todo executivo da área de finanças. O objetivo do artigo é  contribuir para uma melhor análise do risco durante a seleção de projetos a serem executados por uma empresa e inspirou-se nos autores Hightower e David, que empregaram a teoria de carteiras de Markowitz para formar carteiras eficientes na seleção dos projetos de investimento de uma empresa petrolífera.

Graham e Harvey examinaram, em 2002, os métodos que as empresas adotavam para a seleção de projetos de investimento. Segundo eles, alguns resultados indicam a aceitação crescente de alguns aspectos da teoria das finanças, enquanto outros indicam que a teoria possivelmente ainda tenha que evoluir para explicar o que está sendo feito no ambiente empresarial. Isso é, as empresas levavam em conta, cada vez mais, a teoria das finanças para a seleção de seus projetos financeiros. No entanto, essa teoria parecia não ser plenamente suficiente para explicar o comportamento dessas empresas. Segundo a teoria de carteiras de Markowitz, seus modelos de apreçamento de ativos foram desenvolvidos para ativos financeiros. Porém, Lemme indica que os principais problemas que surgem quando se tenta aplicá-los a ativos reais são: “a indivisibilidade dos ativos; a dificuldade ou impossibilidade de repetição dos eventos, reduzindo a utilidade das medidas estatísticas tradicionais de desempenho; a pouca liquidez e custos de transação elevados; a assimetria de informação entre os investidores, que em muitos casos é o fator decisivo para a realização de negócios com retorno atrativo; a inexistência de um mercado formal que dê transparência às transações efetuadas; e a concentração dos investidores em determinados segmentos de negócios, em virtude de conhecimentos tecnológicos ou de gestão”, segundo o texto.  

Um dos mais importantes aspectos para uma boa avaliação de projetos de investimento é a seleção de medidas de retorno e os riscos dos ativos. Brashear e Helfat adotaram como principal critério o índice de lucratividade como base para a expectativa de retorno. Helfat manteve seu foco na variância do IL para mensurar uma dimensão mínima de retorno econômico dos projetos de investimento. Esse critério auxilia na determinação de uma hierarquia de projetos quando o capital disponível para investimentos é reduzido, porém e deficiente por desconsiderar a escala dos projetos. A variância nos preços de um ativo, isto é, sua dispersão, é a base para a qualificação do risco. Quanto maior a variância em relação ao valor esperado, maior é o risco do ativo. Assim, quanto maior a variabilidade de um indicador de valor econômico de um projeto, maior o seu risco também.

O estudo conclui afirmando que a ordenação dos projetos segundo seus IL’s resulta em uma perda na eficiência das carteiras formadas. As diferenças de eficiência entre as carteiras formadas pela hierarquia de seus IL’s e as carteiras eficientes ocorrem por alterações nas distribuições dos recursos, ocasionadas pelas diferenças entre os critérios de seleção de projetos. Enquanto a ordenação dos projetos enfatiza a maximização do retorno (ordenação dos índices de lucratividade), a teoria de carteiras enfatiza a relação risco-retorno (variância).

Lista: Fundamentos- Retorno e risco

  1. Suponhamos que você adquiriu ações no início de 201X, quando o preço unitário era $ 155. No final do ano, o preço da ação havia valorizado para $ 200. Além disso, neste mesmo ano, a firma pagou dividendo de $ 1,50 por ação. Calcule o retorno total (percentual) deste investimento.

200 – 155 = 45 -> Ganho de $ 45

45 + 1,50 /155 = 30% de retorno total

  1. Suponha que um ano comprou 100 ações da XPTO SA por R$ 25/cada. O dividendo pago por ação foi de R$ 0,50. Suponha que acaba de vender a sua ação por R$ 30. Informe a retorno total e o ganho de capital deste investimento (em percentual).

100 x 30 – 100 x 25 = 500 -> Ganho de R$ 500 = 20%

500 + 50/2500 = 22% de retorno total

  1. No início do ano, uma ação da companhia está sendo vendida a $ 35. Suponha que você monte uma carteira com um lote de 100 ações e, durante o ano, cada ação pague dividendo de $ 1,85 e, ao final do ano, tenha um preço final de $ 40. Pede-se:
  1. Qual o montante de dividendos recebido?

Montante de dividendos = 100 x 1,85 = $ 185

  1. Qual o ganho de capital (percentual)?

100 x 40 – 100 x 35 = 500 = 14,29% de ganho

  1. Se o preço final da ação cair para $ 34, como ficam os itens anteriores?

Montante de dividendos recebido permanece $ 185.

Ganho de capital cai: 34 x 100 – 35 x 100 = -100 = - 2,86 %

d. Quais os retornos totais nos dois casos?

1º caso: 500 + 185 / 3500 = 19,57 %

2º caso: - 100 + 185 / 3500 = 2,42 %

  1. Suponha que você tivesse comprado ações a $ 25/cada. Ao final do ano, o preço é $ 35/cada. Ao longo do ano, você recebeu um dividendo por ação de $ 2. Qual é a taxa de dividendo? Qual é a taxa de ganho de capital? Qual é o retorno percentual total? Se você tivesse aplicado um total de $ 1.000, quanto teria no final do ano?

Taxa de dividendo = 2,00 / 25,00 = 8% 

Taxa de ganho de capital = 10/25 = 40%

Retorno percentual total = 10 + 2 / 25 = 48% 

Aplicação de 1.000,00 teria = 480,00

  1. Os 10 últimos preços de venda da ação XYZ foram: $19,80; $18,50; $20,52; $22,53; $20,67; $20,18; $20,00; $18,90; $19,21; $20,04. Qual foi a média destes preços de venda e o desvio padrão amostral?

Média dos preços: (20,67+20,18+20,00+18,90+19,21+20,04+19,80+18,50+20,52+22,53)/10= 20,04

Desvio padrão = √variância

Variância:

 [(19,80-20,04)2+(20,67-20,04)2+(20,18-20,04)2+(20,00-20,04)2+(18,90- 20,04)2+(19,21-20,04)2+(20,04-20,04)2+(18,50-20,04)2+(20,52-20,04)2+(22,53- 20,04)2 ]/10 = 1,25 

Desvio padrão:

√1,25 = 1,12

  1. Calcule o desvio padrão amostral da série de preços abaixo.

[pic 1]

Média:

(71.897,25 + 70.011,92 + 68.673,14 + 71.209,12 + 69.785,87 + 69.281,20 + 67.774,94 + 66.794,76 + 67.319,63 + 67.203,52 + 67.284,61 + 68.437,50 + 67.090,45 + 66.590,41 + 64.613,79 + 64.640,45 + 64.167,77 + 65.853,34 + 63.946,92 + 64.321,11) / 20 = 67.344,89 

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