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A Atividade Individual Gestão de Pessoas

Por:   •  18/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.342 Palavras (10 Páginas)  •  522 Visualizações

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        MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL

Disciplina: Gestão de pessoas

Módulo: 4 -

Aluno: Pablo Pepilasco Laforga

Turma: MBA Exec Gest Buss Law

Introdução

Em uma sociedade marcada pela complexidade nas relações sociais, evolução tecnologica e altamente informada pelos meios de comunicação, o resultado da aglutinação destes elementos é a imprevisibilidade do ambiente de negócios ao serem criados, ou dizimados, segmentos de atividades ou modelos de negócios que foram exitosos em suas finalidades por séculos.

Para sobreviver neste contexto, as organizações deverão cada vez mais investir em seu capital humano visando superar as adversidades apresentadas, ensejando uma sintonia, quase maestral, dos seus integrantes com os objetivos delimitados pela corporação.

Como instrumento fundamental para este escopo é a figura do líder, competindo aquelas pessoas que ocupam esta posição deter grande sabedoria e conhecimento quanto as melhoras práticas de liderança, para que então causem o principal impacto para alcançar as metas, o poder de influência.

Portanto, será estudado de forma sintetica as principais escoladas de liderança, expondo suas perspectivas e as vantagens obtidas com sua aplicão, mas, também, poderando sobre os riscos e críticas a cada um dos modelos.

Desenvolvimento – análise de diferentes perfis de liderança

Abordagem dos traços

Por esta teoria, a eleição dos lideres está intrinsicamente ligada com as características físicas, intelectuais e sociais que possuí e se elas possuem relação com as suspostas competências exigidas para a função, bem como para outras atividades que necessitem traço específico¹, como por exemplo a altura de um jogador de basquete.

Contudo, referida tese não encontrou amparo com a realidade, vez que não houve validação desta hipótese pelos testes científicos² que procuravam a sua constatação. Alias, sabemos que até nas atividades que possam favorecer certos atributos, não são poucas exceções que desafiam o padrão pré-definido e demonstram que outros elementos figuram com maior relevância para alcançar uma liderança qualificada.

Apesar de sua invalidade cientifica a aludida hipótese conseguiu identificar certas características almejadas para a posição de liderança, como, iniciativa, empenho, integridade e autoconfiança (Vergara, 2010).

 Estilo participativo (Democrático)

O estilo participativo é um dos desdobramentos da espécie de perfil orientada pelo comportamento do líder, fortemente influenciado pelas teorias humanistas da administração (Ferreira et al., 2009), defendida principalmente por Rensis Likert e Kurt Lewin.

Para Rensis o estilo comportamental mais adequado para o líder é o participativo considerando pressupostos fundamentais para revestir-se desta condição, sendo elas: comunicação com os liderados, criação de ambiente favorável ao fluxo de ideias e definição dos objetivos, as decisões são tomadas pelo embate de posições com participação dos liderados, utilização de tecnologia e técnicas para melhoria do ambiente de trabalho e, por fim, políticas organizacionais em consonância com os objetivos perquiridos para referidos colaboradores.

Pondero que esta forma de liderança traz diversas vantagens a organização, principalmente ocasionadas pela complementariedade de idéias provenientes de pessoas de diferentes gerações, gêneros, credos e experiências pessoais podem gerar, sendo uma das características almejadas na liderança contemporânea.

O antigo brocardo é verdadeiro “duas cabeças pensam melhor do que uma”.

Por outro lado, essa técnica somente reflete em resultados caso os liderados estejam em maduros e aptos a corresponder as demandas do dia-a-dia, pois, caso contrário, poderão propor e elaborar projetos inefetivos³.

Além disto, em dados momentos o líder deverá assumir posição mais enérgica em certos momentos que exijam uma decisão imediata ou caso não haja consenso entre os membros do grupo.

Estilo laissez-faire

Define-se o estilo liberal como aquela substancialmente orientado pela facilitação aos colaboradores, permitindo que o próprio grupo organize-se em todas as etapas do projeto ou nas atividades necessárias para alcançar os objetivos traçados, originado no termo francês laissez-faire ou deixar acontecer4.

Compete ao líder, neste caso, somenter intervir quando solicitado pelos colaboradores.

Relacionam como vantagens a este tipo de liderança a autoconfiança gerada nos liderados, aumento do interelacionamento no grupo, independência e satisfação dos profissionais ao determinarem as próprias rotinas, tais condições implicam em verdadeiro desenvolvimento destas pessoas para cargos superiores.

Não obstante as vantagens listadas, se mal empregada a liderança liberal ocasionará desmotivação, atraso e/ou perdas de prazo, insatisfação, baixo rendimento pela falta de direcionamento e fiscalização, e possibilidade de insubordinação pelo excesso de liberdade5.

Estilo Autocratico

A construção do perfil autocrático está intrinsicamente ligada a idéia de lideres centralizadores, responsáveis por definir todas as decisões e processos, normalmente exigentes e fiscalizadores mantendo controle sobre todas as situações, idéia esta defendida por Kurt Lewin (1973).

Referido estilo exercita tomadas de decisões mais céleres, pode ocasionar especialização de membros do grupo que executarem determinadas atividades, e muitas vezes simplifica processo de trabalho por centralizar as decisões e exerce maior influência sobre os lideres quando presente.

Por outro lado, aludido estilo implica em perda de criatividade pela unicidade de ideias, desmotivação dos colaboradores, o líder pode perder legitimidade por ser classificado como controlador, haverá maior índice de stress quanto a pessoa do líder e referida estratégia não desenvolve novos lideres, bem como pode resultar em menor eficiência quando o líder estiver ausente.

Liderença situacional

Para esta escola da liderança o líder deverá assumir diversos perfis de acordo com a situação a qual se defronta, portanto, as maiores influências para este estilo são o ambiente externo, como ela está afetando a organização em dado momento, e o ambiente interno, caracterizado pela experiência e maturidade psicológica dos colaboradores, ideia esta defendida por Cavalncati e colaboradores (2009).

Dentro deste contexto, o líder poderia assumir a posição de determinar, persuadir, compartilhar e delegar com base nos pressupostos da situação e características dos membros da equipe, servindo cada posição para determinada situação.

 Esta forma de liderança cria vantagens essenciais para a sustentabilidade e crescimento das corporações: desenvolve profissionais na própria estrutura da organização que detem conhecimento de grande parte dos processos atrelados a sua área e capacitam para serem futuros lideres aptos a dirigir funções especificas do negócios ou ele como um todo.

Outro ponto de especial destaque reside no estreitamento dos laços dos colaboradores com a instituição, sentindo parte dela e, consequentemente, aumento a motivação para o desempenho das funções.

Por fim, é certo que o mercado carece de profissionais qualificados para determinadas funções6 a aplicação da liderança situacional estimula a evolução da carreira profissional dentro da corporação, realizando processo similar ao pipeline da liderança, capacitando o colaborador com as competências necessárias almejadas pela corporação.

Ocorre que esta modalidade de liderança são criticadas pelo relativismo que os autores dão as indicadores de desempenho gerencial, sendo esta ferramente fundamental para gestões de qualquer natureza.

Além disto, a maturidade e experiência não podem ser tidos como elementos absolutos, vez que as pessoas podem ser competentes em determinados contextos, mas totalmente despreparada para outros que exijam competências diferentes. Igualmente importante observar que a maturidade, principalmente, pode ser afetada por questões pessoais responsáveis por modificar o comportamento de sujeito classificado como “maduro(a)”.

Liderança carismática

Este tipo de liderança é centrado exclusivamente no valor da carisma na pessoa do líder, o qual, por meio de suas virtudes geram impacto e influência sobre os liderados, criando um ambiente harmonônico e alinhado com os objetivos empresariais desenhados para aquele setor ou negócio.

Trata-se de uma escola da liderança que ganha forte apoio dos estudiosos contemporâneos. Para assim ser considerado, Stephen P. Robbins definiu as seguintes características:

“Características comuns de líderes carismáticos abrangem autoconfiança, uma forte visão que prega um futuro melhor do que o status quo, aptidão para articular essa visão e fortes convicções sobre ela, além da disposição de provocar uma mudança radical.”7

 A vantagem mestra trazida pela liderança carismática é a influência empregada pelo líder em sua equipe, vez que por se detentor de virtudes reconhecidas e valorizadas pelos colaboradores será um forte agente de mudanças, podendo ser essencial quando direciona os subordinados para o mesmo sentido da missão e visão empresarial.

Poderá também inspirar seus liderados a evoluerem e buscar novas competências, muitas vezes similares a do líder, afetando a capacitação e, por consequência, a melhora nos resultados.

Porém, Cavalcanti e colaboradores (2009) levantaram críticas a este modelo, pois deposita demasiadamente as atribuições ao líder, sendo o seu desempenho o fator determinante para o sucesso da equipe. Isto também acaba por gerar egocentrismo ao líder que aproveitar-se de sua posição para vangloriar-se dos resultados, impactando na desmotivação de todos os outros envolvidos no êxito.

Além disto, por se colocar em um patamar de superiodade, o líder egocêntrico pode negligenciar as perspectivas passadas por colaboradores ou outros stakeholders, conduzindo processos e pessoas somente de acordo com suas convicções, o que acaba por exterminar a gestão colaborativa ocasionando todos os seus reflexos negativos.

Liderança visionária

Neste modelo de liderança, igualmente atrelado a pessoa do líder, pressupõe a sua condição como visionário, nos entido de enxergar além das limtações do dia a dia da organização e estabelecer os referenciais estratégicos, em especial a visão e missão, que consigam mitigar os riscos gerados pela instabilidade do ambiente de negócios e principalmente tragam uma inovação marcante para o mercado.

Por esta razão, os liderados, por estara em inseridos na organização com este viés, estarão motivando a todos e criando sinergia para que sejam alcançados os objetivos.

Segundo Johann (2013), para ser efetivo a visão deverá ser transformada em propósito estratégico que contenha características como desafio, prazo, slogan de fácil memorização e indicadores das metas  e objetivos a serem conquistados8.

As vantagens desta liderança estão atribuídas a forte influência do líder, a perenidade da organização gerando segurança para aqueles que nela estão inseridos direta e indireramente e o sentimento de satisfação dos colaboradores de estarem fazer parte de uma grande mudança social ou mercadológica.

Mas da mesma forma que outros modelos pautados intrinsicamente nas habilidades da pessoa do líder, eventuais ausências do ambiente de trabalho impactarão nos resultados da companhia, a adoção de uma única perspectiva poderá limitar a criatividade e desenvolvimento sustentável da companhia e a possibilidade de o líder ser afetado pelo egocentrismo.

Liderança transacionais

Lideranças transacionais são aquelas “conduzem ou motivam seus seguidores em direção às metas estabelecidas por meio do esclarecimento das funções e das exigências das tarefas”, tal como definido por Robbins (2000:42)9, por meio do qual estipula-se benefícios pela conquista de metas.

Suas vantagens são a eficiência no atingimento de metas, alinhamento dos objetivos da organização com o desempenho dos colaboradores, qualidade no desenvolvimento das atividades e compartilhamento de conhecimento com colabodores, capacitando-os.

Por outro lado, a aplicação excessiva deste modelo poderá resultar em stress dos colaboradores, afastamento entre os membros da equipe, tanto entre eles quanto do líder, baixa produtividade, alta rotação de liderados, relação baseada na promessa de recompensa, afetando o princípio norteador de seu comportamento.

Liderança transformacional

O líder transformacional é aquele que inspira seus seguidres a transcender seus próprios interesses para o bem da organização e que é capaz de causar um efeito profundo e extraordinário sobre os seus liderados, repercutindo em ótimo desempenho para o seu setor e/ou negócio liderado.

 “Líderes transformacionais motivam seus liderados a fazer mais do que originalmente pretendiam ou julgavam ser possível e estabelecem expectativas desafiantes e de performance superior ao padrão regular”. (BASS, 2008, p. 618)

A principal vantagem criada por esta espécie está centrada na relação criada com os liderados, que passam a fortalecer os vínculos de lealdade, comprometimento e eficiência com as metas almejadas, podendo, inclusive, gerar ambição maior do que a inicialmente estipulada.

Um exemplo desta abordagem de liderança, aglutinada com outras aqui expostas, foram as formas cruéis de feedback aplicadas por Steve Jobs em determinadas oportunidades, ao afirmar prontamente os projetos elaborados por horas pelos colaboradores estava péssimo, forçando com que a equipe a se reinventar diversas vezes durante o projeto mas sempre alcançando resultados melhores e imprevisíveis.

Fica claro que o líder transformacional deve aplicar correntamente os instrumentos de persuasão para transformar seus funcionários, pois caso sejam utilizados métodos coercitivos para alcançar resultados melhores diversos problemas atrelados ao capital humano surgirão.

 

Considerações finais

Estilos de liderança mais frequentes no ambiente organizacional

Assim como amplamente descorrido no material e conteúdo apresentado ao decorrer desta disciplina pode-se afirmar que não existe um estilo de liderança absoluto, devendo o líder moderno estar atento a todas as perspectivas propostas e principalmente a influência gerada por seu nicho de atuação, elemento chave para a aplicação da liderança.

Note-se, por exemplo, como o perfil autocrático é essencial para atividades em que haja relação direta com a pessoa do executor, tal como juízes, desembargadores, pareceristas, escritores, entre outros, pois a funação dos liderados é fornecer e auxiliar na construção de subsídios patos a formar o seus convencimentos. Mas, por outro lado, também deverá possuir um perfil carismático para estimular e motivar os liderados, bem como ter a sensibilidade de analisar a experiência e maturidade dos subalternos para conduzir certas atividades.

Agora, procurando os modelos mais adequados para uma empresa de tecnologia voltado para o desenvolvimento de um novo modelo de negócio, notoriamente conhecidas como startup, vemos a mescla de modelos ao serem mais liberais com os liderados, exigem uma posição extremamente visionária do líder, permitindo uma gestão mais colaborativa.

Todavia, pela cultura que vem sendo moldada pelas novas gerações, é certo que todos os lideres deverão carregar a perspectiva de aplicação da gestão participativa, carismática e visionária, pois em um ambiente de negócios marcado pela imprevisibilidade, hipercompetição e complexo, o trabalho em equipe e a motivação para que todos os colaboradres alinhem seus interesses individuais aos corporativos, estes muito bem orientados pela sustentabilidade da organização neste cenário, serão a força motriz das organizações

Referências bibliográficas

  1. FERREIRA, Victor C. P. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2ª Ed. Rio de Janeirao: FGV Editora, 2017. p. 97
  2. FERREIRA, Victor C. P. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2ª Ed. Rio de Janeirao: FGV Editora, 2017. p. 98
  3. Disponível em: , Acessado em 13.02.2019.
  4. FERREIRA, Victor C. P. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2ª Ed. Rio de Janeirao: FGV Editora, 2017. p. 98
  5. Disponível em: , Acesso em 13.02.2019.
  6. FERREIRA, Victor C. P. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2ª Ed. Rio de Janeirao: FGV Editora, 2017. p. 102
  7. ROBBINS. Stephen P. Lidere & inspire - a verdade sobre a gestão de pessoas. 1ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 117
  8. FERREIRA, Victor C. P. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2ª Ed. Rio de Janeirao: FGV Editora, 2017. p. 119
  9. FERREIRA, Victor C. P. Gestão de pessoas na sociedade do conhecimento. 2ª Ed. Rio de Janeirao: FGV Editora, 2017. p.120
  10. ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 2.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

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