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A Reflexão Após o Carnaval Estendido

Por:   •  10/10/2018  •  Bibliografia  •  479 Palavras (2 Páginas)  •  127 Visualizações

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Reflexão após o carnaval estendido

No Tratado do Lobo da Estepe é dito que o homem tem um ou vários ímpetos animalescos que montam uma cisão de seu ego humanitário, e que permeia a vida conflituosa do sujeito. A burguesia, segundo o fragmento do renomado livro de Hermann Hesse, é a grande parcela da humanidade a qual consegue viver, por medo, no eixo central do conflito: entre a concupiscência e o espiritual - divino. Porém, o Lobo da Estepe é quem “diverte” esta burguesia, pois ele oscila de um pico a outro, de modo que o desbravar destes limites, façam dele um gênio e/ou um louco.

Não há para mim o que optar, em questão de juízo de valor, entre essas personalidades. Mas o estado atual da vida diária nos leva a investigar melhor os modos de vida circundantes no espaço em que vivemos. E, talvez, nesta época de Carnaval aqui no Brasil, o mais apropriado seja investigar e tentar exercer a função denominativa sob os fatos; e em consequência saber onde nos encontramos.

O que ocorre não é que o carnaval seja a semana da promiscuidade, mas é quando esta última é delatada: quando a promiscuidade e concupiscência saem dos cantos de semi-luz e se revelam na praça pública. Essa maioria, que só muda o local de atuação, evidentemente vive neste estilo de vida e renega as questões mais altas para o porvir. O motivo de se julgar, que é deveras ruim para a sociedade, tal estilo de vida, está na constatação de que hoje é este o comportamento “normal”. É o comportamento corrente.

Substituiu o lugar da burguesia, e não visita o espiritual por nada neste mundo. Os homens que centram sua personalidade no que é a burguesia não mais buscam conforto nos Lobos da Estepe, mas no julgamento alheio. De modo que sente-se na espiritualidade máxima, no senso do divino o qual anteriormente se buscava no gênio, no louco.

Onde foram parar então os desequilibrados, os que oscilam entre o máximo da razão e o máximo do selvagerismo? Estes, os Lobos da Estepe, continuam por aí; e mesmo que odeiem o deixar-se levar do instinto animalesco, vez por outra estão lá neste deleite. Teem o sentimento de que a hipocrisia é presente no homem, porém não deve definir a essência de sua conduta.

Há também aqueles que de fato vivem na espiritualidade pura (não os vejo há muito), e há aqueles que são os moderados, um pouco de cada coisa, eu diria que são a parte chata de uma burguesia “sem sal”.

Eu encerraria este pobre texto por aqui. Porém parece-me que isto não contempla todos e nem a maioria dos entes; e não afim de completar a lacuna, mas de acrescer na investigação, creio que a sublimação Freudiana (a qual traz os ímpetos do ID de forma mais “saudável” para o real) está presente em cada estilo de vida.

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