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ABORTO - LIBERAR OU NÃO

Por:   •  24/5/2020  •  Artigo  •  417 Palavras (2 Páginas)  •  238 Visualizações

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Aborto: Crime ou uma escolha?

Eu entendo que a descriminalização do aborto é um assunto bastante polêmico, que gera muitas discussões em torno disso, algumas pessoas são contrárias e outras favoráveis. Talvez esteja na hora de olharmos com outros olhos e encarar isso como um direito e saúde pública e não como uma questão de crença ou ideologia ou opinião.

Hoje no Brasil, no artigo penal 128, o aborto é legalizado em casos de estupro, quando a mãe corre risco de vida ou em casos de fetos com anencefalia.

Muitas das pessoas que não apoio a descriminalização, utilizam do argumento que o aborto irá ser banalizado. Como se isso fosse algo prazeroso para a mulher.

O Uruguai, que é uns dos países que descriminalizou, mostra que houve uma diminuição de cerca de 30% de aborto. Tal fato, deu-se uma vez que as mulheres são acolhidas e podem refletir sobre a decisão.

Um outro argumento utilizado, nesse caso, das pessoas que apoiam a descriminalização, é de que manter essa pratica ilegal, não impede que as mulheres realizarem o aborto e assim acabam procurando por métodos alternativos e inseguros para abortar.

Segundo o IAG, Instituto Alan Guttmacher, entidade americana que estuda a questão do aborto no mundo, cerca de 1 milhão de mulheres abortam no Brasil todos os anos. Temos também as estatísticas do DataSus do Ministério da Saúde do Brasil, de 1996 a 2014, 1.627 (um mil seiscentas e vinte e sete) mulheres morreram em decorrência de todos os tipos de aborto, sejam abortamentos espontâneos ou induzidos, legais ou ilegais.

Vivemos em um país desigual, e essa desigualdade que aparece quando analisamos o aborto no Brasil. As mulheres que podem pagar pelo procedimento conseguem realizá-lo com um mínimo de segurança. As pobres, estão sujeitas a todo tipo de agressão física e psicológica a que a situação clandestina lhes impõe.

No “Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Que este tema vai além de uma questão moral e religiosa e sim de uma questão de saúde pública.

Então, quem é contra o aborto tem uma escolha simples: não o realize. Ninguém é obrigado a abortar. As pessoas se pautam pelas suas opiniões pessoais e não pelo sentido do coletivo, da cidadania e do direito. Precisamos ter mais empatia e menos questão de opinião.

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