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ACIDENTE NAS FERROVIAS DE RUTLAND E BURLAND RAILROAD

Por:   •  7/3/2016  •  Monografia  •  480 Palavras (2 Páginas)  •  198 Visualizações

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No dia 18 de setembro de 1848, ocorreu um acidente nas ferrovias de Rutland e Burland Railroad, em Vermont, nos Estados Unidos. O fato aconteceu com Phineas Gage, um homem de 25 anos, inteligente, equilibrado, responsável e muito confiável por todos que o conheciam. Este era o supervisor de construção das ferrovias.

Gage, como era conhecido, comandava um grupo, cuja missão era explodir grandes rochas para permitir a colocação de trilhos. Mas foi quando estava preparando uma carga de pólvora para explodir uma pedra, socando uma barra de aço em um buraco, ocorreu uma explosão, no qual projetou uma barra de aço com 2,5 cm de diâmetro e mais de um metro de comprimento contra o próprio crânio. A barra entrou pela bochecha esquerda, destruiu seu olho, atravessou a parte frontal do cérebro e saiu pelo topo do crânio. Imediatamente Gage perdeu a consciência e começou a ter convulsões, recuperando sua consciência momentos depois. Isto foi algo inesperado pelos trabalhadores da ferrovia, que o levaram imediatamente para a vila. Lá, Gage foi atendido pelo jovem doutor Jonh Harlow, sendo ele o primeiro medico a oferecer um tratamento.

Na vila, Gage já conversava e conseguia caminhar. A dor de Gage provavelmente foi diminuída pelas endorfinas, que são morfinas naturais do cérebro. Além de ter perdido muito sangue e ter passado por problemas de infecção, ele conseguiu se recuperar rapidamente, porem apenas fisicamente.

Todas as partes de um cérebro trabalham juntas, o sistema límbico manda todas as mensagens para o córtex frontal, parte do cérebro que designa propriedades da mensagem. No caso de Gage, foi concluído que a conexão entre o sistema límbico e o córtex frontal foi danificado quando a barra de aço atravessou seu olho e logo após seu cérebro, deixando assim o sistema límbico livre para queimar mensagens emocionais, sem intervenção alguma do córtex frontal.

O rompimento do sistema límbico com o córtex frontal mudou completamente o comportamento e o caráter de Gage. Ele começou a ter mudanças radicais no seu humor e na sua personalidade, tornando anti-social, com péssimas maneiras, e já não conseguia mater-se em trabalho por muito tempo. ​Com isso seus amigos e familiares notaram sua mudança de comportamento e diziam que “Gage não era mais Gage”.

Devido aos problemas de saúde, Gage faleceu no dia 20 de maio de 1860, treze anos após o ocorrido, em virtude das complicações provocadas por ataques epiléticos.

O caso de Gage foi tão repercutido que tornou-se um clássico nos livros de ensino de neurologia.

A parte do cérebro que ele tinha perdido, os lobos frontais, passaram a ser associadas as funções mentais e emocionais que ficaram alteradas.

Para concluir o que realmente aconteceu com Gage, a doutora Hanna e Antonio Damasio utilizaram computação gráfica e técnicas de tomografia cerebral.

O crânio de Gage juntamente com a barra foram preservados e são exibidos hoje em uma sala especial no museu da Faculdade de Medicina de Harvard.

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